terça-feira, março 13, 2012

Ricardo Teixeira renunciou...



Juca Kfouri é autor de uma das mais bem humoradas e inteligentes frases sobre a longa permanência de Ricardo Teixeira a frente da CBF...

“Tome chá de cadeira esperando a queda de Ricardo Teixeira”.

A frase repetida incansavelmente por Juca tornou-se célebre e por fim, realidade.

Ricardo Teixeira renunciou.

Podemos todos enfim, levantar da cadeira e comemorar.

Infelizmente não foi bem uma queda, não tão estrepitosa como desejaríamos...

Ricardo não se esparramou no chão e lá permaneceu com cara de idiota...

Mesmo acossado e ciente que não havia saída, armou uma armadilha para os ainda descrentes, quando anunciou que permaneceria...

Reuniu seus meninos amestrados numa reunião, onde mudou os estatutos da CBF, fez promessas, distribuiu uma graninha e afirmou que ficaria até o fim de seu mandato em 2015.

Tudo teatro, Ricardo Teixeira já sabia que não havia mais como se sustentar na CBF e no COL.

A presidente Dilma Rousseff deixou claro que preferia encontrar o José Serra num inferninho e dançar a noite toda, a cruzar com Teixeira...

Joseph Blatter antigo bom companheiro deu-lhe as costas, enterrou sua sonhada candidatura à presidência da FIFA e passou a flertar abertamente com Michel Platini, presidente da UEFA.

Os deputados da bancada da bola, antes defensores ardorosos de Teixeira, começaram a pipocar...

Tiraram o pé das divididas e alegando desconforto muscular, abandonaram o jogo...

Não havia mais o que fazer.

Ricardo Teixeira então fez o que costumam fazer os brasileiros e brasileiros que flagrados num malfeito, fazem...

Escreveu uma “emotiva” carta renuncia, onde alega precisar cuidar de sua saúde e estar mais perto da família...

Pediu ao seu sucessor que a divulgasse e partiu para o “exilio” em Miami...

Lá, ficará imune, impune e suficientemente rico para continuar “cagando montão”.

Porém, o pior de tudo isso é que sua renuncia em nada muda a estrutura do futebol brasileiro...

Seu sucessor não é lá figura das mais cheirosas e, olhando em direção ao horizonte, sou obrigado a concordar com o jornalista Victor Birner que diz:


“Não vejo ninguém disposto a comprar brigas importantes como a reformulação do calendário, cobrança de responsabilidade financeira dos clubes, fiscalização das federações (várias delas têm seus Ricardos Teixeiras)”…





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