Imagem: Pohang Steelers
Sobre o Frontini muito já se falou e outro tanto deve se falar, portanto, vou me dedicar ao clube em que ele estava atuando por empréstimo.
O futebol coreano se tornou profissional há apenas 24 anos, e nesse período buscou aprimorar-se investindo pesado em estádios, centros de treinamento, centros de recuperação de atletas e alguns clubes são donos de verdadeiros hotéis onde hospedam seus jogadores. Diligentes, perfeccionistas, detalhistas e pacientes, os coreanos não se fizeram de rogados, cruzaram o planeta e foram conhecer o que havia de melhor. Do Brasil levaram treinadores e jogadores, queriam aprender a técnica refinada de nossos “boleiros”. Da Europa importaram treinadores e o modelo gerencial, tanto dos clubes como das ligas e federações. Mas também “invadiram” o planeta com seus meninos, levando-os para treinar em centros tecnicamente mais desenvolvidos. Garotos coreanos desembarcaram no Brasil, Itália, Alemanha, Inglaterra, Espanha e etc. Foi assim que eles se tornaram potência asiática, foi assim que conseguiram montar equipes razoáveis e é assim que pretendem crescer.
Existe, porém um detalhe que diferencia os coreanos, e esse detalhe talvez seja o seu maior trunfo; os clubes nasceram nas instituições e ou nas empresas e são parte de inúmeros programas voltados para as relações pessoais dos funcionários e sua integração total nas empresas. Não há dirigente apaixonado, não há abnegado nem benemérito. Não existe conselho deliberativo e nem tão pouco quem está lá, está para se promover. Todos são profissionais. Empregados bem pagos e donos de currículos recheados de qualidades para as funções que ocupam. Todos são passíveis de demissão a qualquer hora e pelos motivos que o conselho de acionistas entender ser os mais convenientes.
Fundado em 1973 na cidade de Pohang pela siderúrgica Pohang Steelers Corporation (POSCO), o clube surgiu com o nome de POSCO Dolphins, posteriormente mudou para POSCO Atoms até chegar ao nome atual: Pohang Steelers FC. Com fortes ligações com o Brasil (muitos de seus atletas passaram pelo centro de treinamento do Zico no Rio de Janeiro) a equipe adotou o uniforme do Flamengo e ainda hoje importa muitos jogadores brasileiros. Seu técnico atual é o brasileiro Sérgio Ricardo de Paiva Farias.
Com três títulos de Campeão Nacional da Coréia (1986, 1988 e 1992) ainda sob o nome de POSCO Atoms, um de campeão da Copa da Coréia (1996) e dois de campeão da Liga dos Campeões Asiáticos (1998 e 1997) o clube figura entre os maiores do país, só ficando atrás do Seongnam Ilwha Chunma e do Busan Icons. O estádio Steelyard Stadium é sua casa e acomoda 25.000 torcedores cercados de todo o conforto.
Mas o Pohang Steelers não é apenas um clube ou um time, é uma instituição e tem responsabilidade para com sua cidade. Suas categorias de base empregam gente especializada não só no esporte, mas também, em saúde e principalmente educação: o Pohang mantém uma escola de nível elementar, uma de nível médio e uma voltada para o ensino técnico de alta qualidade. Tudo sob severa inspeção da POSCO e das autoridades educacionais do país.
É bem possível que daqui alguns anos nós tenhamos que visitar os coreanos para aprender um pouco de profissionalismo, cidadania e visão de futuro.
Ah, além da siderúrgica, o Pohang Steelers é patrocinado por 63 empresas assim divididas: 3 na categoria Máster, 13 na categoria Royal, 14 na categoria Platinum, 13 na categoria Gold e 9 na categoria Silver. Portanto, é bom que os setoristas de nossa imprensa evitem aquela perguntinha boba; “e aí Frontini, o que você está achando da estrutura do CT americano e da estrutura do América em geral”? Caso o façam, é provável que ele sorria e depois educadamente diga; “estou impressionado com o que estou vendo, com essa estrutura com certeza iremos dar muito trabalho aos nossos adversários”.
