“Meu nome é José Hawilla. Desde
aproximadamente 1980, eu comecei a desenvolver projetos de marketing esportivo
por meio da minha companhia Traffic. Eu comprei os direitos de eventos de
futebol e comecei a promovê-los de uma forma legítima pelo mundo.
Aproximadamente em 1991 quando eu
fui renovar o contrato de um desses eventos, a Copa América, um dirigente
associado com a Fifa, o organismo encarregado do futebol mundial e sua
federação Conmebol, ele me pediu por propinas para ele assinar o contrato.
Eu precisava daquele contrato porque eu já tinha assumido futuros compromissos mesmo que eu não quisesse concordar em pagar para aquele dirigente.
Eu precisava daquele contrato porque eu já tinha assumido futuros compromissos mesmo que eu não quisesse concordar em pagar para aquele dirigente.
Depois disso e até 2013, outros
dirigentes de futebol vieram até mim e aqueles com quem me associei no negócio
para pedir propinas para assinar ou renovar contratos.
Eu concordei que pagamentos de propinas não revelados seriam feitos para dirigentes de futebol por contratos de direitos de marketing e outros para vários outros torneios e outros direitos associados ao futebol.
Eu concordei que pagamentos de propinas não revelados seriam feitos para dirigentes de futebol por contratos de direitos de marketing e outros para vários outros torneios e outros direitos associados ao futebol.
Eu concordei em fazer pagamentos
de propinas e subornos que estariam escondidos por contratos da Copa América,
da Copa Ouro, da Copa do Brasil e do (…) patrocinador do time brasileiro.
Eu usei as instituições
financeiras e os mecanismos eletrônicos dos EUA para fazer alguns desses
pagamentos de propina e subornos, assim como para fazer pagamentos legítimos
relacionados a esses direitos, todos para promover esse esquema.''
(Neste trecho, o relato de
Hawilla é interrompido para que os procuradores e o juiz se certifiquem do nome
do patrocinador da seleção.
O nome da empresa é mantido em segredo na transcrição, mas se sabe que se trata da Nike que assinou contrato com a CBF em 1996.)
O nome da empresa é mantido em segredo na transcrição, mas se sabe que se trata da Nike que assinou contrato com a CBF em 1996.)
“Durante este período, a Fifa, a
Concacaf e outras organizações de futebol e empresas de marketing tiveram
compromissos para promover e/ou regular o esporte do futebol pelo mundo como
parte de uma organização.
Entre outras coisas, essas organizações realizaram eventos esportivos e conduziram negócios nos EUA e usaram das instituições financeiras dos EUA.
Entre outras coisas, essas organizações realizaram eventos esportivos e conduziram negócios nos EUA e usaram das instituições financeiras dos EUA.
Em relação às acusações dois e
três, eu deliberadamente e conscientemente concordei que membros de duas outras
companhias similares que fizeram compromissos para pagar propinas em conexão
com a Copa América que a Traffic contribuiria com esses pagamentos.
As propinas não reveladas foram pagas a dirigentes que tinham posições de autoridade e confiança na Fifa e em outras duas das suas confederações, Concacaf e Conmebol, para assegurar direitos de marketing relacionados à Copa América.
Eu concordei em usar e usei a conta da Traffic no banco nos EUA e os mecanismos eletrônicos dos EUA para reembolsar uma porção do pagamento das despesas feitas com outras empresas de marketing transferindo dinheiro para bancos em outros países.
As transferências foram feitas de bancos de Nova York''
As propinas não reveladas foram pagas a dirigentes que tinham posições de autoridade e confiança na Fifa e em outras duas das suas confederações, Concacaf e Conmebol, para assegurar direitos de marketing relacionados à Copa América.
Eu concordei em usar e usei a conta da Traffic no banco nos EUA e os mecanismos eletrônicos dos EUA para reembolsar uma porção do pagamento das despesas feitas com outras empresas de marketing transferindo dinheiro para bancos em outros países.
As transferências foram feitas de bancos de Nova York''
“Finalmente, em conexão com a
acusação quatro, antes da minha prisão, quando eu fui informado por uma pessoa
que o FBI estava perguntando sobre propinas pagas pela Traffic, eu pedi a ele
para não mencionar o meu nome e o nome da Traffic para o FBI. Também, depois da
minha prisão, quando eu fui questionado pelo governo no Brooklyn em conexão com
a investigação do grande júri, eu escondi retive informação dele incluindo
sobre atividades criminais que eram relevantes para a investigação.
Ao fazer isso, eu impedi intencionalmente a investigação do grande júri.
Ao fazer isso, eu impedi intencionalmente a investigação do grande júri.
Eu sabia que a minha conduta era
errada. Eu me arrependo muito e peço desculpas pelo que fiz.''
Fonte: Rodrigo Mattos
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