quarta-feira, dezembro 02, 2015

Estádios na mira da Operação Lava-Jato...

Por delação premiada, operação Lava-Jato chega às obras da Copa

Por José Cruz

“Fora das quatro linhas”, o futebol contribuirá nas investigações da Operação Lava-Jato, inicialmente sobre a construção de três estádios. 

As denúncias e suspeitas de corrupção terão, enfim, versão oficial de quem pagou quanto a quem para ajudar a construir “a maior Copa de todos os tempos''.

Conforme o noticiário, empresários da construtora Andrade Gutierrez, presos na Operação Lava-Jato, aceitaram fechar acordo para falar sobre o “suborno” nas obras de três estádios que construiu para a Copa 2014: Maracanã, Mané Garricha e Arena Amazônia.

Em janeiro deste ano, relatório do Ministério do Esporte indicou que o custo de todos os estádios foi de R$ 8,4 bilhões.

Acordo

A Andrade Gutierrez atuou em três estádios, a seguir, mas os depoimentos à Polícia Federal de empresários presos poderão sugerir investigações sobre outras empreiteiras que atuaram nas obras para a Copa.

Maracanã – Em parceria com a Odebrecht e recursos do governo do Estado do Rio de Janeiro, a obra estava orçada em R$ 705 milhões, mas custou R$ 1,2 bilhão. 

O BNDES concedeu empréstimo de R$ 400 milhões. O Tribunal de Contas do Estado identificou pagamentos superfaturados de R$ 67,3 milhões.

Arena Amazônia – Custaria R$ 400 milhões e foi entregue por R$ 623 milhões, pagos pelos cofres do governo do Estado, e financiamento de R$ 400 milhões do BNDES.

Mané Garrincha – A Andrade Gutierrez atuou com a Via Engenharia.

Pelo projeto original a obra custaria R$ 700 milhões.

Foi concluída por R$ 1,4 bilhão.

Gastos excessivos

Segundo o Tribunal de Contas do Distrito Federal, na obra do Mané Garrincha houve “gastos excessivos” de R$ 431 milhões, pagos por “desperdício de material, erro no cálculo do transporte de peças, aluguel de caminhões a mais, atraso na isenção de impostos e o fato de o governo ter livrado o consórcio responsável de pagar multa por atraso”.

O comando das obras do Mané Garrincha (R$ 1,4 bilhão) ficou centralizado no gabinete do então governador, Agnelo Queiroz, e do secretário-extraordinário para a Copa, Cláudio Monteiro.

E agora, vai? 

Um comentário:

Luiz Felipe disse...

Por essas bandas temos o nome do nosso saudoso Zé Agripino envolvido nas execuções da Arena das Dunas, e olha que o sujeito é oposição meu velho!