segunda-feira, janeiro 25, 2016

Rio 2016... Basquete americano vai se hospedar em um navio durante as Olimpíadas...

Não muito seguros sobre a segurança no Rio de Janeiro durante as Olimpíadas, os americanos decidiram que suas equipes de basquete ficarão hospedadas em um navio exclusivo para os times e as respectivas comissões técnicas...

Os americanos também planejam manter seus atletas protegidos por equipes especiais de agentes de segurança.

Quer saber? Cansei, não quero mais brincar...

Imagem: DPA

Transmissão via YouTube contabiliza novas adesões ao programa sócio torcedor do Palmeiras...

Palmeiras contabiliza 10 mil novos inscritos após transmissão no YouTube

Clube paulista foi o primeiro de grande torcida a fazer transmissão própria pela internet

Por Erich Beting

O jogo era só um treino de luxo em meio à viagem que o Palmeiras faz no Uruguai para a disputa de um torneio amistoso.

Mas o duelo contra o River Plate uruguaio se transformou num marco para o clube paulista dentro do uso de suas plataformas digitais.

Por meio de seu canal no YouTube, a TV Palmeiras, o clube foi o primeiro de grande torcida a fazer a transmissão própria, pela internet, de uma partida do time.

Os resultados preliminares de audiência e, mais do que isso, conquista de novo público, foram até mais animadores do que o bom desempenho dos jogadores reservas na vitória por 4 a 0.

Em 1h 40min de transmissão, o jogo chegou a ter 80 mil pessoas conectadas não-simultaneamente.

Em média, foram 25 mil pessoas ligadas ao vivo no canal do clube.

Sem ter uma equipe formal de transmissão, durante a partida uma repórter da TV Palmeiras realizava entrevistas com membros da comissão técnica e jogadores que estavam acompanhando a disputa.

Mas, mais do que isso, o número que mais chamou a atenção foi o de novos inscritos no canal do clube a partir da transmissão: 10 mil pessoas, que elevaram para 378 mil o número de inscrições no canal, que é líder entre os clubes de futebol no Brasil.

Outro fator que celebrado pelo Palmeiras foi o de mídia espontânea para divulgação do canal no YouTube.

As emissoras usaram as imagens do clube para reproduzir os gols da partida.

domingo, janeiro 24, 2016

E aí, fez o pênalti...

Imagem: Daniel Hambury/PA

Campeonato Potiguar 2016: ABC vence Palmeira por 2 a 1 e Potiguar empata em 2 a 2 com o Globo....

O estadual começou meia boca  para o ABC...

Mas calma...

Nada mais normal.

Todo mundo sabe que treino é treino e amistoso é amistoso...

Mas jogo, valendo, é outra conversa.

As equipes menores crescem...

Se não na técnica, se agigantam na vontade.

Quem não quer tirar uma casquinha do maior?

Quem não quer ter uma estória para contar para os netos?

Ontem o ABC obteve uma vitória magrinha frente ao Palmeira...

2 a 1.

O futebol apresentado ficou aquém do esperado...

Muito abaixo.

É natural...

Início de temporada, pressão da estreia, obrigação de vencer e ainda a velha falta de entrosamento.

Vamos dar tempo ao tempo...

Mas, ontem, o que valeu mesmo foi o resultado, pois a partida foi sofrível.

Em Mossoró o Potiguar saiu na frente, cedeu a virada, mas conseguiu empatar.

O resultado de 2 a 2, se não agradou em função dos pontos não conquistados, pelo menos alegrou a galera pelo número de gols marcados...

Lá como cá, todo mundo sentiu o peso da estreia.

Procurando um lugar na plateia...

Imagem: Kevin C. Cox/AFP

Esporte Interativo ameaça o monopólio de Globo...

Rival da Globo garante compra de jogos também para TV aberta, dizem clubes

Perrone

Um dos principais temores dos cartolas que negociam a venda dos direitos de transmissão do Brasileirão em TV fechada, a partir de 2019, para o Esporte Interativo (EI), sempre foi não ter com quem negociar os jogos em sinal aberto.

Isso porque a previsão é de que a Globo não se interesse, como uma forma de retaliação aos “rebeldes” e que outras emissoras não tenham dinheiro para a operação.

Porém, cartolas envolvidos na negociação afirmam que o problema foi solucionado.

Contam que a Turner, dona do Esporte Interativo, topou incluir no contrato uma cláusula que obriga o canal a comprar também os direitos para TV aberta.

Isso desde que os clubes não consigam fazer a venda até o início do Brasileirão.

A empresa não tem interesse na transmissão em sinal aberto, então, provavelmente, tentaria repassar a baixo custo os direitos para outra concorrente da Globo.

Pelo acordo que está sendo costurado, a Turner pagaria R$ 600 milhões pela transmissão em TV fechada e mais cerca de R$ 210 milhões pelos direitos em sinal aberto, se for necessário.

Para assinar o contrato, a empresa quer a participação de no mínimo oito clubes.

Sete tem conversado desde início das negociações. São eles, Santos, Fluminense, Grêmio, Internacional, Coritiba, Atlético-PR e Bahia, que está na Série B.

O São Paulo passou a participar depois das conversas, ao mesmo tempo em que negocia com a Globo.

