Max fez o que todo mundo faz ao
ser pego no exame antidoping...
Negou ser usuário de drogas.
Everybody lies, como diria Dr.
House com toda a razão.
Não critico o jogador, sua atitude
foi humana, nada, além disso.
Porém, ao embarcar para o Rio de
Janeiro e ser confrontado com a contraprova, Max se perdeu e entrou no
redemoinho do desespero...
Afirmou que a assinatura que
constava no frasco da contraprova não era a sua...
Não quis dizer com todas as
letras, mas na matéria que postei sobre o assunto quando este veio à baila, dei
uma dica ao publicar os trechos do regulamento da Comissão Nacional de Controle
de Dopagem que demonstram a total impossibilidade de algo assim acontecer...
Foi uma ironia, pois naquela
altura já sabia que Max estava mentindo.
Antes da primeira postagem, telefonei
para meu filho e lhe perguntei quantas vezes ele havia feito o exame antidoping...
- Várias vezes pai, por quê?
Contei a história de Max e ele
disse:
- Sem chance!
Não satisfeito falei com mais uns
três atletas amigos meus e todos foram unanimes...
- Não tem como Fernando, disseram todos.
Ontem, a contraprova reforçou a
prova e já não há como negar...
Max usou cocaína.
No entanto, é preciso manter a
cautela, pois no mesmo regulamento da Comissão Nacional Antidopagem, existe uma
observação que faço questão de republicar e que é extremamente importante:
OBS.: OS LAUDOS DA PROVA E DA CONTRAPROVA SÃO FEITOS EM CUMPRIMENTO AO
QUE DETERMINA A RESOLUÇÃO NÚMERO 2 DE 5 DE MAIO DE 2004, PUBLICADO NO DIÁRIO
OFICIALDA UNIÃO, SEÇÃO 1, NÚMERO 90, EM 12 DE MAIO DE 2004, NÃO SE
CARACTERIZANDO SIMPLESMENTE EM FACE DE LAUDO LABORATORIAL COMPROVANDO A
EXISTÊNCIA DE “RAA“, QUE TENHA HAVIDO “DOPING” POR PARTE DO ATLETA, O QUE SÓ
PODERÁ SER DEFINIDO PELO TRIBUNAL COMPETENTE.
Quem vai decidir se Max usou o
que o exame comprova que usou para se dopar e obter vantagens durante o
desenrolar do jogo, é o STJD e mais ninguém.
Apesar de não ser nenhum
especialista em direito, creio que o melhor agora é dizer a verdade e tentar
mostrar que a droga em questão é um problema de saúde e que não foi utilizada
como forma dar vantagem a Max.
Max é primário e até prova em
contrário, nunca antes havia se envolvido numa situação semelhante.
Mas, estou apenas conjecturando,
pois como afirmei anteriormente, não sou jurista e nada entendo das filigranas
utilizadas pelos profissionais da área.
Toda via, o problema está posto e
saber lidar com ele é neste momento o mais importante.
Se for apenado pelo STJD, Max
pode sofrer duras consequências...
Entre elas, a demissão por justa
causa...
Mas, demitir é o melhor caminho?
Execrar o jogador que apareceu
para o futebol vestindo a camisa do América e que escreveu seu nome na história
do clube marcando gols importantes é o correto a ser feito?
Racionalmente, talvez sim...
Afinal os humanos costumam apedrejar
quem acabaram de acariciar sem que isto lhes cause qualquer enjoo.
Porém, o que espero da direção do
América, da comissão técnica, dos companheiros de Max e da torcida rubra, é a
mão estendida...
Não por pena ou gratidão...
Mas sim, por ser esta uma atitude
correta e digna da grandeza do América Futebol Clube.
Max não é um criminoso, é só um
rapaz deslumbrado que acreditou que a bola que empurra para redes e que lhe
rendeu uma grana que dificilmente ganharia longe do futebol, o colocava a salvo
e imune.
Max está doente e não concebo o
abandono de uma pessoa doente.
Estendam a mão para Max, acolham
o homem caído e tentem soerguê-lo...
Descubram se quem o conduziu a
trilhar caminhos tortos está longe ou perto...
Estendam a mão, pois não é mais o
jogador que está na berlinda e sim o homem.
Um comentário:
Acho que Max, pela história que tem no América, tem que ser apoiado pela diretoria, como já o fez com o Rodrigão (apesar de que este não teria reconhecido tal situação), quando esteve se recuperando de uma contusão (apesar da situação ser bastante diferente). Jogador usuário é mesmo que um filho. É um ser humano da mesmaforma.
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