Por pouco Marte não investiu no futebol do Brasil...

Estamos chegando ao final dos estaduais, ou melhor, estamos chegando ao final dos campeonatos estaduais nos estados que tem clubes disputando a Série A e a Série B do Campeonato Brasileiro, nos outros, a agonia ainda deve se estender por muito mais tempo...

Imaginemos que algum marciano resolvesse transferir parte de seus investimentos para o planeta terra, mais precisamente para o emergente Brasil, país cujo governo através de programas sociais nunca antes por aqui pensados, tem alavancado a economia e retirado da marginalidade milhões de brasileiros...

Imagino é claro, que o empreendedor do planeta vermelho (por favor, é a cor do planeta e não da ideologia dos governantes locais), encantado com as notícias sobre a paixão frenética e alucinada dos habitantes dessa abençoada nação tropical pelo esporte, cujo berço, organização e divulgação mundo a fora, se deu na chuvosa, fria e fleumática ilha da Avalon, tenha tomado tal decisão partindo da premissa capitalista de que onde há paixão, fé cega e idolatria desmedida (é provável que tenha chagado as mãos do plutocrata marciano, relatórios surrupiados por pastores abduzidos dos escritórios de Edir Macedo, R.R Soares, Bispa Sônia Hernandes e seu marido, apóstolo Estavam Hernandes, sobre os lucros maravilhosos do somatório desses “distúrbios” tão inerentes aos terráqueos), a grana rola fácil e o questionamento é nenhum.

Mas, por questões de ordem estratégica e seguindo rígidos preceitos impostos pelo Conselho de Acionistas, o nosso empresário extraterrestre, viu-se obrigado a deixar de lado o impulso (o impulso é um característica de todo ser vivo, terráqueo ou não) e, contratou uma consultoria especializada para realizar um amplo levantamento do mercado da bola no Brasil...

Ansioso, o marciano e seus executivos aguardaram por meses o relatório final, queriam entrar de cabeça no negócio, sabiam que homens como Eurico Miranda, Pio Marinheiro, Peninha, Milton Neves, Ricardo Teixeira, Edgar Soares e tantos outros, que antes, eram meros desconhecidos, haviam se tornado celebridades graças ao futebol.

Corria entre os marcianos boatos de alguns, até fortuna pessoal haviam conquistado, portanto, esse era o negócio e o país era o Brasil!

Isso era um ótimo sinal!

No dia aprazado, o relatório da empresa contratada chegou...

Nervoso, o marciano convocou a diretoria e o conselho de acionistas para a leitura do relatório.

Com pompa e circunstância, os consultores terráqueos foram recebidos no fabuloso auditório especialmente preparado para o evento.

Após as palavras rituais e a praxe cumprida, o chefe dos auditores começou com voz solene a ler o tão esperado relatório.

Primeiro, citou os índices de audiência das grandes emissoras de televisão, tanto nas suas transmissões esportivas, como nos programas dedicados a discussão do futebol no Brasil.

Segundo o consultor chefe, “são horas e horas de profundos debates, analises minuciosas e enxurradas de estatísticas e informações históricas”.

Tal afirmação provou sorrisos entre os marcianos.

Posteriormente, o consultor explicou o funcionamento de jornais e revistas e mostrou a grande cobertura que a mídia imprensa dá ao futebol e os a legião de leitores que avidamente lêem cada notícia.

Ainda usando um tom solene, o consultor exibiu a grande quantidade de blogs que se dedicam ao assunto e deixou todos os presentes boquiabertos, quando citou que os blogs não eram monopólio só dos profissionais, mas que também, havia uma ampla participação de torcedores escrevendo...

Mais impressionados ainda ficaram os marcianos, ao verem os bilhões de comentários postados nos blogs e a quantidade de sensatas e lúcidas opiniões deixadas pelos leitores...

Houve um momento em que um pequeno mal estar se espalhou no sisudo ambiente, foi quando o consultor descreveu o nível de exigência do torcedor brasileiro ao cobrar da imprensa posições de imparcialidade (normalmente contra o adversário), nível de escolaridade e formação dos jornalistas, mesmo que as criticas e cobranças sejam feitas num português quase indígena, onde a concordância nunca concorde e a pontuação é desastrosa.

Porém, os marcianos ficaram mais aliviados ou ouvirem do consultor, que isso significava o desejo do torcedor em melhorar seu próprio nível cultural, pois assim como os atuais jornalistas esportivos, os professores de português no Brasil, também são sofríveis.

Quando o consultor falou dos programas que as emissoras de rádio levam ao ar tratando de futebol, os marcianos adoraram (dizem que marciano não vive sem um rádio ao pé do ouvido).

Ficaram encantados com o espaço que é dado aos dirigentes, à cobertura diária dos treinos também deixou a todos felizes, pois em Marte, é comum o interesse pelo joanete de seus atacantes, pelas unhas encravadas de seus zagueiros e etc.

Mas, ao ouvirem parte de uma resenha, eles esboçaram alguns sorrisos, pois as brilhantes perguntas feitas pelos repórteres e as mesmas respostas dadas pelos jogadores, agradou em cheio...

Nesse momento, um executivo marciano pediu a palavra e disse:

- Perceberam o nível intelectual?

- Viram que as respostas dos jogadores, são absolutamente as mesmas em qualquer lugar do país?

- Isso com certeza têm uma única razão, confundir os adversários!

Foi aplaudido de pé.

Quando ouviram os comentários então, adoraram, pois nunca haviam visto tantos técnicos trabalhando como comentaristas.

