Na última sexta-feira, 25 de março, postei sob o título “Salvem o América... Mais que união o clube precisa de conciliação”, uma conversa que tive sobre a equipe americana e o duro momento que vive.
Cheguei a transcrever um texto publicado por Sérgio Fraiman em seu blog “Vermelho de Paixão”, onde o blogueiro mostrava toda sua angustia com a situação do clube...
Transcrevi por que ao ler, percebi que o que estava escrito, confirmava, mesmo que nas entrelinhas, tudo o que minha fonte havia me dito horas antes...
No domingo, 27 de março, ao acessar o blog do Sérgio, encontrei o seguinte texto:
As hipóteses de gestão a partir de terça-feira
Por Sérgio Fraiman.
“Na minha visão, a reunião de amanhã que acontecerá no escritório do ex-presidente Eduardo Rocha vai definir qual o modelo de gestão que o América terá a partir de terça-feira. As hipóteses são as seguintes: a primeira, com a permanência do presidente Clóvis Emídio cuidando apenas da parte administrativa e o futebol sendo entregue ao antigo G4; a segunda, com o presidente entregando o cargo e deixando a administração do clube como um todo com o G4; e a terceira, com o presidente Clóvis Emídio ficando na mesma situação de hoje, sem o apoio do G4. Qual a mais provável? Confesso que não sei. Pela sua personalidade, acho muito difícil Clóvis Emídio continuar sem as rédeas do futebol ou até mesmo renunciar. Por outro lado, acho pouco provável o G4 "chegar junto" com Clóvis no poder. Na verdade, a "costura" desta espécie de acordo terá que ser muito bem feita”.
Agora, comparem com o que escrevi na sexta-feira, 25 de março:
- “Terminada a reunião, três coisas podem acontecer: ou renuncia, ou o futebol passa para as mãos de quem sempre bancou o clube e os atuais dirigentes assumem a posição de rainha da Inglaterra ou então, a direção fica definitivamente, entregue a própria sorte”...
Palavras diferentes, conteúdo idêntico.
Pois bem, mais tarde, ouvindo a transmissão pela rádio Globo, escutei o presidente Clóvis Emídio e, para mim, ficou claro que a partir de terça-feira, Clóvis não será mais presidente do América...
Por quê?
Primeiro por perceber na voz de Clóvis, tristeza, mágoa e um profundo cansaço...
Depois por frases que foram ditas e que se ajuntadas, decifram sua posição...
“Todo aquele que ousar ter autonomia no cargo, irá enfrentar descontentamento”.
Clóvis fala de si mesmo e de seus pares no clube.
“Me sinto isolado sim, vivo a mesma situação que viveu Zé Maria antes de renunciar”.
Clóvis mostra que foi emparedado e que o ex-presidente José Maria Figueiredo passou pela mesma situação.
“Pessoas com influência na cidade e em sua economia, poderiam estar ajudando”...
Nessa frase, Clóvis foi direto e só faltou dizer: ao invés de ajudar, ou se omitem, ou atrapalham...
Como não disse, abriu brecha para qualquer tipo de especulação.
“O América, depois de minha família, é a coisa mais importante em minha vida, mas só morro abraçado com minha mulher e filhos... se me convencerem que afasto as pessoas, não terei nenhum problema em renunciar”...
Provavelmente, Clóvis não será convencido, mas informado que com ele dirigindo o futebol, não haverá nenhuma ajuda e aí, Clóvis sai, pois seu temperamento, não permite que ele se submeta a um papel de coadjuvante...
Clóvis sabe disso e, por isso, já sinalizou que sai.
“Tristeza e decepção com algumas pessoas, pois as julguei equilibradas para nos ajudar a conduzir o clube”.
Aqui, Clóvis indica que o clima já não permite uma convivência onde a confiança seja a base da relação e volta a afirmar sua posição de homem isolado.
“Sempre fui um soldado a disposição de todos”.
Com essa frase, Clóvis Emídio encerrou sua entrevista e com essa frase quis mostrar que esperava o mesmo por parte daqueles a quem serviu...
Posso estar errado, mas na terça-feira, Clóvis não será mais presidente do América.
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