A Turner não comenta o assunto.

Do blog:

Não fosse o velho e bom capitalismo, a Globo ou talvez alguma emissora estatal, ditasse de forma perene as regras...

Com a chegada da Turner, abriu-se a concorrência e, pela primeira vez, a Globo está seriamente ameaçada.

Isso é bom para todos...

Por mais que alguns torçam o nariz para o livre mercado.

sábado, janeiro 23, 2016

A dores de quem luta...

Imagem: Getty Images

América FC: O caso dos cheques sustados... Não especulo e nem tumultuo, publico fatos.

  Sonora onde o advogado Felipe Augusto confirma a veracidade da postagem do Fernando Amaral FC

Se para um bom entendedor uma imagem vale mais que mil palavras...

Para um bom ouvinte, algumas palavras podem destroçar uma imagem.

Não especulo – se fosse bom nisso, não seria num blog que o faria, mas sim, na bolsa de valores, se tivesse dinheiro para brincar de roleta russa – e nem JAMAIS desejei tumultuar ambientes ruins, que dirá os excelentes...

Não faz parte minha natureza.

Publiquei um fato...

Porém, não apontei nomes e nem lancei culpa sobre ninguém.

Cumpri o meu dever de informar – A INFORMAÇÃO FOI DEVIDAMENTE CHECADA...

Creio que seja essa a missão.

As palavras do advogado Felipe Augusto, no programa Globo Esportivo 2ª Edição, não me fizeram mais feliz e nem me causaram nenhuma sensação de vitória...

Apenas serviram para que aqueles que acompanham o programa e leem esse blog, ficassem sabendo que não brinco com coisas sérias e nem faço da calúnia e da mentira, matéria prima – assim como nunca tentaria destruir a honra e a credibilidade de quem quer que seja produzindo factoides.

Para finaliza, faço questão de afirmar com toda a sinceridade, que fiquei feliz ao saber que o presidente Beto Santos tinha dado solução para o problema...

Mostrou agilidade, honestidade e interesse em resolver a questão.

Por outro lado, me causa contentamento que o treinador Roberto Fernandes tenha sido tratado de forma tão respeitável pelo presidente rubro...

Coisas justas, merecem soluções justas.

Sei como Beto Santos resolveu o problema: recolheu os cheques sustados e assumiu pessoalmente a dívida...

Pediu apenas mais um prazo – o que em minha opinião, é absolutamente normal em qualquer negociação. 

No mais, dou esse assunto como encerrado...

E, com tudo resolvido, tenho certeza que poderemos ser felizes para sempre.

Chase Field, Arizona... O reflexo nos espelhos da sala de imprensa.

Imagem: Mark J. Rebilas/USA Today Sports

Campeonato Estadual do Rio Grande do Norte... Começa hoje a luta por um 2016 melhor.

Hoje começa o Campeonato Estadual de 2015...

As 17 horas, no estádio Maria Lamas Farache o ABC recebe o Palmeira de Goianinha.

Um novo ABC e sob nova direção...

Nas hostes alvinegras são muitas as esperanças.

O jejum de títulos, o rebaixamento para a Série C e os 365 dias do ano do centenário chupando dedo, deixaram feridas que precisam urgentemente cicatrizar...

O torcedor aposta no futuro.

No Palmeira, dois objetivos: fugir do rebaixamento e sonhar com uma ou outra zebra, zebrinha ou zebrona.

Mais tarde, lá em Mossoró, o Potiguar recebe o Globo de Ceará-Mirim...

A turma do Potiguar sabe que terá dificuldades, mas aposta no otimismo.

Já o Globo, sonha em solidificar a condição de terceira força do estado.

No domingo, a grande novidade...

Às 9 e 30 da manhã, o Alecrim recebe no Arena das Dunas, como mandante, o América.

Novidade por aqui:

Tomara dê certo - tomara aconteça o que aconteceu no resto do país quando a CBF bancou os jogos matinais e encheu os estádios com famílias e muita gente jovem.

Que os verdes, com ou sem parceria, sejam dignos de suas tradições...

Eles são valentes, insistentes e orgulhosos – seus recursos são mínimos, mas como dizem, nunca deixaram de disputar um único campeonato por falta de dinheiro.

O América que ano passado salvou a lavora conquistando o título de campeão do centenário, chega empolgado...

Seus dirigentes, recém empossados exalam otimismo e confiança no futuro.

Aliás, esse futuro está no fim da estrada e seu nome é Série B...

É nisso que todos apostam.

Logo depois, à tarde, em Açu, o ASSU que retornou à primeira divisão, encara o Baraúnas...

Ambos devem lutar para permanecer na elite do estadual, mas com certeza, ambos esperam ser a pedra na chuteira dos grandes.

Enfim...

Mais enxuto e mais curto, talvez o estadual deste ano, acabe atraindo mais pessoas aos estádios e se torne mais empolgante.

Vai que é tua...

Imagem: Kevin C. Cox/AFP

Futebol brasileiro: a média histórica de público das equipes brasileiras é inferior a média dos clubes europeus...