Após o frisson desses momentos, a leitura entrou na parte mais enfadonha, pois tratou dos estádios (os marcianos consideram um problema menor), da organização, de como os ingressos são vendidos, do transporte, segurança e outros problemas que para os marcianos, podem ser resolvidos rapidamente com dinheiro e parcerias com os competentes e sérios organismos governamentais.

Com o dia chegando ao fim, e os marcianos ansiosos para aproveitarem o brilho que permanece no céu do planeta por cerca de duas horas, após o por do sol (esse brilho é em conseqüência da poeira marciana se estender por muitos quilômetros na atmosfera), o consultor chega à fase final do relatório e aí, a tensão cresce...

- Bem, gostaria que os senhores prestassem bastante atenção, pois é aqui que vamos falar de freqüência de público no xodó de setores expressivos da imprensa e do público em geral: os Campeonatos Estaduais.

- Mas antes é preciso dizer, que esses torneios têm como objetivo, permitir que clubes considerados grandes em seus estados e que, jamais irão ganhar nada em termos nacionais, ganhem alguma coisa e com isso, mantenham viva a paixão, a fé cega e a idolatria desmedida.

- Por outro lado, temos que levar em consideração que nenhum brasileiro, ou pelo menos a maior parte dos brasileiros, não tem nenhuma noção de custo benefício e que em nome de um sentimento paternalista, obrigam os clubes maiores a participar desses campeonatos estaduais, fazendo-os jogar em campos que parecem várzea, contra clubes de mentira (palavras do consultor) cujo prazo de validade é de três meses, após esse prazo, esses clubes “carruagem da Cinderela”, se transformam em abóboras e apodrecem.

O auditório gelou, mas um marciano ainda comentou como o colega ao lado; “se encherem os estádios está ótimo”...

Após pigarrear, o consultor começou:

A média de público no Campeonato Paulista antes dos jogos decisivos foi de 5.722 pagantes por jogo no ano de 2009.

E arrematou: “o Campeonato Paulista é considerado o mais rico do país”.

O Campeonato Carioca levou aos estádios antes dos jogos decisivos em 2009, 6.566 pagantes por jogo.

No Campeonato do Rio Grande do Norte (Estado adorado pelos marcianos, italianos, portugueses, espanhóis e afins) a final de um dos turnos, entre o clube de maior torcida do estado e um clube do interior, vendeu 6.609 ingressos e...

Nesse momento, o Presidente do Conselho de Acionistas levantou-se e disse: “senhor, agradeço seu empenho, o cumprimento pelo excelente trabalho e parabenizo-o pelo relatório, mas nada mais precisa ser dito, pois é fácil concluir que torcedor no Brasil, adora opinar, cornetar e bravatear, mas comparecer, torcer, vibrar e participar do espetáculo, não é o forte deles. Pelo que ouvi do senhor, eles amam os resultados e a fanfarronice sobre o adversário, mas amor pelo clube, só uns poucos, portanto, não nos interessa”.

Diante da platéia, completou: “Sei que em outros países do planeta terra, as coisas são diferentes, mas não quero ferir os brasileiros, pois tenho simpatia pelo país, pelos grandes jogadores que lá são formados e por seu sucesso nas maiores competições terráqueas”...

Dito isso, descartou o consentimento do conselho em relação aos investimentos no futebol do planeta terra, olhou para o amuado presidente da empresa e disparou: “quanto ao senhor, aconselho-o a investir nosso dinheiro nas corridas de spinfis em Vênus, pois lá, qualquer corridinha, reúne 150.000 venusianos.

Faltou no campo a vibração que a arquibancada tem... ABC FC 0x1 Potyguar Seridoense.

Imagem: Júlio César

Para esquecer a derrota e com ela a chance de conquistar o tri campeonato, só mesmo uma boa dose de 51...

O pequeno se tornou grande e o grande se apequenou!

Essa é a melhor definição que pude encontrar para definir A vitória do Potyguar de Currais Novos, sobre o ABC em pleno Maria Lamas Farache.

Mas, além dessa definição, outras constatações e questionamentos, podem ser feitos sem muito esforço.

- Concorrer com Botafogo, Flamengo, São Paulo e Corinthians, nunca foi uma grande idéia em Estados menores, mas resolveram pagar para ver e acabaram vendo (no Rio Grande do Sul, 33. 495 pagaram ingresso e não viram os jogos das finais de São Paulo e Rio de Janeiro, mas em Recife, apenas 18.759 fanáticos pelo futebol local, foram ver dois grandes lutando pelo título).

- Como pode ser sensacional, um Campeonato Estadual que tem uma média de público tão baixa e que, na final de um turno, onde o time de maior torcida do estado, jogando em casa e com todas as vantagens, coloca míseros 6.609 pagantes no estádio?

- Qual a razão de se ficar tentando transformar o Potyguar, um time apenas determinado e aguerrido, em uma equipe sensacional, se logo a seguir, todos se perguntam como será a vida do alvinegro na Série B, se não conseguiu derrotar a tal sensação?

- O Potyguar de Currais Novos venceu por ter tido mais brio e equilíbrio, venceu por saber que seu adversário viria de salto alto, e apoiado em jogadores que aqui estão, por falta de melhor opção e por fim, venceu por ser franco atirador numa luta que muitos acreditavam ganha (inclusive eu).

- Quanto ao ABC, ficou patente o que venho dizendo há muito tempo, o time era bom para a disputa caseira, mas é sofrível para uma disputa nacional...

Compreendo as dificuldades, entendo os limites econômicos, mas será preciso alguém mais, pois não é admissível para um clube que investiu o que o ABC investiu correr o risco, de uma queda para a Série C.

