Hoje escrevo sobre a maldade humana...
Mesmo que o lado sombrio das pessoas
já não me surpreenda, o nojo ainda me consome diante de coisas como as que vou
relatar.
São duas situações...
Uma aqui, pertinho de nós...
A outra além mar.
Conversando com Edi Souza,
procurador de Rodriguinho, soube que horas depois do acidente automobilístico sofrido
por Rodriguinho na madrugada de segunda-feira, uma pessoa residente em Natal
entrou em contato com uma emissora de TV em Belo Horizonte e solicitou falar
com a editoria de esporte...
Ao ser atendido, disse ao
repórter que tinha informações sobre a vida pregressa do jogador e passou a
contar coisas e mais coisas...
Por sorte, o jornalista em
questão é um profissional cujos princípios estão acima da audiência e tudo o
que foi dito pelo “informante” natalense acabou desconsiderado e jogado no lixo.
Ao terminar minha conversa com
Edi, fiquei pensando porque alguém faria tal coisa...
Não encontrei nenhuma resposta.
A outra situação aconteceu na
Espanha, mais precisamente com o goleiro Casillas do Real Madrid...
Depois da brilhante vitória da
equipe branca sobre o Manchester City por 3x2, as televisões, os jornais, as
rádios e blogues publicaram fotos do goleiro sem esboçar nenhuma reação.
Mãos na cintura, olhar baixo e
silencioso, Casillas nas imagens, parece distante...
Foi o bastante para que pipocasse
todo tipo de especulações e analises sobre a conduta do goleiro.
Todo o tipo de absurdo foi dito e
escrito...
Até que alguém se lembrou de
perguntar a Casillas o que havia acontecido.
“Durante a Eurocopa, conheci na
Polônia um garotinho chamado Dawid Zapisek. Dawid sofria de uma atrofia espinhal
degenerativa e seu sonho era me conhecer. Quando nos encontramos, ele me disse
que não queria morrer sem me dar um abraço e dizer que sentia muito não poder
ser igual a mim. Ele queria ser goleiro e eu, era seu espelho. Horas antes do
jogo, recebi um telefonema onde fui informado de sua morte. Não tinha nenhum
motivo para estar feliz ou vibrar”.
Depois, em sua página no
Facebook, Casillas escreveu: “Meus mais sinceros a família. Descanse em paz meu
amiguinho”.
Às vezes me pergunto por que as
pessoas tem essa doentia necessidade de opinar sobre tudo, mesmo sobre coisas
que nada sabem.
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