Ranking: Nenhum time do Brasileiro alcança a média histórica de público dos grandes europeus

Por: Leandro Stein

As imagens se eternizam na memória. Maracanã, Mineirão, Morumbi e outros gigantes de concreto abarrotados.

A história antiga do Campeonato Brasileiro (desde 1971) é contada a partir dos jogos decisivos, e a impressão quase sempre se concentra na festa de arquibancadas mais democráticas, ingressos mais baratos.

Lembranças não necessariamente corroboradas pelos números.

Se o passado contava com diversas partidas que superavam a casa das centenas de milhares de torcedores, isso não faz os grandes clubes do Brasileirão contarem médias de público históricas superiores às principais ligas europeias.

Longe disso.

Dono da maior média desde 1971, o Flamengo aparece abaixo do Top 5 dos campeonatos nacionais de Alemanha, Espanha, Inglaterra e Itália no mesmo período.

O interessante levantamento foi feito pelo pesquisador João Ricardo de Oliveira, e cedido pelos amigos do Verminosos por Futebol.

Os cinco recordistas de público das quatro maiores ligas europeias passam de 30 mil por jogo na média histórica.

No Brasileirão, apenas cinco times passaram de 20 mil.

Números relativamente baixos, que podem ser atribuídos à falta de interesse durante as fases de classificação ou à própria falta de estrutura – mas que se explicam a partir de diversas variáveis, relacionadas também à cultura do torcedor.

Obviamente, a diferença tem explicações específicas a cada país.

A organização ajudou a elevar a taxa de ocupação na Premier League, por exemplo, independente da diminuição da capacidade dos estádios com o Relatório Taylor.

Enquanto isso, a Alemanha viu a sua média saltar a partir da melhora dos estádios, em meados dos anos 2000.

Mas é interessante notar como um país como a Itália, cujos estádios em geral possuem características semelhantes com as do Brasil, se mantém muito acima no Top 5.

Mesmo as maiores médias de público dos clubes a cada ano, os grandes do Brasil têm dificuldades para superar a média acumulada dos grandes da Europa – por exemplo, só o Flamengo de 1980 (66 mil) supera os 65 mil do Barcelona de 1971 a 2015.

Os números brutos podem não dizer tanta coisa quando não são destrinchados.
É natural ver Barcelona e Real Madrid muito à frente, por exemplo, pelo tamanho dos estádios – assim como Borussia Dortmund, Milan ou Manchester United em seus países.

Mas os dados em si também falam um pouco sobre o comportamento do torcedor.

Se os europeus possuem uma cultura de acompanhar nas arquibancadas os torneios mais longos de maneira assídua, nem as finais em preto e branco nos gigantes de concreto ajudaram a elevar as médias brasileiras.

Média de público de clubes alemães na 1ª divisão (1970/1971 a 2014/2015):

1º Borussia Dortmund – 51.675 (41 participações)
2º Bayern de Munique – 49.165 (45)
3º Schalke 04 – 37.413 (40)
4º Hamburgo – 37.084 (45)
5º Stuttgart – 35.440 (43)

Média de público de clubes italianos na 1ª divisão (1970/1971 a 2014/2015):

1º Milan – 54.482 (43 participações)
2º Internazionale – 50.494 (45)
3º Napoli – 50.022 (37)
4º Roma – 45.827 (45)
5º Juventus – 37.443 (44)

Média de público de clubes espanhóis na 1ª divisão (1970/1971 a 2014/2015):

1º Barcelona – 65.033 (45 participações)
2º Real Madrid – 63.884 (45)
3º Atlético de Madrid – 40.339 (43)
4º Valência – 35.414 (44)
5º Athletic de Bilbao – 31.176 (45)

Média de público de clubes ingleses na 1ª divisão (1970/1971 a 2014/2015):

1º Manchester United – 56.891 (44 participações)
2º Liverpool – 41.472 (45)
3º Arsenal – 41.149 (45)
4º Newcastle – 38.343 (34)
5º Manchester City – 35.539 (36)

Clube – Média de público (Participações em Série A):

1º Flamengo – 28.775 (45)
2º Corinthians – 24.993 (43)
3º Atlético-MG – 23.120 (44)
4º Bahia – 22.407 (36)
5º Cruzeiro – 20.640 (45)
6º Palmeiras – 19.249 (42)
7º São Paulo – 19.028 (44)
8º Grêmio – 18.733 (43)
9º Internacional – 18.310 (45)
10º Vasco – 18.290 (43)
11º Fluminense – 16.662 (43)
12º Sport – 16.537 (32)
13º Nacional-AM – 15.957 (14)
14º Ceará – 15.862 (16)
15º Botafogo – 15.085 (43)
16º Santa Cruz – 14.757 (19)
17º Paysandu – 14.722 (20)
18º Santos – 14.689 (44)
19º Fortaleza – 14.497 (15)
20º Operário-MS – 14.485 (10)
21º Coritiba – 14.127 (35)
22º Remo – 13.192 (13)
23º CSA – 13.104 (11)
24º Vitória – 12.738 (33)
25º Goiás – 12.404 (38)
26º Náutico – 11.988 (26)
27º Atlético-PR – 11.754 (35)
28º América-RN – 10.766 (14)
29º Joinville – 9.654 (11)
30º Figueirense – 8.837 (16)
31º Ponte Preta – 8.533 (21)
32º Guarani – 8.368 (28)
33º Paraná – 8.248 (15)
34º Criciúma – 7.590 (12)
35º América-RJ – 6.520 (16)
36º Desportiva – 6.512 (12)
37º Portuguesa – 5.516 (31)
38º Juventude – 5.248 (16)
39º América-MG – 4.957 (14)

Camel Mazayin: Corrida de camelos em Madinat Zayed , cidade localizada a 150 quilômetros de Abu Dhabi...

