quarta-feira, março 21, 2012

América e ABC ou ABC e América... um clássico que os dirigentes fazem questão de diminuir.



Nada é mais triste em Natal que qualquer semana que anteceda o clássico ABC e América, América e ABC...

Nestes dias a cidade deveria se vestir com as cores de ambos os clubes...

Nossos olhos deveriam mirar o vermelho das camisas americanas contrastando como o preto e branco das camisas do ABC...

Faixas, bandeiras, deveriam pender de janelas...

Os bares, as praias, os escritórios, as repartições, as lojas e até mesmo as igrejas, deveriam se tornar ponto de uma alegre provocação, de um interminável bate boca entre amigos, agora rivais, sobre quem vencerá quem e de quanto será o "castigo" imposto ao adversário.

Deveriam os dias que antecedem o clássico, ser efervescentes, criativos, alegres, provocativos e capazes de excitar os menos empolgados a deixar a indiferença de lado e assumir um lugar nas arquibancadas...

Mas, infelizmente, não é isso o que acontece...

Ao invés dos protagonistas – treinadores, jogadores e árbitros –, quem ocupa as manchetes são dirigentes ou seus porta-vozes amestrados e sempre dispostos a fazer coro com a fraude intelectual e difundir com grande estardalhaço a indigência intelectual de seus líderes.

Hoje, quarta-feira, não se fala em foguetório, não se fala em papel picado, não se fala em carreata, não se comenta a possível e épica batalha entre Alison e Lúcio Curió e nem mesmo jogo particular que será travado entre Roberto Fernandes e Leandro Campos...

Não...

Nada disso...

O que se ouve é a medíocre preocupação com uma porta que permita a visão de uma ambulância num estádio que sequer será utilizado ou então, a hipócrita preocupação com arquibancadas móveis...

Nada pelo bem do clássico e de sua divulgação...

Nada para incentivar a presença de famílias, mulheres e crianças...

Não...

Aqui, o que prospera é a inveja pequena e rasteira ou a torcida disfarçada em preocupação para que desabem as arquibancadas e aí, ao invés de gritos e pulos de alegria, nossos ouvidos sejam tomados pela dor dos feridos...

Ninguém consegue esvaziar com tanta competência o nosso clássico, como os nossos dirigentes e seus amestrados seguidores.


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