sexta-feira, setembro 21, 2012

Pastelão patriótico...




Certa vez meu pai me contou que em 1961, um funcionário da embaixada da Polônia nos Estados Unidos havia sido preso por espionagem em favor da União Soviética.

Segundo meu pai, o funcionário em questão era lotado na embaixada da Polônia como adido cultural, mas na verdade, era membro do Służba Bezpieczeństwa Ministerstwa Spraw Wewnętrznych – Serviço de Segurança do Ministério de Assuntos Interiores. 

Órgão responsável por infernizar a vida de seus cidadãos dentro e fora do país, manter estrita obediência a KGB soviética e quando necessário, tentar surrupiar informações de interesse dos membros da cortina de ferro.

 Acontece que o que deveria ter sido um drama cheio de suspense acabou se tornando piada entre os serviços secretos ocidentais.

Durante seu interrogatório no FBI, o espião polaco-soviético foi informado que o risco e o esforço empregado para conseguir os documentos apreendidos com ele, fora tempo perdido...

Total inutilidade.

Os agentes do FBI mostraram ao surpreso espião que aquele material poderia ter sido coletado sem nenhum risco e com total legalidade se ele tivesse apenas vasculhado as milhares de bibliotecas espalhadas pelo território americano.

Todas as informações que ele coletou com secretas, constavam em livros, relatórios do departamento de defesa e artigos publicados em revistas especializadas.

Passados tantos anos, me deparo com a notícia que o Comitê Rio-216 foi obrigado a demitir nove de seus funcionários e sob vigilância de uma comissão britânica, destruir arquivos confidenciais surrupiados do Comitê Londres-212.

A história é bem simplória...

O Comitê Rio-2016 enviou um série de observadores à Londres – todos às custas do erário público – para aprender com os ingleses como organizar o evento...

Gostaram tanto do que foram fazer que acabaram por se envolver em espionagem.

Aproveitando a permissão dada pelo Comitê Londres-2016 para acessar documentos confidenciais, onde havia coisas como planejamento estratégico e área de segurança, dentre outros, os “brazucas ou brasucas”, crentes que a “malandragem e a esperteza legitimamente brasileira” está acima de qualquer coisa, trataram de copiar os tais documentos.

Acontece, que os “toscos e bobos britânicos”, talvez por já terem andado por quase todo o planeta e enfrentado milhares de guerras, tinham a sua disposição um sofisticado sistema de monitoramento dos acessos a toda e qualquer informação, perceberam que enquanto outros países copiavam o que fora permitido, os “brazucas ou brasucas”, copiavam volumes enormes de documentos.

Pois bem, alertados para o excesso de acessos e cópias, os analistas, logo, foram capazes de descobrir de quem e de que login os documentos eram tão entusiasticamente acessados.

Com os nomes dos “brazucas ou brasucas” dublês de James Bond em mãos, o presidente do Comitê Olímpico Londrino, Sebastian Coe, entrou em contato com Carlos Nuzman e sem meias palavras exigiu a destruição das cópias e ameaçou com ações judiciais.

Com o rabo entre as pernas, Nuzman foi obrigado e demitir os nove “espiões” e sob o olhar atento de uma comissão de britânicos enviada de Londres, destruir os documentos roubados.

Porém, o mais hilário é que depois, se descobriu que cedo ou tarde o governo de sua majestade repassaria ao Brasil toda a documentação.


Parabéns idiotas.


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