Imagem: Karim Sahib/AFP 

O Facebook entra no mundo dos esportes...

Facebook lança plataforma para esportes e "contra-ataca" Twitter

Sports Stadium permite conexão em tempo real com amigos, jornalistas e clubes que estejam acompanhando um evento esportivo

Por Máquina do Esporte

"O maior estádio do mundo".

É assim que o Facebook define sua nova criação para se transformar em uma peça importante na indústria do esporte.

A companhia de Mark Zuckerberg lançou o Sports Stadium, uma plataforma que, se incorporada à rede social, servirá para conectar torcedores em tempo real enquanto se disputam eventos esportivos.

Com esta iniciativa, o Facebook pretende que os seus usuários usem a plataforma com o objetivo já alcançado pelo Twitter: comentar e seguir os acontecimentos ao vivo.

Segundo a multinacional, a utilização é simples, já que é necessário apenas clicar em uma partida para entrar na linha cronológica das publicações relacionadas àquele evento.

A nova ferramenta permitirá seguir os comentários dos amigos, especialistas, equipes e jornalistas que estejam conectados no evento, além de ter diferentes interfaces com atualizações instantâneas dos resultados e estatísticas, além das descrições de jogada por jogada.

"Este produto facilita a conexão dos esportes, tornando-os mais divertidos e atrativos, e vamos seguir escutando o feedback dos usuários para que seja ainda melhor", diz o Facebook em comunicado.

Sports Stadium já começou a funcionar nas partidas de futebol americano e, em breve, o fará também com basquete e futebol.

No momento, a plataforma só está disponível nos Estados Unidos e iPhone, mas estará liberada mundialmente dentro de duas semanas.

As inovações no setor esportivo têm como base um estudo da Universidade de Princeton que previu uma perda de 80% dos usuários do Facebook até 2017.

A rede social, recentemente, anunciou a transmissão de treinos da NBA e de corridas da Fórmula E na Espanha.

sexta-feira, janeiro 22, 2016

O grande Ricardo Zamora... ídolo no Espanyol, no Barcelona, no Real Madrid e na seleção da Espanha.

Imagem: Trivela

Sobre a violência que assola Natal e o Rio Grande do Norte...

O governador Robinson Faria afirmou estar ultrajado com a violência que assola o Rio Grande do Norte...

Sinceramente, acredito que esteja sim.

Acredito honestamente que o governador seja um homem decente e, portanto, creio que seu sentimento seja sincero.

Porém, as famílias que perderam seus entes queridos, mortos pelos criminosos que vicejam por nossa cidade, estão mais que ultrajadas, estão destruídas...

Ninguém pense que a prisão dos assassinos minorou sua dor e seu sofrimento...

A sensação de abandono e impotência os acompanhará até o fim de seus dias.

O governador também disse que se sente desafiado...

Nós também governador.

Porém, faz tempo, excelência...

Faz tempo que o os criminosos nos desafiam, nos provocam, nos roubam, nos furtam, nos assaltam, nos estupram e nos matam.

Perderam o medo, governador...

Sabem que nada vai lhes acontecer, a não ser uns dias numa de nossas penitenciárias...

Lá vão ficar, até que aprendam a escavar com segurança o solo arenoso sobre as quais elas foram construídas ou derrubem os muros emassados com farinha de trigo, que as circundam.

Nesse ponto, me permita, elogiar nosso sistema penitenciário...

Não reeduca e não ressocializa, mas tem “formado” exímios engenheiros de túneis.

Por fim, o governador pediu comprometimento...

Aí, sou obrigado a me rebelar.

Da polícia?

Me poupe excelência...

Duvido que o senhor tenha uma instituição mais comprometida.

Que os policiais me perdoem a intimidade, mas a turminha trabalha e trabalha muito diante das condições que lhe são oferecidas...

O senhor já parou para pensar que no Brasil de hoje, os policiais se parecem muito com a galera que se arrisca diuturnamente consertando as redes de energia?

Explico:

Qualquer ação pode resultar num choque...

Os policiais têm contra eles, não apenas os criminosos, mas grande parte de uma sociedade obtusa e comprometida – sim, essa sim, é comprometida – com o mundo maravilhoso das estórias dos livros infantis.

Policiais só têm deveres...

Direitos, principalmente os humanos, nem pensar – eles de antemão, são os monstrinhos, os carrascos, os insensíveis, os brutamontes, os cavaleiros do apocalipse.

Se um deles morre...

Foda-se.

Se algum, mata, fodam-no...

É assim que a banda toca, não adianta fingir que é diferente.

Entretanto, eles, “os meganhas”, “os samangos”, continuam trabalhando...

