Em Roraima, o campeonato estadual
é disputado por apenas seis equipes profissionais e a média de público gira em
torno de 50 espectadores.
No entanto, não existe cobrança
de ingresso, pois a disputa é subsidiada pelos governos estadual e municipal.
Com a escolha do Brasil para
sediar a Copa do Mundo de 2014, o governo de Roraima entrou no páreo para
concorrer a uma das sedes de aclimatação de umas das 31 seleções que irão
disputar a copa.
Para isso, o governo estadual está
executando um projeto de reforma do estádio da capital, Boa Vista, com recursos
do governo federal no valor de 100 milhões de reais.
O projeto inicial previa a
ampliação do estádio Canarinho para 22.500 pessoas (10% da população de Boa Vista)
e sua transformação num arena multiuso com valor estimado em 257 milhões de
reais.
Entretanto, o projeto megalomaníaco
foi abortado graças à intervenção do procurador da Republica Rodrigo Golivio
Pereira, que definiu o projeto como uma “ofensa à moralidade”.
Com a intervenção do procurado o
estádio Flamarion Vasconcelos, conhecido como Canarinho, construído em 1975 e cuja
capacidade atual é de 8.000 pessoas, terá sua capacidade ampliada para 10 mil
pessoas e segundo o projeto seguirá os padrões de qualidade impostos pela FIFA.
Apenas para ilustrar mais uma das
loucuras patrocinadas pelos nossos políticos, aí vai uma história que define
bem a falta de senso do Senador Homero Jucá, autor da emenda em favor da obra e
dos governos federal e estadual que embarcaram na aventura.
Em 1996, quando ainda se cobrava
ingresso no futebol de Roraima, o Rio Negro e o Progresso se enfrentaram numa
partida válida pelo campeonato local...
O resultado foi a presença do
servidor federal Abraão Pereira de Souza que pagou 5 reais e pode assistir
solitário ao confronto.
Segundo o borderô da Federação
Roraimense de Futebol, cada clube recebeu a quantia de 1 real.
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