quinta-feira, março 22, 2012

O foco deveria ser sobre os protagonistas - atletas, treinadores e torcedores...



Quem disse que um clássico não deve ser polemico?

Eu?

Nunca!!!

No futebol, todo clássico é polemico... aliás, qualquer pelada é polêmica.

Os amantes do clube A, vão afirmar que foram, são e serão sempre os melhores...

Os amantes do clube B irão rebater, dizendo exatamente o contrário...

Mesmo com os exageros normais provocados pela exacerbação dos ânimos, esse debate é saudável...

É a mola propulsora para atrair público, encher estádios e colorir as ruas.

Para os excessos, existe lei e a polícia.

Entretanto, substituir o jogador, o treinador e até mesmo o torcedor no palco central por dirigentes, não me parece, nem recomendável e nem inteligente.

A discussão deveria estar centralizada nos protagonistas e tão somente neles.

No velho continente, a exceção da Espanha e da Itália, ninguém dá tanta bola para dirigentes, a não ser no momento em que a presença desses senhores seja crucial.

Desafio a qualquer um, a dizer de chofre, sem abrir o Google e pesquisar, o nome do presidente do Manchester City ou do Manchester United...

A imprensa inglesa fala de Mancini, treinador do City...

Aborda as confusões de Tevez...

Interessa-se pelo que tem a dizer Alex Ferguson e divulga constantemente o dia a dia de Rooney...

Na Alemanha, pouco se fala no presidente do Schalke, do Bayern ou do BVB Dortmund...

Mas, sobre Raul, Huntelaar, Robben, Müller, Götz e Kehl, as notícias são fartas...

O mesmo vale para a Holanda, Bélgica, Dinamarca, França, etc.

Dirigentes só aparecem para dar grandes notícias ou para apagar incêndio.

Nos Estados Unidos, a imprensa exalta os atletas e os treinadores...

Dirigentes quando aparecem é para explicar fracasso, pois nestes países, quem joga, quem encanta, quem atrai a massa é o atleta...

Ninguém na Europa e nos Estados Unidos vai a um campo ou ginásio empurrado por declarações apaixonadas de nenhum dirigente.

Quem promove o espetáculo por lá, são os profissionais de marketing e as estrelas que estão em campo.

Portanto, se aqui um dirigente aparece mais que um atleta ou treinador na véspera de um clássico, ou depois dele, com certeza é por pura deformação da imprensa e pela necessidade que muitos têm em ser subalternos.



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