Continuam investigando, quando lhes permitem, continuam prendendo e continuam vendo a ralé criminosa sair por buracos, no chão, nas paredes e nas leis.

Portanto, governador, saiba...

O senhor e seus 26 colegas em todo o Brasil tem sim uma turminha comprometida e na sua imensa maioria, decente e honrada...

Porém, para que o senhor não pense que não falarei de flores, digo:

Existe sim, na polícia, muito cabra de peia, muito mequetrefe e muito sujeito que nem deveria estar lá...

Mas, isso é fácil resolver:

Diga para a imensa maioria que o senhor se compromete a junto com eles, expurgar os que não prestam e lutar para que a bancada que lhe segue crie leis que impeçam a justiça os colocar de volta...

Ah...

Quase esqueço:

Lidere os governadores e exija dos deputados e senadores que as leis sejam mudadas, endurecidas...

Assim, os juízes garantistas, vão ficar sem argumentos.

Exija que o governo central libere verbas para que presídios decentes sejam construídos...

Presídios onde as condições não sejam desumanas e ultrajantes.

Presídios onde os presos possam estudar e fundamentalmente, trabalhar...

Nós, o senhor e eu, trabalhamos, por que eles não?

Por fim, se conseguir as tais verbas, por favor, não as desvie para outros projetos...

O projeto mais importante é a vida governador.

Obrigado e desculpe se fui impertinente ou deselegante.           

O paraquedas não abriu...

Imagem: Nigel Cooke/ActionPlus/Corbis

Real Madrid e Barcelona, lideram o ranking dos clubes que mais arrecadam no planeta...

Real Madrid e Barcelona, os dois clubes que mais geram dinheiro no mundo

Time de Madri lidera pelo 11º ano consecutivo, com faturamento de 577 milhões de euros

Por Alejandro Garcia

Para o El País

O Real Madrid e o Barcelona são os dois clubes que mais geram dinheiro no mundo, segundo o estudo Football Money League, elaborado pela Deloitte, que analisa as informações financeiras dos clubes de futebol correspondente à temporada 2014/15.

O Real continua líder pela 11ª temporada consecutiva, com um faturamento de 577 milhões de euros.

O Barcelona, com 560,8 milhões de euros, recuperou o segundo posto superando o Manchester United (3º) e o Bayern de Munique (5º), que também foi ultrapassado pelo Paris Saint-Germain (4º), primeiro e único francês na lista.

A terceira equipe espanhola entre os 20 grandes é o Atlético de Madri (15º) com 187,1 milhões de euros, mesmo lugar que ocupou na temporada anterior.

Manchester City (6º), Arsenal (7º), Chelsea (8º) e Liverpool (9º) monopolizam a parte de baixo do top ten.

A Juventus de Turim, finalista da última Champions League contra o Barça, é o primeiro italiano (10º).

O Milan caiu dois lugares, para 14º, depois de ver como Tottenham (12º) e Schalke 04 (13º) o ultrapassarem.

O West Ham (20º) entra pela primeira vez na lista, o que deixa a Turquia sem representantes entre os 20 primeiros (o Galatasaray, que na temporada 2013/14 era 18º, caiu para 21º).

Por países, a representação é: Reino Unido, nove; Itália, quatro; Espanha e Alemanha, três, e França, um.


 Imagem: Football Money League

Os pequenos mascotes...

Imagem: Laurence Griffiths/Getty Images

Conselho Deliberativo do Santos processa criminalmente ex-presidente...

Uma novidade no futebol...

Por decisão do Conselho Deliberativo o Santos ingressará com ação criminal por gestão temerária contra o ex-presidente do clube, Odílio Rodrigues, além dos membros de seu comitê de gestão.

É ou não surpreendente?

Caso sejam condenados, podem pegar dois anos de prisão.

Odílio, segundo a ação foi responsável pela mal explicada contratação de Leandro Damião, por R$ 42 milhões, além da venda de parte dos direitos econômicos de promessas do clube, como Daniel Guedes, Geuvânio e Gabigol...

Acho difícil a moda pegar, mas quem sabe um dia, os conselhos passem a ser realmente, órgãos fiscalizadores das gestões dos clubes.


Butland, para Giroud...

Imagem: Darren Staples/Action Images

Brasileiro é flagrado por doping no Campeonato Esportivo Universitário, disputado na Rússia...

Brasileiro é flagrado por doping em competição de atletismo na Rússia

Por UOL

O atleta brasileiro Hiago Pereira Garcia, de apenas 20 anos, foi flagrado no doping durante o Campeonato Esportivo Universitário, disputado na Rússia.

O competidor da marcha atlética foi pego pelo uso de Fenoterol, Peroxisome e seus antagonistas.

A Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf) comunicou que a amostra foi coletada no dia 1º de julho do ano passado, na cidade de Moscou, em controle realizado pela Agência de Antidopagem da Rússia (Rusada).

A Iaaf comunicou, ainda, que o caso foi julgado pela Rusada no ano passado, acarretando em uma punição de quatro anos ao brasileiro, que já foi informado e aceitou a suspensão, retroativa a julho. 

