Pronto acabou...
Acabou hoje o que deveria ter
terminado nos pés de Pinilla...
Infelizmente prosseguimos.
Para que?
Simples...
Para poder cultivar nossa velha arrogância
futebolística...
Segundo todos os entendidos, a Copa
era nossa e botar a mão na taça era questão de dias.
Afinal, havíamos vencido a
Croácia, europeia, branquela, primeiro mundista...
Empatamos como México, mas o
goleiro deles, os salvou...
Camarões, bah tchê...
E desde quando Camarões é time?
Camarões é um belo prato, mesmo
que poucos possam degustá-lo, é um prato e não um time de futebol...
Alguns até duvidam que seja uma
nação.
Aí, veio o Chile...
Pinilla, não deu sorte, Júlio
César sim e então, prosseguimos.
Os próximos foram os
colombianos...
Quem é a Colômbia?
Bobagem, não tem história, não
metem medo, amarelam...
Por vinte minutos o dito acima
pareceu estar correto, corretíssimo...
Mas...
Repentinamente tudo mudo...
Fomos apertados, encurralados e
suamos...
Suamos muito para passar...
Passamos.
Porém, o rescaldo deixou todo
mundo amarelo esverdeado...
Neymar, “quebrado...”
O que faremos nós ou tóis?
Thiago Silva suspenso...
Que horror!
Entretanto, logo surgiu uma voz
que como um palestrante/vendedor de livros de autoajuda gritou...
Epa!!!
Pera aí!...
Se Leônidas com 300 homens deteve
Xerxes, nós também podemos vencer.
Se Pelé contundido deu lugar ao
Amarildo, que possesso nos classificou...
O substituto de Neymar também
pode.
Afinal, nós os brasileiros somos
heróis e nossos cavalos só falam inglês e isso, significa que podemos parar os
alemães e seus canhões...
No passarán!
Gritaram todos de punho cerrado!
Errado...
Os alemães passaram...
Caíram sobre nós com suas Sturmtruppen...
Avançaram com sua Letzte Divison...
E não deixaram pedra sobre pedra
com seus Stukas.
Desabamos como desabaram os franceses
em maio de 1940...
Lá, eles desfilaram sob o Arco do
Triunfo...
Aqui, desfilarão no templo sagrado
do futebol pátrio...
O Maracanã.
Por sorte, ainda nos resta a
Argentina para tentar salvar a honra da latinidade...
Dura peça nos pregou o destino...
A Argentina.
Antes porém, enfrentamos a
Holanda...
Enfrentamos é exagero meu...
Não enfrentamos ninguém.
Os holandeses, jogaram seu jogo,
ditaram o ritmo, o tom e nos fizeram correr como bobos no gramado do estádio
Mané Garrincha...
Mané Garrincha, “caçador” de
passarinhos em Pau Grande sua cidade Natal e destruidor de defensores, em
qualquer cidade, em qualquer país em qualquer continente...
Desculpe Garrincha...
Foi mal.
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