Perder a vaga na Copa do Brasil de 2010 creio já ser um castigo por demais doloroso!

Um pequeno parêntesis em nome do equilíbrio: Gabriel não pode e não deve ser responsabilizado por absolutamente nada...

Não me venham com o lugar comum de que pênalti é tão importante que... blá, blá, blá...

Qualquer um poderia ter perdido a penalidade, mas só ele se apresentou e, portanto, se alguém deve ser responsabilizado, esse alguém deve ser um dos experientes e rodados jogadores que se esconderam e deixaram-no bater.

Gabriel é patrimônio do clube e possivelmente, venha a representar dividendos para os cofres do ABC e, por essa razão, deve ser protegido das línguas afiadas e covardes, que agora ficam a imaginar que teria sido diferente se, se, se, se...

Para encerrar, admito que todos no Maria Lamas Farache tenham ficado tristes e decepcionados com o resultado (exceção da torcida do Potyguar), mas não é admissível que um clube com a envergadura e grandeza do ABC, permita que alguém apague as luminárias do estádio, apenas para de forma egoísta, minimizar a festa do vencedor.

Uma questão que divido com você, meu caro leitor; como o Potyguar e o ASSU, sensações da competição, ainda não tiveram por parte dos nossos grandes nenhuma “consulta” em relação aos seus craques, mas o Santa Cruz, sim?

Estranho!

Ah, quase me esqueço de fazer uma última pergunta...

Quando é que nossos dirigentes vão entender que pontos corridos, é a maneira mais sensata e justa de se auferir a regularidade e competência de uma disputa?

Os ingleses criaram esse método em 1889 e nunca mudaram, por que será?

Passou muito perto...

Imagem: Kicker

Domindo de touca?

Ricardinho é meia armador e meia atacante, e fez dupla com Fabiano Gadelha no Marília na Série A1 do Campeonato Paulista de 2009.

O que isso tem haver conosco?

Acontece que o jovem jogador de 23 anos, foi oferecido aos clubes do Rio Grande do Norte que vão disputar a Série B, mas ao que parece, nenhuma atitude foi tomada...

Pois é, hoje circula na imprensa paulista que Santos, São Paulo, Guarani e Paraná, têm interesse no jogador.

O TVU Esporte ainda não foi esquecido...

Imagem: Arquivo pessoal

Recebi por e-mail, li, me emocionei e senti que valeu a pena cada dia dedicado ao TV U Esporte...

Não sento e não converso com Rafael Duarte, a mais ou menos uns 3 anos, nesse período o vi umas poucas vezes, mas sempre um de nós tinha pressa demais.

É mais ou menos o que acontece com todos que passaram pela TV Universitária, mais precisamente pelo TV U Esporte, porém, sei que quase todos, têm o mesmo sentimento em relação ao tempo que passaram na grande escola que é a TV Universitária.

Quanto a mim, sei que a grande maioria, sabe que procurei dar o meu melhor e, sei também, que assim como aqueles meninos e meninas, vão morar para sempre em meu coração, os muitos telespectadores do TV U Esporte, terão ainda por longo tempo, saudades de uma turma que se dedicou de corpo e alma e que, terá sempre um lugar na história do jornalismo esportivo do Rio Grande do Norte...

Dedico esse texto ao Professor Marcio Capriglione que “pariu” a idéia, a Lupercio Luiz, que nela acreditou e todos os estagiários que nunca deixaram de cumprir com seu dever, fosse onde fosse...

Obrigado Rafael, mas tome cuidado, pois velhos corações, nem sempre agüentam ler o que li.

TVU ESPORTES: A ÚLTIMA CRÔNICA DE UM REPÓRTER APAIXONADO

Por Rafael Duarte: Jornalista e cronista.

Outro dia entrei numa loja da Cidade Alta para comprar um sapato. Olha daqui, escolhe dali, pedi ao funcionário da casa, enfim, o modelo que mais me agradou. Pedido feito, o cara abriu um sorriso e se mandou para pegar no depósito. Dois minutos depois, volta com três modelos diferentes. Calço com o cara me olhando como se já me conhecesse de algum lugar. Decidi levar dois. E o cara me olhando. Na hora de pagar, constrangido, o funcionário resolveu abrir o jogo:

- Você é jornalista?

- Sou.

- Você fazia um programa de esportes na televisão...

- Fazia. O TVU Esportes. Mas saí em 2005, quando me formei. Era um estágio, tive que ir embora.

- Era muito bom. Faz tempo que não vejo o programa, mas acompanhava toda segunda-feira.

Despedi-me do rapaz depois de lhe dar a mesma notícia triste que sou obrigado a confirmar às pessoas que, depois de cinco anos, ainda me abordam na rua para lembrar do saudoso TVU Esportes, programa comandado pelos dois maiores professores de jornalismo que tive na UFRN: Lupércio Luiz e Fernando Amaral. Sem precisar sentar a bunda nas cadeiras da academia, a dupla ensinou muito mais que jornalismo aos estagiários que passaram pelo programa. E não foram poucos ao longo de mais de dez anos de programa.

Prova do sucesso é que de resposta, quando digo que o programa foi extinto da grade da TVU em 2008 sem qualquer satisfação aos milhares de trabalhadores, desempregados, estudantes e aposentados que aguardavam o ponteiro do relógio bater na casa das 19h para acompanhar a mesa redonda religiosamente às segundas-feiras, recebo sempre um sentimento de frustração, decepção, tristeza.

