quinta-feira, janeiro 28, 2010

Joel "Copacabana", Rubens Guilherme e José Maria Figueiredo... Uma noite cheia de sentimentos contraditórios.

Havia acabado de chegar ao estúdio da 95 FM e, fui surpreendido pela notícia do falecimento de Joel Ribeiro, ou melhor, Joel "Copacabana"...


Foi preciso me “desligar”, pois em seguida, entramos no ar para a entrevista previamente marcada com Rubens Guilherme e José Maria Figueiredo, presidentes de ABC e América respectivamente.


No início, foi complicado, me perdi um pouco, pois não conseguia tirar Joel do pensamento...


Trabalhamos juntos na rádio Rural, e desde então, nos tornamos bons amigos, mesmo que depois, em virtude do agravamento do estado de saúde de Joel (Joel era diabético), nos víssemos pouco.


Mas naquele momento, o sorriso aberto e jeito calmo e tranqüilo de Joel, estavam mais presentes do que nunca...


Cumpri minha missão, participei do programa, e aos poucos, fui conseguindo me concentrar na figura de Rubens Guilherme, que me impressionou muitíssimo bem...


Seguro em suas respostas, educado, inteligente, calmo e articulado, Rubens demonstrou saber o quer e que objetivos pretende alcançar...


Mas o que gostei mesmo foi o fato de que quando falava me olhava nos olhos, sem desvios ou fugas.


José Maria Figueiredo conheço bem, trabalhamos juntos na extinta DEMEC (Delegacia do Ministério da Educação), sei qual é seu estilo e sei como pensa...


Na verdade, Emerson Amaral marcou um belo ponto, ao “juntar” dois homens bem diferentes no estilo, mas muito parecidos nos objetivos.


São empresários com visão macro, sabem a diferença entre causa e efeito e ambos sabem que todo sonho e todo desejo está condicionado ao econômico.


O momento mais marcante do programa se deu quando José Maria Figueiredo propôs a Rubens Guilherme, que no clássico ABC e América, ambos entrassem junto com suas equipes e trocassem camisas e depois, lado a lado, assistissem ao jogo...


Rubens sem pestanejar aceitou.


Foi uma vitória da sensatez e de lucidez.


No final, Rubens agradeceu e voltou para o ABC, para continuar uma reunião que havia interrompido e José Maria me perguntou se eu gostaria de lhe acompanhar na visita que faria a família de Joel no velório.


Joel voltou e, com ele, a tristeza de saber que seria a ultima fez o que o veria.


Fui com José Maria ao velório, não falamos de futebol, não era momento para buscar notícias ou novidades...


Não vou fazer aqui, nenhum histórico da vida de Joel, tem gente melhor que eu para fazer isso, mas pretendo deixar aqui, minha tristeza e minha solidariedade a sua família.


Para finalizar, vejo hoje, que Joel foi um exemplo e a ser seguido – montou uma família, construiu um patrimônio e nunca precisou choramingar pitangas e nem rastejar por favores...


Joel fez do futebol uma profissão digna e depois, recomeçou uma nova vida, aonde também foi vencedor.

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