O progresso da Copa do Mundo do
Brasil tem sido lento, mas para as Olimpíadas do Rio, tem sido inexistente.
Se você imagina que o progresso
para a Copa do Mundo no Brasil tem sido lento, espere só até alguém lhe contar
sobre a situação das Olimpíadas cariocas.
Apenas dois países já se
encontraram com a bonança ou a maldição de encenar sucessivamente Copa do Mundo
e Jogos Olímpicos: o México, que sediou os Jogos de 1968 (Cidade do México) e a
Copa de 1970 e a Alemanha Ocidental, com os Jogos Olímpicos de Munique, em
1972, e a Copa do Mundo em 1974.
Mas isso era uma época diferente,
em termos de exigências de preparo, estruturas, patrocínio, custos e
complexidade...
Além é claro do não menos importante
– implacável foco da mídia de como o Brasil se prepara para tornar-se um
terceiro membro do clube 'double host’.
Com o jogo de abertura da Copa do
Mundo 2014 à apenas dois meses de distância, não foi surpresa encontrar as
seguintes declarações de pânico sobre o Brasil que pipocaram na mídia
internacional esta semana:
Não há um dia a perder; eles
agora enfrentam prazos muito exigentes;
O apoio do governo brasileiro é
tarde e não é suficiente;
O fluxo de caixa não é positivo:
eles oferecem uma abundância de palavras, mas não o dinheiro - e as palavras
não são suficientes;
Eles estão atrasando, atrasando e
atrasando, e não há tempo a perder;
Vamos precisar de um Plano B
(porque) não há nada - não há até mesmo operários no local;
Está ficando muito sério.
Este não é um país como a China,
onde você pode pedir às pessoas que trabalhem à noite;
Este é o estilo dos sul-
americanos na realização dos grandes eventos.
As palavras acima, fora ditas
pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter?
Pelo Secretário Geral Jerome
Valcke?
Ou pelo presidente da UEFA,
Michel Platini?
Não, não... por nenhum deles.
Estas declarações partiram dos
líderes de alguns dos outros esportes do mundo em um estado de quase pânico...
Pânico que tomou conta dos
membros do Comitê Olímpico Internacional e que foi provocado pela falta de
progresso das obras dos próximos Jogos que serão realizados daqui a dois anos,
no Rio de Janeiro.
As palavras e os sentimentos são
familiares a partir de inúmeras conversas sobre os preparativos da Copa do
Mundo.
Vários funcionários do Rio 2016,
ao longo dos últimos dois anos, tem assegurado que as Olimpíadas não seriam um
problema, porque elas estavam em apenas uma cidade, e não espalhadas por 12
cidades num país de dimensões continentais como o Brasil.
Por outro lado vários membros do
COI tem sussurrado off- the-record suas preocupações...
Segundo eles, a multiplicidade de
esportes faz com que os Jogos Olímpicos seja uma empreitada ainda mais complexa
do que uma Copa do Mundo.
Ironicamente vários esportes
estão falando de mudar os seus eventos olímpicos para outras cidades do Brasil,
estilo Copa do Mundo.
Os exemplos ou maus exemplos de
como as coisas foram feitas no Brasil são muitos.
Valcke, renunciou de forma
pragmática as cobranças...
O que a FIFA espera é que os
último locais cujas obras estão inacabadas possam atender aos requisitos
mínimos de hospedagem.
A FIFA já sabe que alguns
aeroportos não terão o padrão para atender a demanda.
Um terminal de tela temporária
será usado em vez de uma expansão planejada em Fortaleza...
A remodelação doa aeroporto em
Belo Horizonte está atrasado demais para as finais.
Pelé disse que está envergonhado
pelo fracasso de seu país em estar pronto na hora certa, como o presidente Lula
prometeu em Outubro de 2007.
"É perturbador que uma Copa
do Mundo, concedida a nós, há tantos anos, ainda cause preocupação a apenas
dois meses de sua abertura", disse o triplo vencedor da Copa do Mundo.
"Quando eu viajo para o
exterior - Rússia, China, onde quer que eu vá - todo mundo me diz o quanto eles
estão ansiosos para a Copa do Mundo no Brasil. Quando volto encontro o caos em
nossos aeroportos. Isso me deixa muito triste."
Pelo menos o movimento olímpico
não pode dizer que não foi avisado.
Fonte: World Soccer
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