A mediocridade da atual direção da TV Universitária é digna de piedade. Talvez a extinção do TVU Esportes da forma autoritária e desrespeitosa pela atual superintendência explique a importância que a UFRN, ainda mais separada da cidade agora que o reitor decidiu cercar toda a área da universidade, dá ao telespectador comum. Para a academia, o esporte não tem relação alguma com a cultura brasileira. Para essa turma de doutores, o jornalismo esportivo ainda é coisa de palpiteiro.

Entre os programas criados pela Universitária nos últimos anos nenhum deu mais liberdade aos estudantes de jornalismo que o TVU Esportes. Lembro do dia em que propus a Fernando e Lupércio um quadro que fez muito sucesso durante 1 ano e pouco. Era a “Crônica da Semana”, no qual escrevia e lia um texto sobre um fato pitoresco do nosso tão combalido futebol potiguar.

A lista de causos absurdos era imensa, o que deu muito pano para manga naqueles tempos. Recebia sugestões, o pessoal comentava na rua. Isso sem falar nas reportagens produzidas e criadas sem censuras. Uma vez, antes do programa ir ao ar, Carlos Henrique, um colega estagiário com quem trabalhei e que, apesar de bancário, ainda hoje se dedica à pesquisa sobre futebol, disse a Fernando que desde pequeno tinha o sonho de trabalhar num programa de esportes na televisão. Um sonho, portanto, realizado.

Um tempo depois que me formei e deixei a UFRN para seguir carreira no Diário de Natal, Lupércio deixou o programa e assumiu a secretaria de esportes em Mossoró. Aí a coisa começou a desandar. Fernando Amaral, que deveria assumir, por justiça, a cabeça da mesa, viu o espaço ser preenchido por um professor que, se Nelson Rodrigues fosse vivo, chamaria de idiota da objetividade. Um cara que ignora a fantasia do torcedor que ouve os jogos com o ouvido grudado num radinho de pilha caindo aos pedaços, para dar vazão aos replays e vídeo - tapes. O programa virou uma sucessão enfadonha de análises numéricas e teóricas e, a partir dali, acabou perdendo a espontaneidade que sempre cativou o torcedor.

Faz tempo que não sou mais estagiário. Me formei jornalista e, talvez por isso, sinto uma saudade absurda dos colegas, dos amigos, da equipe, dos programas, das crônicas, das matérias, das gafes (sim, foram muitas), do contato com o torcedor, das análises que meu pai fazia cada vez que me via na televisão, dos desaforos que ouvia na rua quando criticava ABC ou o América... por isso, prefiro achar que o jogo foi interrompido por conta de uma chuva forte inesperada, mas daqui a pouco o juiz vai mandar o time voltar a campo para seguir o jogo.

No dia em que decidi comprar os sapatos saí da loja carregando, além da compra, uma ruma de lembranças do programa que elevava, há mais de 10 anos, a audiência da TV Universitária. O vendedor nem desconfia, mas foi ali que lembrei também que o campeonato potiguar 2009 marca o primeiro ano do desaparecimento do TVU Esporte da telinha potiguar. De uns tempos para cá apareceram várias mesas-redondas em canais de TV aberta e fechada do RN. Embora não acompanhe nenhuma delas, acredito que todas tenham um pouquinho do pioneirismo do TVU Esporte. Enquanto a direção da TVU não muda sua mentalidade tacanha, os fãs do bom e velho TV Esportes matam a saudade com as lembranças. No meu caso, que acompanhei de perto parte da trajetória do programa, só preciso dar a sorte de comprar um par de sapatos na loja certa.

Choveu forte...

Imagem: Kicker

Nego agora é do São Caetano...

O lateral direito nego, ex- ABC foi contratado pelo São Caetano e já se apresenta essa semana para dar inicio aos preparativos para a Série B.

Sem chances de conquistar nada e num dia frio, ainda sim, eles foram torcer...

Imagem: Kicker

Melancólico fim... América 3x0 Baraúnas.

América e Baraúnas encerraram de forma melancólica suas participações no Campeonato estadual de 2009...

Diante de 51 pagantes o América uma da forças do futebol norte-rio-grandense venceu o Baraúnas de Mossoró POR 3x0, cujo elenco havia sido desmontado dias antes da partida.

Para piorar, nem mesmo o tempo ajudou e a chuva que caiu sobre o Machadão só ajudou a deixar ainda mais tristonho o clima no estádio.

Vem cá meu amor...

Imagem: Kicker

Não é o time dos sonhos, mas no estadual, o ABC é melhor que seus adversários...

Como era de se prever, o ABC FC, chegou em primeiro lugar e vai decidir o turno contra o Potyguar Seridoense no Maria Lamas Farache...

Num jogo em que os alvinegros dominaram amplamente o Santa Cruz, aconteceram alguns fatos que merecem comentário...

Como uma equipe relaxa tanto ao ponto de estar dominando o jogo, sair na frente, e depois, tomar dois gols de um adversário que nitidamente, buscava o empate?

Porque será que os árbitros são tão rigorosos com os jogadores das equipes menores?

Fernandes merecia mesmo o cartão vermelho?

Alguém pode me explicar como um clube que trata com tanto carinho seu Estádio e investe fortemente na conservação do mesmo, permite uma rede furada?

No mais, a única coisa anormal foi o placar de 3x2, pois o ABC cansou de perder gols e se tivesse vencido por cinco ou seis, não teria sido nenhum absurdo...

Posso até estar enganado, mas continuo com a convicção que o ABC deve conquistar seu titulo de número 51, pois não vejo nem no ASSU e nem no Potyguar, força para derrotar o alvinegro em Natal, mas esperemos.

