terça-feira, setembro 25, 2012

Max precisa de apoio e ajuda...




Max fez o que todo mundo faz ao ser pego no exame antidoping...

Negou ser usuário de drogas.

Everybody lies, como diria Dr. House com toda a razão.

Não critico o jogador, sua atitude foi humana, nada, além disso.

Porém, ao embarcar para o Rio de Janeiro e ser confrontado com a contraprova, Max se perdeu e entrou no redemoinho do desespero...

Afirmou que a assinatura que constava no frasco da contraprova não era a sua...

Não quis dizer com todas as letras, mas na matéria que postei sobre o assunto quando este veio à baila, dei uma dica ao publicar os trechos do regulamento da Comissão Nacional de Controle de Dopagem que demonstram a total impossibilidade de algo assim acontecer...

Foi uma ironia, pois naquela altura já sabia que Max estava mentindo.

Antes da primeira postagem, telefonei para meu filho e lhe perguntei quantas vezes ele havia feito o exame antidoping...

- Várias vezes pai, por quê?

Contei a história de Max e ele disse:

- Sem chance!

Não satisfeito falei com mais uns três atletas amigos meus e todos foram unanimes...

- Não tem como Fernando, disseram todos.

Ontem, a contraprova reforçou a prova e já não há como negar...

Max usou cocaína.

No entanto, é preciso manter a cautela, pois no mesmo regulamento da Comissão Nacional Antidopagem, existe uma observação que faço questão de republicar e que é extremamente importante:

OBS.: OS LAUDOS DA PROVA E DA CONTRAPROVA SÃO FEITOS EM CUMPRIMENTO AO QUE DETERMINA A RESOLUÇÃO NÚMERO 2 DE 5 DE MAIO DE 2004, PUBLICADO NO DIÁRIO OFICIALDA UNIÃO, SEÇÃO 1, NÚMERO 90, EM 12 DE MAIO DE 2004, NÃO SE CARACTERIZANDO SIMPLESMENTE EM FACE DE LAUDO LABORATORIAL COMPROVANDO A EXISTÊNCIA DE “RAA“, QUE TENHA HAVIDO “DOPING” POR PARTE DO ATLETA, O QUE SÓ PODERÁ SER DEFINIDO PELO TRIBUNAL COMPETENTE.

Quem vai decidir se Max usou o que o exame comprova que usou para se dopar e obter vantagens durante o desenrolar do jogo, é o STJD e mais ninguém.

Apesar de não ser nenhum especialista em direito, creio que o melhor agora é dizer a verdade e tentar mostrar que a droga em questão é um problema de saúde e que não foi utilizada como forma dar vantagem a Max.

Max é primário e até prova em contrário, nunca antes havia se envolvido numa situação semelhante.

Mas, estou apenas conjecturando, pois como afirmei anteriormente, não sou jurista e nada entendo das filigranas utilizadas pelos profissionais da área.

Toda via, o problema está posto e saber lidar com ele é neste momento o mais importante.

Se for apenado pelo STJD, Max pode sofrer duras consequências...

Entre elas, a demissão por justa causa...

Mas, demitir é o melhor caminho?

Execrar o jogador que apareceu para o futebol vestindo a camisa do América e que escreveu seu nome na história do clube marcando gols importantes é o correto a ser feito?

Racionalmente, talvez sim...

Afinal os humanos costumam apedrejar quem acabaram de acariciar sem que isto lhes cause qualquer enjoo.

Porém, o que espero da direção do América, da comissão técnica, dos companheiros de Max e da torcida rubra, é a mão estendida...

Não por pena ou gratidão...

Mas sim, por ser esta uma atitude correta e digna da grandeza do América Futebol Clube.

Max não é um criminoso, é só um rapaz deslumbrado que acreditou que a bola que empurra para redes e que lhe rendeu uma grana que dificilmente ganharia longe do futebol, o colocava a salvo e imune.

Max está doente e não concebo o abandono de uma pessoa doente.

Estendam a mão para Max, acolham o homem caído e tentem soerguê-lo...

Descubram se quem o conduziu a trilhar caminhos tortos está longe ou perto...

Estendam a mão, pois não é mais o jogador que está na berlinda e sim o homem.


Um comentário:

Anônimo disse...

Acho que Max, pela história que tem no América, tem que ser apoiado pela diretoria, como já o fez com o Rodrigão (apesar de que este não teria reconhecido tal situação), quando esteve se recuperando de uma contusão (apesar da situação ser bastante diferente). Jogador usuário é mesmo que um filho. É um ser humano da mesmaforma.