Conversei a noite passada com o advogado Felipe Augusto, presidente do Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional do Estado do Rio Grande do Norte.
A razão da conversa é óbvia:
A entrevista concedida por ele a Rádio Globo Natal e a consequente repercussão de suas palavras.
Ouvi a entrevista de Felipe Augusto...
Suas palavras foram duras, em certos momentos, agressivas em outros, porém, o cerne da questão, é sim, de interesse público.
Aproveitei a conversa e fiz cinco perguntas que publico com a respectiva resposta.
O senhor considera que tenha sido agressivo durante a entrevista concedia a Globo?
- “Fernando, eu fui incisivo e algumas palavras foram fortes, mas esse é um assunto que me incomoda muito, pois só eu sei pelo que passam alguns jogadores e suas famílias”...
Existe de sua parte, algum temor em relação a ser processado por algum dirigente que porventura tenha se sentido ofendido?
- “Não... para ser sincero, até gostaria que isso acontecesse, pois em juízo, eu teria como provar o porquê disse o que disse e aquele que me processar, teria que provar que eu menti”.
Como se sentiu diante das reações a sua entrevista?
- “De certa forma feliz, pois apesar das agressões e insinuações baratas, em nenhum momento fui contestado em relação ao ponto central da entrevista... ninguém disse: Felipe é mentiroso e para provar que ele é mentiroso, colocamos a disposição de quem quiser toda a papelada envolvendo o assunto”.
- “Veja bem, se tudo fosse feito como manda a lei, se todos os acordos fossem cumpridos: eu não teria tido nenhum sucesso nos processos que movi em defesa dos interesses dos atletas que me procuraram”...
- “Ou alguém vai ousar afirmar que os juízes que julgaram as causas a eles levadas por mim e meus clientes, estão errados ou agiram em prejuízo do futebol do Rio Grande do Norte”?
- “Seria bom se aparecesse alguém com essa ousadia para escrever e assinar tal coisa”!
Que tipo de reação esperava então o senhor?
- “Com certeza, não a que li”...
- “Gostaria de dizer que apenas reconheço como interlocutores capazes de debater essa questão, os presidentes dos clubes e seus diretores jurídicos... os presidentes por serem em última instância, os responsáveis por qualquer ato ou ação praticada no âmbito do clube e os assessores jurídicos, por seu notório saber, por sua competência profissional e por sua capacidade de usar uma linguagem mais adequada a questão”.
Afinal, aonde o senhor quer chegar?
- “Meu desejo é que exista uma relação trabalhista, justa... não vejo nenhuma razão para que um clube deixe que um acerto de 20, 30 ou 50 mil reais, se transforme num montante, cem vezes maior”.
- “Não considero correto que um trabalhador, fique sem poder realizar uma cirurgia ou um tratamento, por não ter sua carteira assinada”...
- “Não acho inteligente esse tipo de administração, aliás, não é inteligente e nem humana tal atitude”.
- “É só”.
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