Descontração...

Imagem: Kicker

Irregular, o Potyguar de Currais Novos deixa escapar a vantagem ao perder de 3x1 para o ASSU...

Em ASSU, a equipe local venceu o Potyguar Seridoense por 3x1 e eliminou a vantagem do time de Currais Novos.

Agora, os seridoenses terão que vencer o ABC no Maria Lamas Farache, para tentar enfrentar o mesmo ASSU na finalíssima do Campeonato Estadual.

Em Anfield Road, o Liverpool chora a morte de 96 torcedores na tragédia de Hillsborough em 1989...

Imagem: Kicker

Homenagem a Noé Silva, Pedro Pradera e Claudio Oliveira, ex-jogadores do ABC FC...

Recebi de José Leonardo G.M Bezerra um e-mail muito simpático e que por sua importância publico e declaro meu integral apoio...

Sr. Fernando Amaral,

Pedimos espaço no seu blog para procedermos à divulgação de uma tri homenagem.

Pela magnitude do seu blog, cujo alcance é internacional, informamos o que segue...

Estamos com o intuito de promover a "TARDE DA MEMÓRIA EM BRASÍLIA", ou seja, pretendemos fazer uma NECESSÁRIA homenagem aos três ex-atletas do ABC que residem na CAPITAL FEDERAL: Noé Silva, Pedro Pradera e Cláudio Oliveira.

Quem tiver o contato de qualquer um deles poderá nos ajudar, posto que não dispomos de meios para restabelecer a necessária comunicação.

Não sabemos dos endereços ou telefones, nem muito menos dos e-mails de cada um deles.

Pedimos que este blog informe ao leitor a nossa intenção.

A data da homenagem?

Um dia antes do jogo ABC versus Brasiliense, na Boca do Jacaré.

Estamos aceitando também fotografias dos homenageados!

As fotos originais permanecerão com os proprietários, ou seja, escanearemos sua fotografia e faremos a devolução imediata.

A idéia da homenagem é forte, mas não temos nenhum canal para chegarmos até eles.

Acreditamos que alguns colegas do Oeste Potiguar podem colaborar, notadamente os amantes do futebol.

Alexandre Costa é o torcedor do ABC que mora em Brasília, cujo blog é www.blogarcosta.blogspot.com (sem br).

Trata-se do nosso EMBAIXADOR no Planalto Central.

Ajude-nos a prestar esta tri homenagem.

Cordiais Saudações

José Leonardo G.M. Bezerra.

Minha homenagem aos 96 mortos em Hillsborough em 1989...

Imagem: Kicker

Ontem, dia 15 de abril de 2009, a Inglaterra parou para homenagear os 96 mortos da tragédia de Hillsborough.

Hillsborough é o Estádio do Sheffield Wednesday, onde há vinte anos (15 de abril de 1989), 96 pessoas morreram esmagadas contra a grade de proteção, no jogo Liverpool e Nottingham Forest, válido pelas semifinais da Copa da Inglaterra, em função da super lotação do estádio.

Todos os 96 mortos torciam pelo Liverpool.

Esse episódio feriu profundamente o futebol da Inglaterra, mas, também, motivou as mudanças que tornaram o futebol inglês no mais rico e melhor organizado futebol do mundo.

Hillsborough foi à gota d’água para que o governo inglês pressionasse clubes, federação e ligas, no sentido de realizar profundas mudanças nos estádios e nas relações entre essas entidades e o público.

Porém, as autoridades britânicas, aproveitaram o momento, para golpear profunda e definitivamente, os hooligans e seus simpatizantes.

Um português, elimina portugal da Liga dos Campeões...

Imagem: Kicker

A cidade do Porto foi dormir tristonha... Cristiano Ronaldo, matou o sonho!

A equipe do Porto encheu o coração de seus adeptos de alegria ao empatar no Old Trafford, por 2x2 como o poderoso Manchester United de Sir Alex Ferguson.

E ontem, a cidade estava coberta de esperanças em uma vitória que possibilitaria aos portistas, buscar repetir o feito de Vitor Baia, Maniche, Nuno Valente, Alenichev e dos brasileiros Derlei e Carlos Alberto; campeões europeus da temporada 2003/04 ao derrotar o AS Mônaco por 3x0 na Arena Auf Schalke em Gelsenkirche na Alemanha.

Lotado, o Estádio do Dragão esperou ansioso pelo início da partida, mas por ironia do destino, logo aos 6 minutos de jogo, o português Cristiano Ronaldo, recebeu um passe de Anderson e a uma distancia de 30 metros do gol, acertou um chute sensacional, sem defesa para Hélton.

Mesmo sentindo o golpe, a equipe portista tentou pressionar o adversário, mas esbarrou em Michael Carrick e Anderson que não só impediam a criação das jogadas do Porto, mas ditavam a forma de jogar do Manchester.

Na segunda etapa, o Porto voltou disposto a mudar o resultado, porém, sua vontade não conseguiu superar a forte marcação inglesa...

Sem forças, o Porto viu o tempo passar, até que o suíço Massimo Busacca, encerrou o jogo e fez despertar milhares de portugueses que ao redor do mundo, sonharam com a Taça da Liga dos Campeões da Europa.

Bye, Bye, Yellow Submarine...

Imagem: AP

Arsenal 3x0 Villarreal... The Gunner's sink the yellow submarine.

Depois de enfrentar bravamente os Gunners no El Madrigal, o Villarreal desembarcou em Londres, cheio de esperanças na possibilidade de eliminar o Arsenal diante de seus torcedores.

