A Chegada da Chama Olímpica
A Chama da Guardiã da Paz
Lauret Godoy*
Na Grécia Antiga ardia em cada
casa uma chama perene em honra à deusa Héstia, que foi cortejada por Hélios e
Poseidon, mas recusou-os e fez votos de castidade.
Por isso recebeu de Zeus a honra
de ser adorada em todos os lares, incluída em todos os sacrifícios e era
encarada como a divindade do fogo, tomando-se este em seu aspecto benéfico, ou
seja, a chama da lareira – “héstia” em grego.
A deusa era cultuada como a
guardiã da paz, protetora da família, da moradia estável, das cidades e
colônias.
“Héstia”, num sentido mais
abrangente, fixa e imutável, simbolizava a perenidade da civilização que
prosseguia ao longo dos tempos, apesar das lutas e migrações.
Repetindo a tradição que teve
início em 1936, nos Jogos Olímpicos de Berlim, neste ano foi acesa na Grécia a
chama sagrada que deverá brilhar durante o transcorrer dos XXXI Jogos Olímpicos
da Era Moderna.
Conduzida em revezamento, ontem –
3 de maio –, ela chegou ao Brasil, percorrerá diversas cidades e deverá ficar
acesa no Rio de Janeiro, até o encerramento da Olimpíada 2016.
Que, a exemplo do que ocorria na
Antiguidade Clássica, a chama sagrada cumpra o papel que lhe era atribuído na
Grécia Antiga e seja, efetivamente, guardiã da paz na cidade-sede e em nosso
país.
Lauret Godoy é escritora, autora
do livro
OS OLÍMPICOS, Deuses e Jogos
Gregos – Editora MECA.
Texto pinçado do blog de Alberto
Murray
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