Clubes tidos e havidos como exemplos no trato com suas categorias de base têm sido chamados pelo Ministério Público para dar explicações sobre o tratamento dado a crianças e adolescentes sob sua responsabilidade...
No Paraná, Coritiba, Atlético Paranaense, Paraná Clube e Trieste FC, já foram chamados para uma conversa, em Minas Gerais, Cruzeiro, Atlético Mineiro, América e Vila Nova, também...
Nesses Estados, o Ministério Público e os órgãos de defesa da criança e do adolescente, propuseram aos clubes algumas reformas no tratamento dado aos “atletas”, através da assinatura do termo de ajuste de conduta...
Porém, o trabalho continua e diversas investigações estão em andamento, principalmente depois foram constadas inúmeras irregularidades.
Alojamentos precários, sem ventilação, beliches apertados, banheiros sujos e falta da assistência médica, odontológica e psicológica, além da não freqüência a escola foram algumas das irregularidades encontradas, mas existem denuncias de ex-atletas de categoria de base, sobre assédio sexual, dispensas e abandonos após contusões entre outros absurdos...
Segundo Lauro Monteiro, editor do site “Observatório da Infância”, o fato é recorrente, e a maioria desses jovens é afastados do convívio de suas famílias ou “apadrinhados” por empresários que os exploram com promessas de grandes oportunidades...
Nos clubes é comum se encontrar jovens sem estudar, abrigados em péssimas condições e sem nada receber além de conversa fiada...
A grande preocupação do Ministério Público do Trabalho é com a exploração sexual desses jovens nos “criadouros” de craques e, por isso, o órgão vem realizando em quase todo o país um trabalho de investigação e levantamento da situação de clubes e escolinhas.
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