A esperança tinha certo sentido, pois os espanhóis haviam feito um ótimo jogo no empate de 1x1 em casa e, precisavam de apenas um gol para conseguir o inédito feito...

Mas, Theo Walcott aos 10 minutos abriu o marcador, avariando seriamente o submarino amarelo.

Abalados, os espanhóis, sem contar com Santi Carzola e Marcos Senna, chegaram a esboçar uma tentativa de reação, logo controlada pelos ingleses.

No segundo tempo, Adebayor aos 15 minutos marcou o segundo gol e Robie Van Persie, nove minutos depois, ampliou para 3x0 e decretou a derrota do Villarreal.

Enfrentando o perigo...

Imagem: Kicker

Talento de sobra e imaturidade também...

Não me cabe tratar mais do assunto, pois outros já divulgaram e, escarafunchar ainda mais a pobreza da farra, o duelo com moçoila do calçadão de Ponta Negra e o desacato a polícia, nada acrescentariam a trajetória modesta de um homem, cuja sorte o bafejou com o talento para a prática do futebol, mas que infelizmente, parece não ter a compreensão exata do que lhe foi “entregue’ e do que está sendo jogado fora...

Mas vale registrar a postura sincera de Rutilene, esposa de Ciel e, em última análise a maior vítima de todo esse imbróglio.

Rutilene declarou ao Portal Lancenet, que Ciel é alcoólatra e que não admite sofrer do mau, mas que ela, pretende ajudá-lo, pois - “Ciel é uma pessoa ótima. Se tivesse só defeito eu não estaria com ele. Qual a mulher que quer um homem só com defeito”?

Segundo ainda Rutilene, Ciel não considera que seja um homem doente e que, nada faz para afastar-se da bebida.

No Rio de Janeiro, Carlos Alberto Parreira, treinador do Fluminense, disse que enquanto esteve no clube das Laranjeiras, Ciel nunca criou nenhum tipo de problema e que sua dispensa foi em virtude de ele (Parreira) ter outras opções para o ataque tricolor.

Em relação ao América, a atitude de dispensar o jogador foi absolutamente correta e o Presidente José Rocha, portou-se de maneira elegante ao afirmar que não tinha como julgar a pessoa de Ciel e que também, não desejava fazê-lo.

Porém, algo me chamou a atenção, pois quando aqui chegou o diretor do América Marcos Meira Pires, declarou que o jogador teria parte de seus salários pagos pelo Fluminense e que o América arcaria com outro tanto, mas Carlos Alberto Parreira desmonta essa versão quando afirma que o jogador foi dispensado pelo Fluminense.

País multiesportivo... Hockey na Alemanha.

Imagem: Kicker

Promessa é dívida... Vou pagar!

Hoje publiquei um comentário em que um leitor, infelizmente anônimo, me faz uma cobrança, aliás, justa...

Porém, depois de muito pensar, consegui descobrir a quem havia prometido: fique tranqüilo Ricardo Silva, estou enviando para você via e-mail, a música The Ballroom Blitz da galera do Sweet (estamos velhos mesmo).

O Fußball Arena, transbordou de sincera e verdadeira paixão... Bayern 1x1 Barcelona.

Imagem: AP

O amor pelo clube é maior que o placar adverso... Bayern 1x1 Barcelona.

Viva a tecnologia e viva também a globalização, pois sem ambas meu netos cresceriam acreditando que somos o país do futebol e que nossos torcedores são os mais apaixonados do planeta...

Hoje, pelas quartas de final da UEFA Champions Liga, os alemães, logo eles, que por aqui são considerados como frios e pouco afeitos a demonstrações de afeto (o maldito senso comum é um câncer), deram uma imensa demonstração de amor ao seu clube; o Bayern de Munique.

Ao ver o Fußball Arena lotado, perguntei aos meus botões: quantos clubes no Brasil conseguiriam lotar seus estádios num jogo classificatório contra um adversário poderoso, depois de haver perdido a primeira partida por 4x0?

Poucos, raros, ou talvez uns dois ou três no máximo.

O resto só tem fã de resultado...

Aqueles sujeitos que só comparecem quando a maré está boa e o time é competitivo.

Mas os gélidos torcedores alemães lotaram seu estádio, vibraram e depois, respeitosamente, aplaudiram seus jogadores e os craques do Barcelona...

Felizmente, meus netos, graças à internet e a velocidade das informações, estão a salvo das mentiras xenófobas e da crença que nossas torcidas são mais vibrantes que as outras...

Quem ainda insistir, fique sabendo que as segundas divisões da Inglaterra e Alemanha, lotam mais estádios que a nossa Série A...

Quem ainda acreditar que nossas torcidas fazem mais barulho que aos outras, vá a Istambul ver o Galatasaray ou o Fenerbahçe jogar, mas se ainda assim, persistir a dúvida, meta-se entre os adeptos do Celtic e do Rangers no clássico de Glasgow, ou veja América do México e Chivas Guadalajara...

Tal experiência fará bem aos seus olhos, mas certamente irá magoar seu ego patriótico.

Mas, sobre o jogo, pouco se pode dizer, pois o Barcelona resolveu tudo em Camp Nou e em Munique, apenas tocou a bola enquanto o Bayern corria em busca de um resultado que poucos acreditavam ser possível conseguir...

Final, Bayern 1x1 Barcelona.

Stamford Bridge tremeu...

Imagem: AP

Um grande jogo... Chelsea 4x4 Liverpool.

