sábado, março 17, 2012

Brasil, o país dos valores invertidos e da falta de senso...



Em Roraima, o campeonato estadual é disputado por apenas seis equipes profissionais e a média de público gira em torno de 50 espectadores.

No entanto, não existe cobrança de ingresso, pois a disputa é subsidiada pelos governos estadual e municipal.

Com a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014, o governo de Roraima entrou no páreo para concorrer a uma das sedes de aclimatação de umas das 31 seleções que irão disputar a copa.

Para isso, o governo estadual está executando um projeto de reforma do estádio da capital, Boa Vista, com recursos do governo federal no valor de 100 milhões de reais.

O projeto inicial previa a ampliação do estádio Canarinho para 22.500 pessoas (10% da população de Boa Vista) e sua transformação num arena multiuso com valor estimado em 257 milhões de reais.

Entretanto, o projeto megalomaníaco foi abortado graças à intervenção do procurador da Republica Rodrigo Golivio Pereira, que definiu o projeto como uma “ofensa à moralidade”.

Com a intervenção do procurado o estádio Flamarion Vasconcelos, conhecido como Canarinho, construído em 1975 e cuja capacidade atual é de 8.000 pessoas, terá sua capacidade ampliada para 10 mil pessoas e segundo o projeto seguirá os padrões de qualidade impostos pela FIFA.

Apenas para ilustrar mais uma das loucuras patrocinadas pelos nossos políticos, aí vai uma história que define bem a falta de senso do Senador Homero Jucá, autor da emenda em favor da obra e dos governos federal e estadual que embarcaram na aventura.

Em 1996, quando ainda se cobrava ingresso no futebol de Roraima, o Rio Negro e o Progresso se enfrentaram numa partida válida pelo campeonato local...

O resultado foi a presença do servidor federal Abraão Pereira de Souza que pagou 5 reais e pode assistir solitário ao confronto.

Segundo o borderô da Federação Roraimense de Futebol, cada clube recebeu a quantia de 1 real.






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