segunda-feira, junho 08, 2020

O poderoso computador da Liga Espanhola ajuda a investigar a Covid-19...

Imagem: Jornal Record de Portugal

'Inferno'...

As altas temperaturas que regista (entre 75 e 95 graus centígrados) em pleno funcionamento justificam o nome deste supercomputador usado pela liga espanhola na luta antipirataria e que teve um papel decisivo para ajudar a derrubar o portal 'Rojadirecta' (plataforma especializada na transmissão de eventos esportivos).

Mas esta máquina, que também auxilia a polícia e o Ministério da Cultura espanhóis, não pode parar.

A pausa nas competições devido à pandemia do novo coronavírus impediu-a de fazer o seu trabalho normal - detectar transmissões ilegais de jogos - nos últimos três meses e, por isso, a LaLiga a colocou à disposição do projeto 'Folding@home', desenvolvido pelo departamento de Química da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos.

E com que objetivo?

Ajudar a investigar a covid-19.

"Queremos definir como funciona a proteína do coronavírus e saber mais sobre o vírus. É por isso que temos de fazer estes projetos digitais e neste aspeto qualquer pessoa ou entidade pode ajudar-nos com um computador. A LaLiga tem este bastante poderoso e que está nos ajudando muito nas simulações", explicou ao jornal 'Marca', Anton Thynell, cientista sueco envolvido no projeto 'Folding@home'.

"O Inferno é usado na luta antipirataria. Procura imagens dos nossos jogos e cria modelos para ver em que contas está o nosso conteúdo em todas as redes sociais do mundo. Programas como o Marauder ou o Lumiere dizem-nos quem é o dono de cada site e isso é essencial para derrubá-los judicialmente. É um servidor que suporta toda a tecnologia que derrubou o 'Rojadirecta'", disse Emilio Fernández, chefe de proteção de conteúdos da LaLiga.

A velocidade é mesmo um dos maiores predicados deste supercomputador, que já está habituado a investigar outras doenças.

"Primeiro foi usado para o câncer e agora a covid-19. Ele agiliza todos os processos e faz as coisas muito mais rapidamente. O que demorava um ano com sua utilização passou a ser uma questão de três meses, pois adicionamos muita velocidade às investigações", acrescentou Emilio Fernández.

Fonte: Jornal Record de Portugal

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