Imagem: Jornal Record de Portugal
'Inferno'...
As altas
temperaturas que regista (entre 75 e 95 graus centígrados) em pleno
funcionamento justificam o nome deste supercomputador usado pela liga espanhola
na luta antipirataria e que teve um papel decisivo para ajudar a derrubar o
portal 'Rojadirecta' (plataforma especializada na transmissão de eventos
esportivos).
Mas esta
máquina, que também auxilia a polícia e o Ministério da Cultura espanhóis, não
pode parar.
A pausa nas
competições devido à pandemia do novo coronavírus impediu-a de fazer o seu
trabalho normal - detectar transmissões ilegais de jogos - nos últimos três
meses e, por isso, a LaLiga a colocou à disposição do projeto 'Folding@home',
desenvolvido pelo departamento de Química da Universidade de Stanford, nos
Estados Unidos.
E com que
objetivo?
Ajudar a
investigar a covid-19.
"Queremos
definir como funciona a proteína do coronavírus e saber mais sobre o vírus. É
por isso que temos de fazer estes projetos digitais e neste aspeto qualquer
pessoa ou entidade pode ajudar-nos com um computador. A LaLiga tem este
bastante poderoso e que está nos ajudando muito nas simulações", explicou ao jornal 'Marca', Anton Thynell, cientista
sueco envolvido no projeto 'Folding@home'.
"O
Inferno é usado na luta antipirataria. Procura imagens dos nossos jogos e cria
modelos para ver em que contas está o nosso conteúdo em todas as redes sociais
do mundo. Programas como o Marauder ou o Lumiere dizem-nos quem é o dono de
cada site e isso é essencial para derrubá-los judicialmente. É um servidor que
suporta toda a tecnologia que derrubou o 'Rojadirecta'", disse Emilio Fernández, chefe de proteção de conteúdos da
LaLiga.
A velocidade
é mesmo um dos maiores predicados deste supercomputador, que já está habituado
a investigar outras doenças.
"Primeiro
foi usado para o câncer e agora a covid-19. Ele agiliza todos os processos e faz
as coisas muito mais rapidamente. O que demorava um ano com sua utilização
passou a ser uma questão de três meses, pois adicionamos muita velocidade às
investigações", acrescentou
Emilio Fernández.
Fonte: Jornal
Record de Portugal
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