Por delação premiada, operação
Lava-Jato chega às obras da Copa
Por José Cruz
“Fora das quatro linhas”, o
futebol contribuirá nas investigações da Operação Lava-Jato, inicialmente sobre
a construção de três estádios.
As denúncias e suspeitas de corrupção terão,
enfim, versão oficial de quem pagou quanto a quem para ajudar a construir “a
maior Copa de todos os tempos''.
Conforme o noticiário,
empresários da construtora Andrade Gutierrez, presos na Operação Lava-Jato,
aceitaram fechar acordo para falar sobre o “suborno” nas obras de três estádios
que construiu para a Copa 2014: Maracanã, Mané Garricha e Arena Amazônia.
Em janeiro deste ano, relatório
do Ministério do Esporte indicou que o custo de todos os estádios foi de R$ 8,4
bilhões.
Acordo
A Andrade Gutierrez atuou em três
estádios, a seguir, mas os depoimentos à Polícia Federal de empresários presos
poderão sugerir investigações sobre outras empreiteiras que atuaram nas obras
para a Copa.
Maracanã – Em parceria com a
Odebrecht e recursos do governo do Estado do Rio de Janeiro, a obra estava
orçada em R$ 705 milhões, mas custou R$ 1,2 bilhão.
O BNDES concedeu empréstimo de R$
400 milhões. O Tribunal de Contas do Estado identificou pagamentos
superfaturados de R$ 67,3 milhões.
Arena Amazônia – Custaria R$ 400
milhões e foi entregue por R$ 623 milhões, pagos pelos cofres do governo do
Estado, e financiamento de R$ 400 milhões do BNDES.
Mané Garrincha – A Andrade
Gutierrez atuou com a Via Engenharia.
Pelo projeto original a obra
custaria R$ 700 milhões.
Foi concluída por R$ 1,4 bilhão.
Gastos excessivos
Segundo o Tribunal de Contas do
Distrito Federal, na obra do Mané Garrincha houve “gastos excessivos” de R$ 431
milhões, pagos por “desperdício de material, erro no cálculo do transporte de
peças, aluguel de caminhões a mais, atraso na isenção de impostos e o fato de o
governo ter livrado o consórcio responsável de pagar multa por atraso”.
O comando das obras do Mané
Garrincha (R$ 1,4 bilhão) ficou centralizado no gabinete do então governador,
Agnelo Queiroz, e do secretário-extraordinário para a Copa, Cláudio Monteiro.
E agora, vai?
Um comentário:
Por essas bandas temos o nome do nosso saudoso Zé Agripino envolvido nas execuções da Arena das Dunas, e olha que o sujeito é oposição meu velho!
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