Vale lembrar que a Rusada foi descredenciada pela Agência Mundial Antidoping (Wada) no fim do ano passado, meses depois da análise da amostra do competidor brasileiro.

quinta-feira, janeiro 21, 2016

Não é uma obra de arte... É uma igreja. Localizada em Chiayi, em Taiwan, a igreja será inaugurada em 2018.

Imagem: AFP/Getty Images

América susta cinco cheques dados a Roberto Fernandes...

O treinador Roberto Fernandes deu a direção do América um prazo até as 14 horas de hoje para ter uma solução a respeito dos 5 cheques no valor de 20 mil reais cada um, relativos as premiações do ano passado, que foram sustados pelo clube...

Os cheques se encontram nas mãos do advogado Felipe Augusto que confirmou estar apenas esperando o sinal verde de Roberto Fernandes para acionar o América na justiça do trabalho.

Segundo Felipe Augusto, todas a tentativas feitas pelo treinador para resolver a questão falharam e, portanto, mesmo bastante chateado, Fernandes não vê outra saída.

O tiro fatal...

Imagem: Alex Livesay/Getty Images

Hackney Marshes, a alma do futebol amador de Londres...

Imagem: Autor Desconhecido


Hackney Marshes, a alma do futebol londrino...

Por Leandro Stein

O futebol está enraizado em cada bairro de Londres.

A capital inglesa é famosa pelos estádios que se espalham em diferentes regiões.

São 13 palcos da modalidade com capacidade para ao menos 10 mil espectadores, enquanto seis devem ser inaugurados nos próximos anos. 

Além disso, há dezenas de estádios menores.

Mas nada se equipara a Hackney Marshes, a alma do esporte na capital inglesa.

A região próxima ao Estádio Olímpico conta com 88 campos, um ao lado do outro.

Abriga a Sunday League, o futebol amador londrino, responsável por revelar também grandes talentos.

O amplo terreno às margens do Rio Lea começou a ser drenado desde a Idade Média.

E, a partir do Século XIX, começou a abrigar o mais tradicional futebol de várzea da capital.

A principal liga amadora da região se constituiu em 1946, durante a reconstrução de Londres após o término da Segunda Guerra Mundial.

A cada final de semana, Hackney Marshes recebe centenas de partidas dos peladeiros da capital.

Tudo para nutrir a paixão pelo futebol.

Mais do que os marmanjos amadores, os 88 campos no nordeste de Londres servem para alimentar o sonho de garotos que sonham em se profissionalizar.

Por lá, passaram apenas nas últimas décadas nomes como David Beckham, John Terry e Sol Campbell.

Entretanto, jogar hoje em Hackney Marshes tem um custo, que acaba repassado também às equipes.

E para sustentar o enorme terreno, há o projeto de criar um pavilhão esportivo na área, sob o custo de £3,5 milhões.

Uma estrutura voltada principalmente ao críquete, mas que tornaria o local autossuficiente.

Enquanto isso, Hackney Marshes sobrevive e ajuda o futebol mais essencial a sobreviver na metrópole inglesa.

O clarão de área verde chama atenção em meio ao cinza da cidade.

A cada domingo, torna-se um refúgio semanal para que milhares de pessoas cultivem o espírito boleiro e escrevam novas histórias, mesmo que simples e pouco conhecidas, do futebol londrino.

Rally Dakar... o homem e sua moto.

Imagem: Franck Fife/AP

Os 33 anos da morte de Mané Garrincha...

Garrincha morreu no dia 20 de janeiro de 1983...

Lá se vão 33 anos.

No dia 22 de janeiro, Carlos Drummond de Andrade, que também cronista, além de poeta, o homenageou...

Perfeito como sempre, Drummond eternizou com palavras o sentimento que o futebol e seus ídolos provocam em cada um de nós.

Mané e o Sonho

Jornal do Brasil, 22/01/1983

A necessidade brasileira de esquecer os problemas agudos do país, difíceis de encarar, ou pelo menos de suavizá-los com uma cota de despreocupação e alegria, fez com que o futebol se tornasse a felicidade do povo.

Pobres e ricos param de pensar para se encantar com ele.

E os grandes jogadores convertem-se numa espécie de irmãos da gente, que detestamos ou amamos na medida em que nos frustram ou nos proporcionam o prazer de um espetáculo de 90 minutos, prolongado indefinidamente nas conversas e mesmo na solidão da lembrança.

Mané Garrincha foi um desses ídolos providenciais com que o acaso veio ao encontro das massas populares e até dos figurões responsáveis periódicos pela sorte do Brasil, ofertando-lhes o jogador que contrariava todos os princípios sacramentais do jogo, e que, no entanto, alcançava os mais deliciosos resultados.

Não seria mesmo uma indicação de que o país, despreparado para o destino glorioso que ambicionamos, também conseguiria vencer suas limitações e deficiências e chegar ao ponto de grandeza que nos daria individualmente o maior orgulho, pela extinção de antigos complexos nacionais?

Interrogação que certamente não aflorava ao nível da consciência, mas que podia muito bem instalar-se no subterrâneo do espírito de cada patrício inquieto e insatisfeito consigo mesmo, e mais ainda com o geral da vida.

Garrincha, em sua irresponsabilidade amável, poderia, quem sabe?, fornecer-nos a chave de um segredo de que era possuidor e que ele mesmo não decifrava, inocente que era da origem do poder mágico de seus músculos e pés.

