Imagem: Getty Images
Quem poderia imaginar o Japão conquistando a Copa do Mundo de Futebol Feminino da Alemanha?
Ninguém, ou melhor, talvez as japonesas, mas, mesmo assim, muito mais por desejo que por convicção.
A Copa tinha a Alemanha como grande favorita...
Os Estados Unidos, mesmo passando por renovação, contava com sua forte tradição...
O Brasil confiava em Marta e, a Suécia e a França, num conjunto bem azeitado e habilidoso...
A Inglaterra, corria por fora, mas não podia ser descartada.
Mas, o Japão, não tinha nada em que se agarrar, a não ser no sonho de ser possível transformar, determinação, garra, espírito coletivo, disciplina tática, transpiração e o nunca desistir, tão típico deles, numa avassaladora corrida até o topo.
Conseguiram.
Na fase de grupos, venceram a Nova Zelândia por 2x1...
Depois, golearam o México por 4x0 e perderam para a Inglaterra por 2x0...
As japonesas terminaram em segundo lugar, com 6 pontos, 1 ponto atrás da Inglaterra.
Nas quartas de final, enfrentaram as donas da casa e era ali que deveriam ter parado...
Mas, não...
Resistiram à avassaladora pressão e quando surgiu à oportunidade, deram o bote fatal...
Venceram a poderosa Alemanha por 1x0.
Veio então a Suécia e mais uma vez todos imaginaram que a surpreendente seleção feminina nipônica já havia ido longe demais...
Disputar o terceiro lugar seria um feito...
Quando o jogo terminou, os 3x1 no placar do estádio calaram definitivamente os céticos e deixaram perplexas as suecas...
As japonesas eram finalistas.
Ontem, diante dos Estados Unidos as meninas do Japão não mudaram sua forma de jogar...
Sabiam que as americanas eram tecnicamente melhores, mas confiaram na força de sua determinação...
Foram atacadas, levaram bolas na trave, e acabaram sofrendo o gol de Morgam...
Não desanimaram e num dos raros ataques que conseguiram levar em frente, empataram o jogo através de Myama.
Veio à prorrogação e mais uma vez a história se repetiu...
Quando Wambach de cabeça colocou os Estados Unidos à frente, parecia o fim...
Parecia, mas...
Sawa a quatro minutos do final decretou novo empate...
As japonesas fizeram o que parecia ser impossível.
Levaram a decisão para as penalidades máximas...
Aí, o mundo se rendeu a elas.
Empurradas pela força do vento divino, as meninas fizeram tremular a bandeira da Terra do Sol Nascente em plena Frankfurt germânica.
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