segunda-feira, junho 01, 2020

Fórmula 1: O triunfo mais triste...

Imagem: Autor Desconhecido

Fórmula 1: O triunfo mais triste

Faz 39 anos desde a última vez que um argentino foi visto no pódio da categoria mais alta do automobilismo mundial.

Em 17 de maio de 1981, pilotando de seu Williams FW07C, Carlos Reutemann foto - macacão vermelho) venceu o Grande Prêmio da Bélgica.

No entanto, na sexta-feira que antecedeu a corrida, ele acidentalmente atropelou o mecânico Giovanni Amadeo da equipe de Osella, que morreu logo depois num hospital em Bruxelas vítima de múltiplas fraturas no crânio.

Uma tragédia que manchou sua última comemoração.

Quando a corrida terminou, ainda nos boxes do autódromo de Zolder, logo após a premiação, Orlando Ríos, repórter enviado pelo El Gráfico para cobrir a corrida entrevistou Carlos Reutemann...

EG - Parabéns Carlos, que alegria ...

CR - Uma alegria? Como posso me alegrar?

EG - Carlos, por que você está tão chateado?

CR - Como posso estar feliz? Com tudo o que aconteceu, o acidente no início da prova, o incidente grave e muito sério na sexta-feira ... (o mecânico morreria dias depois).

EG - Que possibilidades você acha que tem para o campeonato?

CR - Possibilidades ... Não, não penso nisso, ainda há um longo caminho a percorrer.

EG - E a situação dentro da equipe, como você está?

CR que situação? Não estou preocupado. Eu só quero me dedicar ao carro e correr.

EG - Agora o que você vai fazer?

CR - Nada, nada. Vou para minha casa; eu quero ficar calmo, esqueça tudo isso. "

É claro que ninguém poderia imaginar na época que o 38º Grande Prêmio da Bélgica seria não apenas a última vitória de Carlos Reutemann, mas também a última vez que um argentino subiu ao pódio na categoria mais alta do automobilismo mundial...

Em 1982, Reutemann, depois 10 anos de carreira, 12 vitórias, 45 pódios e 6 poles positions encerraria sua carreira, ao fim do GP do Brasil.

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