Já que falei de internet e globalização, não posso esquecer-me da maravilha que é a TV por assinatura...

Chelsea e Liverpool, foi uma dessas partidas para quem tem nervos de aço e está em dia como os exames cardíacos.

No primeiro jogo em Anfield Road na cidade de Liverpool, o Chelsea de Drogba, Alex, Ballack, Lampard, Cole e Essien, impuseram um 3x1 no Liverpool e tudo parecia estar resolvido, mas ontem em Londres, o Stamfrod Bridge tremeu...

Houve de tudo na partida entre Chelsea e Liverpool; grandes jogadas, frangos sensacionais de dois grandes goleiros, falhas coletivas das defesas, tática, técnica e no final, muito, mas muito coração por parte dos jogadores em campo.

O resultado de tudo isso, foram 8 gols marcados e os nervos a flor da pele até o último minuto, quando Lampard aos 45 minutos, marcou o gol de empate e selou a eliminação do Liverpool.

Porém, quando o árbitro decretou o fim do jogo, o que se viu foi um show das duas torcidas...

Os azuis agitaram bandeiras, cantaram e vibraram intensamente, mas ninguém ousou invadir o gramado, sair correndo feito idiota, arrancando calção e meia de jogador...

Os vermelhos mostravam decepção e tristeza no olhar, mas ninguém vaiou, xingou ou ofendeu os jogadores.

Como sempre, a torcida do Liverpool cantou a plenos pulmões o You’ll never walk alone, a canção hino do clube.

Que bom que existe a TV por assinatura, só assim, vejo que é possível um país vencer a violência sem excessos ou truculência.

A bola enganou os três...

Imagem: Kikcer

Os treinadores mais bem pagos do mundo...

Não são apenas os jogadores de futebol que faturam milhões, seus comandantes, também são regiamente pagos, mesmo que alguns deles, não consigam resultados que justifique nem sua fama e nem seus ganhos...

A revista France Football, apresentou a lista dos 10 mais bem pagos treinadores do mundo em 2007 e 2008.

2008

01 – Luis Felipe Scolari – ex Chelsea – 12,5 milhões de euros anuais.

02 – José Mourinho – Internazionale – 11,0 milhões de euros anuais.

03 – Guus Hiddink – ex Chelsea e Rússia – atual Chelsea – 9,0 milhões de euros anuais.

04 – Fabio Capello – Inglaterra – 8,5 milhões de euros anuais.

05 – Alex Ferguson – Manchester United – 7,6 milhões de euros anuais.

06 – Dick Advokaat – Zenith Sankt Peterburg – 7,5 milhões de euros anuais.

07 – Juande Ramos – Real Madrid – 7,0 milhões de euros anuais.

08 – Arséne Wenger – Arsenal – 6,2 milhões de euros anuais.

09 – Roberto Mancini – ex Internazionale – 6,0 milhões de euros anuais.

10 – Jürgen Klinsmann – Bayern de Munique – 5,5 milhões de euros anuais.

2007

01 – José Mourinho – ex Chelsea – 29,0 milhões de euros anuais.

02 – Fabio Capello – Inglaterra – 14,2 milhões de euros anuais.

03 – Alex Ferguson – Manchester United – 7,4 milhões de euros anuais.

04 – Juande Ramos – Tottenham Hotspur – 7,3 milhões de euros anuais.

05 – Sven Ericksson – Manchester City – 7,1 milhões de euros anuais.

06 – Arséne Wenger – Arseanl – 6,4 milhões de euros anuais.

07 – Martin Jol – ex Tottenham Hotspur – 5,8 milhões de euros anuais.

08 – Vicente Del Bosque – Besiktas – 5,2 milhões de euros anuais.

09 – Roberto Mancine – Internazionale – 5,0 milhões de euros anuais.

10 – Frank Rijkaard – Barcelona – 4,8 milhões de euros anuais.

Nos valores acima, estão além dos salários, os prêmios pagos pelos clubes, patrocínios e publicidade.

Um abraço no patrocinador...

Imagem: Kicker

Uma luz no fim do túnel...

O Deputado Estadual Raul Marcel (PSOL/SP), apresentou na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, projeto de lei que se aprovado, será um passo gigantesco para retirar o futebol brasileiro da Idade Média.

Segundo o projeto do jovem político paulista, os clubes que disputam Campeonatos patrocinados pela Federação Paulista de Futebol serão obrigados a cuidar da educação de seus atletas.

O projeto de lei estabelece que os clubes devam assegurar a matrícula de todos os atletas menores de 18 anos a eles vinculados, independente da forma contratual, em instituição pública ou privada.

Caberá também aos clubes, zelar pela freqüência e aproveitamento escolar dos atletas.

No projeto, fica estabelecido que o descumprimento da regra seja punido com multa de 250 Ufesps – R$ 3.962,50 em valores atuais por atleta, além de impedir a participação em competições oficiais, o clube que não regularizar a situação dos jogadores após a aplicação da primeira multa.

Porém, não serão apenas os clubes os responsáveis pelo cumprimento da lei, a Federação Paulista de Futebol, ficará obrigada a receber os comprovantes de matrícula e freqüência escolar encaminhada pelos clubes e encaminhá-los a Secretaria de Educação do Estado e à Comissão de Educação da Assembléia Legislativa de São Paulo.

"Em virtude das notícias de contratos milionários firmados com jogadores de futebol ao redor do mundo, muitos jovens brasileiros deixam de lado os estudos para se dedicar a contratos com clubes e escolas de futebol. Mas a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, e nem todos os clubes respeitam esse direito, muitas vezes usando os jovens como moeda de troca, visando unicamente os negócios. Nosso objetivo é buscar assegurar a capacitação educacional do jovem atleta em formação para que, além do auxílio financeiro recebido, tenha assegurados seu desenvolvimento intelectual e a conclusão do ensino regular”.