Divertido, espontâneo, inconsequente, com uma inocência que não excluía espertezas instintivas de Macunaíma — nenhum modelo seria mais adequado do que esse, para seduzir um povo que, olhando em redor, não encontrava os sérios heróis, os santos miraculosos de que necessita no dia-a-dia.

A identificação da sociedade com ele fazia-se naturalmente.

Garrincha não pedia nada a seus admiradores; não lhes exigia sacrifícios ou esforços mentais para admirá-lo e segui-lo, pois de resto não queria que ninguém o seguisse.

Carregava nas costas um peso alegre, dispensando-nos de fazer o mesmo.

Sua ambição ou projeto de vida (se é que, em matéria de Garrincha, se pode falar em projeto) consistia no papo de botequim, nos prazeres da cama, de que resultasse o prazer de novos filhos, no descompromisso, afinal, com os valores burgueses da vida.

Não sou dos que acusam dirigentes do esporte, clubes, autoridades civis e torcedores em geral, de ingratidão para com Garrincha.

Na própria essência do futebol profissional se instalam a ingratidão e a injustiça.

O jogador só vale enquanto joga, e se jogar o fino.

Não lhe perdoam a hora sem inspiração, a traiçoeira indecisão de um segundo, a influência de problemas pessoais sobre o comportamento na partida.

É pago para deslumbrar a arquibancada e a cadeira importante, para nos desanuviar a alma, para nos consolar dos nossos malogros, para encobrir as amarguras da Nação.

Ele julga que entrou em campo a fim de defender o seu sustento, mas seu negócio principal será defender milhões de angustiados presentes e ausentes contra seus fantasmas particulares ou coletivos.

Garrincha foi um entre muitos desses infelizes, dos quais só se salva um ou outro predestinado, de estrela na testa, como Pelé.

A simpatia nacional envolveu Mané em todos os lances de sua vida, por mais desajustada que fosse, e isso já é alguma coisa que nos livra de ter remorso pelo seu final triste.

A criança grande que ele não deixou de ser foi vitimada pelo germe de autodestruição que trazia consigo: faltavam-lhe defesas psicológicas que acudissem ao apelo de amigos e fãs.

Garrincha, o encantador, era folha ao vento. Resta a maravilhosa lembrança de suas incríveis habilidades, que farão sempre sorrir a quem as recordar.

Basta ver um filme dos jogos que ele disputou: sente-se logo como o corpo humano pode ser instrumento das mais graciosas criações no espaço, rápidas como o relâmpago e duradouras na memória.

Quem viu Garrincha atuar não pode levar a sério teorias científicas que preveem a parábola inevitável de uma bola e asseguram a vitória — que não acontece.

Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios.

Mas como é também um deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino.

Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas.

O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível.

Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho.

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, janeiro 20, 2016

Mr. Cat... Depois de invadir o gramado do Goodison Park na partida entre Everton e Dagenham and Redbridge pela FA Cup, ele virou celebridade.

Imagem: Lee Smith/Action Images/Reuters 

ABC empata em 1 a 1 com o Botafogo da Paraíba...

Analisando apenas o resultado o torcedor do ABC pode não ter ficado nada satisfeito com o empate em 1 a 1, diante do Botafogo da Paraíba, na partida amistosa disputada ontem no estádio Maria Lamas Farache...

Mas, se esse mesmo torcedor levar em conta o curtíssimo espaço de tempo que o alvinegro teve para colocar todos os novatos em condição de jogo e a participação de boa parte deles, não há o que reclamar.

Agora é esperar a bola rolar para valer e torcer para que quem chegou dê conta do recado...

No mais, continuo com a mesma opinião: amistoso não serve para encher a bola de ninguém e nem tão pouco deve ser motivo para crucificações.

Futebol e cerveja... CR Vasco da Gama.

Arte: Pablo Canépa

A Islândia se mobiliza para ir a Euro 2016...

A Islândia tem uma população de 330 mil pessoas...

27 mil já solicitaram ingressos para as partidas de sua seleção durante a Eurocopa deste ano.

Até aí, nada demais...

A não ser pelo fato de que as 27 mil pessoas que vão a euro, representam 8% da população do país.

Em números absolutos, a quantidade pode nem parecer tão impressionante assim...

Mas vale comparar com outros países.

Na Alemanha, por exemplo, 8% da população significaria 6,6 milhões de interessados em ingressos...

No Brasil, superaria os 16 milhões.

Isso porque aqui, durante a primeira fase de vendas para a Copa do Mundo de 2014, 4,4 milhões de brasileiros manifestaram o seu interesse pelas entradas (o equivalente a 2,2% da população total) ...

Bem abaixo da mobilização dos islandeses, que ainda terão que arcar com os custos do deslocamento até a França.

Rally Dakar... de rodas para o ar.

Imagem: Adré Lavadinho/Pool/Reuters

O Brasil do futebol ainda não conseguiu se firmar no mundo das olimpíadas...

Um pouco da história do olimpismo no Brasil nos mostra o quanto estamos distantes das ufanistas afirmações que somos um país fadado a elite do esporte olímpico...

