terça-feira, dezembro 04, 2007

Eu vi Wallyson jogar aqui no Rio Grande do Norte...

- O jogo em si não teve maior importância, era uma festa e foi jogado como tal...
Mas mesmo com a vitória, o estádio Maria Lamas Farache tinha um aspecto de melancolia, pois no campo, Wallyson jogava sua última partida vestindo a camisa do ABC.

- Não vou invocar nesse texto o espírito de Nelson Rodrigues, não ousaria tamanha heresia. Passarei longe do estilo de Armando Nogueira, bem longe, para não cair no ridículo e tentar ser o que jamais serei.
Porém, deixarei um tosco poeminha... Tosco, mas sincero!


Sei que foi um adeus...
Um adeus cheio de saudade...
Mas...
É preciso ir...
É preciso crescer...
Substituir os tempos difíceis por dias mais felizes...
Vá...
Não olhe para trás...
Porém saiba que te somos gratos por tudo...
Vá...
E vingue os muitos meninos que como você não vingaram...
Escreva com lápis colorido a tua história...
Não te preocupes se as palavras ainda insistem em te marcar...
Teus pés haverão de driblá-las...
Tua arrancada fulminante em direção ao gol...
Deixará pelo gramado a gramática humilhada...
A concordância desnorteada...
E o verbo em desespero...
Mas o adjetivo ficará feliz...
Pois ele será usado mil vezes e de mil maneiras para te definir...
Por mil vozes em mil campos de futebol...
Agora vá...
E não permitas que teu sonho se esfumasse...
Pois o teu sonho...
É o sonho de todos nós.
Seja feliz Wallyson.

Um comentário:

João Paulo Holanda disse...

Muito bom o poema... Parabéns