Juca Kfouri é autor de uma das
mais bem humoradas e inteligentes frases sobre a longa permanência de Ricardo
Teixeira a frente da CBF...
“Tome chá de cadeira esperando a
queda de Ricardo Teixeira”.
A frase repetida incansavelmente
por Juca tornou-se célebre e por fim, realidade.
Ricardo Teixeira renunciou.
Podemos todos enfim, levantar da
cadeira e comemorar.
Infelizmente não foi bem uma
queda, não tão estrepitosa como desejaríamos...
Ricardo não se esparramou no chão
e lá permaneceu com cara de idiota...
Mesmo acossado e ciente que não
havia saída, armou uma armadilha para os ainda descrentes, quando anunciou que
permaneceria...
Reuniu seus meninos amestrados
numa reunião, onde mudou os estatutos da CBF, fez promessas, distribuiu uma
graninha e afirmou que ficaria até o fim de seu mandato em 2015.
Tudo teatro, Ricardo Teixeira já sabia
que não havia mais como se sustentar na CBF e no COL.
A presidente Dilma Rousseff deixou
claro que preferia encontrar o José Serra num inferninho e dançar a noite toda,
a cruzar com Teixeira...
Joseph Blatter antigo bom
companheiro deu-lhe as costas, enterrou sua sonhada candidatura à presidência
da FIFA e passou a flertar abertamente com Michel Platini, presidente da UEFA.
Os deputados da bancada da bola,
antes defensores ardorosos de Teixeira, começaram a pipocar...
Tiraram o pé das divididas e alegando
desconforto muscular, abandonaram o jogo...
Não havia mais o que fazer.
Ricardo Teixeira então fez o que
costumam fazer os brasileiros e brasileiros que flagrados num malfeito, fazem...
Escreveu uma “emotiva” carta
renuncia, onde alega precisar cuidar de sua saúde e estar mais perto da família...
Pediu ao seu sucessor que a
divulgasse e partiu para o “exilio” em Miami...
Lá, ficará imune, impune e
suficientemente rico para continuar “cagando montão”.
Porém, o pior de tudo isso é que sua
renuncia em nada muda a estrutura do futebol brasileiro...
Seu sucessor não é lá figura das
mais cheirosas e, olhando em direção ao horizonte, sou obrigado a concordar com
o jornalista Victor Birner que diz:
“Não vejo ninguém disposto a
comprar brigas importantes como a reformulação do calendário, cobrança de
responsabilidade financeira dos clubes, fiscalização das federações (várias
delas têm seus Ricardos Teixeiras)”…
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