Custamos a entrar no mundo das olimpíadas...

A primeira participação brasileira ocorre em 1920, ou seja, vinte e quatro anos após os primeiros jogos ocorrerem em Atenas/1896.

Nosso Comitê Olímpico é oficialmente formado em 1935 (ainda que existam registros que comprovem a existência de um comitê nacional desde 1914) ...

Nossa primeira medalha em esportes femininos acontece apenas em 1996...

Nossa primeira medalha em esportes coletivos, em 1952...

E apenas em Atlanta nas olimpíadas de 1996 ultrapassamos o total de uma dezena de medalhas em uma mesma edição dos Jogos.

UFC: algo assim não pode ser esporte...

Imagem: AFP/Matt Mitrione

Sinceridade...

Antonio Cassano é um daqueles casos de talento desperdiçado. Tinha bola para liderar uma geração italiana, chegou ao Real Madrid e defendeu grandes times na Itália...

Mas decidiu não fazer todos os sacrifícios necessários para atuar em alto nível.

Aos 33 anos, maduro e na Sampdoria, provavelmente, como disse, o último clube da sua carreira, não tem nenhum problema em admitir que não atingiu o que se esperava dele por culpa própria...

“Se o técnico é rígido, eu me rebelo. Se é mole, eu durmo. O problema sou eu”.

Rally Dakar...nos confins da América do Sul.

Imagem: Franck Fife/AFP/Getty Images

A "revolução" que aboliu o teto salarial no futebol inglês...

Imagem: Trivela


Há 55 anos, uma vitória dos operários da bola: o Campeonato Inglês abolia o teto salarial de £20

Por: Leandro Stein

Muito se discute sobre os limites financeiros da Premier League.

Especialmente depois do último acordo de televisão, o dinheiro passou a jorrar nos clubes.

E os impactos são diversos, desde a força de mercado em relação a outras ligas até a inflação no valor de muitos jogadores.

Salários cada vez mais altos, que refletem uma transformação ocorrida há exatos 55 anos.

Em 18 de janeiro de 1961, a Football Association aboliu o teto salarial que vigorava no futebol inglês. 

Nenhum jogador do país recebia mais do que (pasme) £20 semanais.

Obviamente, o custo de vida no Reino Unido era bastante diferente há 55 anos.

Aquelas £20 equivaleriam nos dias atuais a quase £500. 

Um prato do tradicional “fish and chips” custava seis pennies (os centavos britânicos), enquanto o ingresso para a final da Copa da Inglaterra valia £2,5.

Transformação maior, contudo, aconteceu no próprio futebol.

Hoje, os salários atingem a casa das centenas de milhares de libras.

Wayne Rooney, por exemplo, recebe do Manchester United £250 mil semanais.

Em 1961, os jogadores ameaçaram até mesmo uma greve contra o teto salarial, apoiados pela Associação de Futebolistas Profissionais.

Ex-jogador de Brentford e Fulham, Jimmy Hill se tornou o presidente da entidade em 1957, encabeçando o movimento.

A justificativa da Football Association e da Football League para manter o teto era de que os futebolistas já ganhavam 25% a mais do que o operário médio da indústria britânica.

Em uma das reuniões, que contaram até mesmo com a presença do Ministro do Trabalho, foram respondidos pelo zagueiro Tommy Banks, do Bolton:

“Qualquer um pode fazer o serviço de um mineiro, mas poucos mineiros podem jogar futebol diante de 30 mil torcedores todas as semanas”.

A Football Association e a Football League ainda tentaram propor um novo limite de £30 semanais, rechaçado de maneira unânime por 250 membros da PFA presentes no encontro.

Porém, diante da iminência da greve, acabaram derrubaram o teto três dias antes da promessa de paralisação.

E o impacto foi imediato, com os aumentos salariais dos jogadores.

Johnny Haynes, atacante da seleção inglesa e do Fulham, se tornou o primeiro atleta a superar a barreira das £100 semanais.

“A liga estava em um túnel do tempo feudal. Aquele dia foi um divisor de águas, mas mesmo assim tentaram derrubar o acordo. Eles passaram gerações olhando os jogadores sob os seus narizes e naquele momento, mesmo no encontro com o ministro, presumiram nos tratar como seres inferiores. Mas era a cargo de nós que a cultura do futebol se enraizou”, comentou Hill, em entrevista ao Guardian.

“Nunca mudei minhas crenças. A batalha que lutamos foi para um jogador ser livre para negociar, por isso valeu a pena, sem restrições. A estupidez, hoje, está nos salários que muitos clubes assumem e não podem pagar. Isso é loucura”.

Atualmente, outras discussões envolvem o salário dos jogadores, especialmente quando comparado a outras profissões.

Consequências do livre mercado e do potencial comercial do esporte.

Há mesmo quem proponha a volta do teto salarial – embora isso tenda a uma debandada para outros países vizinhos.

Não dá para negar, entretanto, o tamanho da vitória ocorrida em janeiro de 1961.

Em um esporte que já mobilizava multidões, o direito básico dos jogadores como trabalhadores era receber de maneira digna pelos lucros que geravam aos clubes e à liga.

Informação: os salários na Inglaterra são pagos semanalmente e não mensalmente.