Qualquer dúvida, favor visitar o site: http://www.steelers.co.kr/
O futebol coreano se tornou profissional há apenas 24 anos, e nesse período buscou aprimorar-se investindo pesado em estádios, centros de treinamento, centros de recuperação de atletas e alguns clubes são donos de verdadeiros hotéis onde hospedam seus jogadores. Diligentes, perfeccionistas, detalhistas e pacientes, os coreanos não se fizeram de rogados, cruzaram o planeta e foram conhecer o que havia de melhor. Do Brasil levaram treinadores e jogadores, queriam aprender a técnica refinada de nossos “boleiros”. Da Europa importaram treinadores e o modelo gerencial, tanto dos clubes como das ligas e federações. Mas também “invadiram” o planeta com seus meninos, levando-os para treinar em centros tecnicamente mais desenvolvidos. Garotos coreanos desembarcaram no Brasil, Itália, Alemanha, Inglaterra, Espanha e etc. Foi assim que eles se tornaram potência asiática, foi assim que conseguiram montar equipes razoáveis e é assim que pretendem crescer.
Existe, porém um detalhe que diferencia os coreanos, e esse detalhe talvez seja o seu maior trunfo; os clubes nasceram nas instituições e ou nas empresas e são parte de inúmeros programas voltados para as relações pessoais dos funcionários e sua integração total nas empresas. Não há dirigente apaixonado, não há abnegado nem benemérito. Não existe conselho deliberativo e nem tão pouco quem está lá, está para se promover. Todos são profissionais. Empregados bem pagos e donos de currículos recheados de qualidades para as funções que ocupam. Todos são passíveis de demissão a qualquer hora e pelos motivos que o conselho de acionistas entender ser os mais convenientes.
Fundado em 1973 na cidade de Pohang pela siderúrgica Pohang Steelers Corporation (POSCO), o clube surgiu com o nome de POSCO Dolphins, posteriormente mudou para POSCO Atoms até chegar ao nome atual: Pohang Steelers FC. Com fortes ligações com o Brasil (muitos de seus atletas passaram pelo centro de treinamento do Zico no Rio de Janeiro) a equipe adotou o uniforme do Flamengo e ainda hoje importa muitos jogadores brasileiros. Seu técnico atual é o brasileiro Sérgio Ricardo de Paiva Farias.
Com três títulos de Campeão Nacional da Coréia (1986, 1988 e 1992) ainda sob o nome de POSCO Atoms, um de campeão da Copa da Coréia (1996) e dois de campeão da Liga dos Campeões Asiáticos (1998 e 1997) o clube figura entre os maiores do país, só ficando atrás do Seongnam Ilwha Chunma e do Busan Icons. O estádio Steelyard Stadium é sua casa e acomoda 25.000 torcedores cercados de todo o conforto.
Mas o Pohang Steelers não é apenas um clube ou um time, é uma instituição e tem responsabilidade para com sua cidade. Suas categorias de base empregam gente especializada não só no esporte, mas também, em saúde e principalmente educação: o Pohang mantém uma escola de nível elementar, uma de nível médio e uma voltada para o ensino técnico de alta qualidade. Tudo sob severa inspeção da POSCO e das autoridades educacionais do país.
É bem possível que daqui alguns anos nós tenhamos que visitar os coreanos para aprender um pouco de profissionalismo, cidadania e visão de futuro.
Ah, além da siderúrgica, o Pohang Steelers é patrocinado por 63 empresas assim divididas: 3 na categoria Máster, 13 na categoria Royal, 14 na categoria Platinum, 13 na categoria Gold e 9 na categoria Silver. Portanto, é bom que os setoristas de nossa imprensa evitem aquela perguntinha boba; “e aí Frontini, o que você está achando da estrutura do CT americano e da estrutura do América em geral”? Caso o façam, é provável que ele sorria e depois educadamente diga; “estou impressionado com o que estou vendo, com essa estrutura com certeza iremos dar muito trabalho aos nossos adversários”.
Qualquer dúvida, favor visitar o site: http://www.steelers.co.kr/
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