Agora, devidamente enrolado em um cobertor, ainda com
arrepios de frio, febril, mas feliz por ter conseguido comer depois de três
dias...
Saltitante por ter tomado um banho frio, gostoso,
revigorante, depois de três dias sem a mais mínima condição de sair da cama
abatido por qualquer coisa que não sei o foi, mas que posso garantir ser
extremamente competente em sua função, volto...
Não procurei nenhum hospital por saber que lá, ouviria:
virose!
Não procurei nenhum dos meus amigos médico, todos ótimos,
diga-se de passagem, por saber que todos têm mais o que fazer do que ficar
ouvindo lamúrias de um virótico...
Guardo para eles algo mais grave, mais dramático, mais
complexo, mais apoteótico e quem sabe, terminal...
Além disso, nada é mais insuportável do que receber uma
lista de 245 exames que deverão ser feitos em 469 lugares diferentes, todo as a
seis e trinta da manhã e cujos resultados serão entregues uma semana depois...
Desculpem, mas me falta paciência para tal.
Fico com a opção de entrar numa emergência com um
“piripaque” gravíssimo, pois curiosamente, todos os 245 exames serão feitos no
mesmo local, a qualquer hora e os resultados, como que por milagre sairão
imediatamente e o que puder ser feito, será...
Caso nada possa ser feito, Fernando, meu xará e amigo, com
seu morada da paz, estará pronto para me acolher de forma digna, confortável e
com preços que não serei obrigado a discutir ou arcar, por motivos óbvios.
Como sobrevivi, estou de volta.
Infelizmente essa parada obrigatória evitou que comentasse a
o fim da Copa do Mundo...
Copa vencida pelos alemães com todos os méritos com todo o
merecimento...
Não pude registrar minha admiração pela seleção argentina,
inferior tecnicamente, taticamente limitada, mas brava...
Em alguns momentos esteve a pique de mudar o rumo da
história...
Os argentino foram dignos, não se arreganharam, não sofreram
apagão, não se deixaram envolver...
Lutaram...
Perderam por que não tinham equipe para vencer.
Creio que racionalmente, seja isso.
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