Imagem: Autor Desconhecido
Opinião: Felipão fala de Deyverson, mas também parece ter ‘chavezinha’
ruim
Por Perrone para o UOL Esportes
O Palmeiras obteve uma vitória de
campeão ao bater o Santos, no sábado (3), por 3 a 2, pavimentando ainda mais
seu caminho rumo ao título brasileiro.
Porém, Felipão conseguiu emplacar
o time negativamente nas manchetes ao dar piti impedindo Deyverson de conceder
entrevistas depois do jogo.
Numa tacada só o treinador
censurou o atacante e a imprensa, ameaçou cercear a liberdade de expressão de
outros atletas, deixou o jogador exposto ao dizer que ele tem uma
''chavezinha'' que não funciona e indicou uma certa insatisfação com o
comportamento de seu comandado.
É um pacote negativo muito grande
numa noite em que a atuação palmeirense deveria ser o destaque.
Impressiona a falta de habilidade
do veterano treinador para lidar com a situação.
Se a ideia era a de que Deyverson
não falasse, a comissão técnica falhou ao não o convencer disso depois de ele
irritar jogadores do Santos simplesmente por comemorar a vitória.
Outro erro foi Scolari explodir
na frente de jornalistas.
Chega a ser cômico.
Ele diz que o atacante tem uma
chavezinha que não funciona, mas parece sofrer do mesmo problema.
A diferença é que o ''defeito''
de Felipão é muito mais antigo.
Vem dos tempos em que agrediu o
jornalista Gilvan Ribeiro em sua primeira passagem pelo Palmeiras e um jogador
sérvio enquanto comandava brilhantemente a seleção portuguesa.
A tal chavezinha já tinha
mostrado ainda não ter sido reparada quando ele falou em tom ameaçador aos
jogadores do Cruzeiro que teriam de jogar na casa alviverde depois de
desentendimento no Mineirão, pela Copa do Brasil.
Deyverson ainda está em processo
de amadurecimento em sua carreira e é compreensível que se envolva em episódios
desnecessários.
Por outro lado, Felipão é um dos
treinadores mais experientes e vitoriosos do futebol brasileiro.
Passou da hora de aprender a se
controlar e deixar de tumultuar seu próprio ambiente de trabalho.
Scolari deveria entender que
reações pré-históricas como a que teve agora ajudam um treinador a ser definido
como ultrapassado.
Causa perplexidade que com tanto
tempo de estrada ele ainda não tenha percebido isso.
E se percebeu e não liga, o caso
beira a sabotagem a ele mesmo.
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