Certa vez meu pai me contou que
em 1961, um funcionário da embaixada da Polônia nos Estados Unidos havia sido
preso por espionagem em favor da União Soviética.
Segundo meu pai, o funcionário em
questão era lotado na embaixada da Polônia como adido cultural, mas na verdade,
era membro do Służba Bezpieczeństwa Ministerstwa Spraw Wewnętrznych – Serviço de
Segurança do Ministério de Assuntos Interiores.
Órgão responsável por infernizar
a vida de seus cidadãos dentro e fora do país, manter estrita obediência a KGB
soviética e quando necessário, tentar surrupiar informações de interesse dos
membros da cortina de ferro.
Acontece que o que deveria ter sido um drama
cheio de suspense acabou se tornando piada entre os serviços secretos
ocidentais.
Durante seu interrogatório no
FBI, o espião polaco-soviético foi informado que o risco e o esforço empregado
para conseguir os documentos apreendidos com ele, fora tempo perdido...
Total inutilidade.
Os agentes do FBI mostraram ao
surpreso espião que aquele material poderia ter sido coletado sem nenhum risco
e com total legalidade se ele tivesse apenas vasculhado as milhares de
bibliotecas espalhadas pelo território americano.
Todas as informações que ele
coletou com secretas, constavam em livros, relatórios do departamento de defesa
e artigos publicados em revistas especializadas.
Passados tantos anos, me deparo
com a notícia que o Comitê Rio-216 foi obrigado a demitir nove de seus
funcionários e sob vigilância de uma comissão britânica, destruir arquivos
confidenciais surrupiados do Comitê Londres-212.
A história é bem simplória...
O Comitê Rio-2016 enviou um série
de observadores à Londres – todos às custas do erário público – para aprender
com os ingleses como organizar o evento...
Gostaram tanto do que foram fazer
que acabaram por se envolver em espionagem.
Aproveitando a permissão dada
pelo Comitê Londres-2016 para acessar documentos confidenciais, onde havia
coisas como planejamento estratégico e área de segurança, dentre outros, os “brazucas
ou brasucas”, crentes que a “malandragem e a esperteza legitimamente brasileira”
está acima de qualquer coisa, trataram de copiar os tais documentos.
Acontece, que os “toscos e bobos britânicos”,
talvez por já terem andado por quase todo o planeta e enfrentado milhares de guerras,
tinham a sua disposição um sofisticado sistema de monitoramento dos acessos a
toda e qualquer informação, perceberam que enquanto outros países copiavam o
que fora permitido, os “brazucas ou brasucas”, copiavam volumes enormes de
documentos.
Pois bem, alertados para o
excesso de acessos e cópias, os analistas, logo, foram capazes de descobrir de
quem e de que login os documentos eram tão entusiasticamente acessados.
Com os nomes dos “brazucas ou brasucas”
dublês de James Bond em mãos, o presidente do Comitê Olímpico Londrino,
Sebastian Coe, entrou em contato com Carlos Nuzman e sem meias palavras exigiu
a destruição das cópias e ameaçou com ações judiciais.
Com o rabo entre as pernas,
Nuzman foi obrigado e demitir os nove “espiões” e sob o olhar atento de uma
comissão de britânicos enviada de Londres, destruir os documentos roubados.
Porém, o mais hilário é que
depois, se descobriu que cedo ou tarde o governo de sua majestade repassaria ao
Brasil toda a documentação.
Parabéns idiotas.
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