A justificativa apresentada pelo Deputado Raul Marcel, por si só, deveria evitar qualquer debate inútil sobre o assunto.

Com um amigo assim, quem precisa de inimigos...

Imagem: Kicker

Acabou a folga...

Bem, resolvi vadiar por uns dois dias, remexi alguns discos (num tempo de mp3, ainda tenho CD’S e por incrível que possa parecer, sem arranhões, manchas e outros maus tratos)...

Ouvir Moody Blues, James Taylor, Azimute e outros tantos, em época de música rasteira, fútil, inútil e descartável, fizeram bem aos meus ouvidos tão agredidos por desafinados e medíocres “astros” do pagode meloso e de rima pobre, do axé repetitivo e amparado por vogais, do funk produzido por ridículos e toscos letristas, do forró que desqualifica a mulher, enaltece a irresponsabilidade regada a álcool e faz pouco dos sentimentos mais nobres.

Depois ler, caminhar, repensar planos e projetos, completaram as atividades de dias mansos.

Mas, estou de volta...

Por aqui, o Campeonato Estadual chega à penúltima rodada do returno e ao que parece, sem nenhuma novidade digna de nota...

"Desmaio" infeliz...

Imagem: Kicker

Infelizmente na reta final, mancou...

O Santa Cruz recebeu em casa, o Potyguar de Currais Novos e perdeu por 1x0...

O resultado mostrou que após perder o primeiro turno para o ASSU e enfrentar problemas de disciplina entre seus jogadores, a equipe do Trairí descarrilou e não conseguiu mais encontrar o prumo.

Já o Potyguar Seridoense que fez uma excelente campanha no segundo turno, garantiu sua participação na final contra o ABC e vai para a última rodada buscando a vantagem de jogar a decisão no interior.

"Desmaio" feliz...

Imagem: Kicker

O América perde outra... ASSU 2x1.

No Estádio Edgar Montenegro em ASSU, a equipe local, enfrentou o América em fase de desmonte e de virada, venceu por 2x1.

Nesses tempos bicudos para os rubros o resultado pode ser considerado normal, já que ao menos para mim, o América jamais conseguiu passar segurança.

Para piorar, o time rubro chega à última rodada ainda lutando para não terminar na lanterna do nosso frágil campeonato.

Aqui faço uma pausa para falar nas últimas declarações de Gilberto de Nadai, Supervisor de Futebol do América...

Aliás, o mesmo Gilberto que por um tempo andou “zangado” comigo por criticas que fiz a forma como ele “participou” de algumas indicações e vetos nas campanhas anteriores do clube rubro.

Porém, desta vez escrevo para elogiar sua lucidez e conduta.

Gilberto mostrou que tem conhecimento do mercado da bola, seus meandros, seus vícios, suas verdades e suas mentiras.

Disse corajosamente o que a maioria dos dirigentes dos clubes menores deveria dizer e não dizem.

Afirmou que futebol se faz com planejamento e critérios, mas que acima de tudo, se faz com dinheiro e quem sem dinheiro, tudo é sonho, tudo é desejo e desejo nem sempre se pode realizar.

Gilberto quer trazer quem possa servir aos propósitos do América e servir como base para um futuro melhor.

Pelo que li Gilberto não quer ser um agente de viajem a distribuir passagens, mas sim, um gerente em busca de metas e aperfeiçoamento do clube.

Se Gilberto conseguir impor as prima donas do América uma mentalidade de gestão eficiente, moderna e pé no chão, Gilberto terá dado um grande passo para trazer o América de volta ao caminho da recuperação de sua imagem esportiva e, o fará novamente um clube de futebol.

Acrobata...

Imagem: Kicker

A vitória do ABC, as dificuldades do mercado e a formação de jogadores...

No Maria Lamas Farache o ABC enfim, venceu com folga um adversário que mereceu o resultado e que deveria agradecer por ele, pois o 4x0 pode ser considerado até um placar modesto, diante da imensa superioridade alvinegra.

Continuo com a mesma opinião, o ABC montou um elenco para brigar pelo título estadual (AINDA LIMITADO PARA COMPETIÇOES NACIONAIS) e começou a partir desse elenco, buscar formar uma base para a Série B...

Todos no ABC sabem que esse time precisar ser reforçado e que sem esses reforços, a equipe não terá vida fácil na competição nacional, porém, como todos os clubes que vivem de recursos escassos, enfrentará dificuldades no mercado que se abre e por tanto, cada contratação terá ser baseada em critérios rígidos.

O caso Walter Minhoca é prova da afirmação acima, pois praticamente fechado com o alvinegro, Minhoca preferiu ir para o Guarani de Campinas, rebaixado para a segunda divisão do campeonato paulista, e que está com seu Estádio penhorado e coberto de dívidas, mas pertinho das luzes da mídia nacional e na mira de empresários de todo o mundo.

Mas os tempos mudaram e existe hoje no ABC, uma mentalidade que espero permaneça e seja cada vez mais fixada como principio; buscar nas suas bases o futuro da equipe.

Gabriel, Delano, Rodriguinho, Fabiano e muitos outros, são frutos dessa mentalidade e se enfrentam dificuldades para se firmar, é porque a maioria dos torcedores, influenciados por setores da imprensa, estão acostumados a considerar bons, apenas os nomes lêem, vêem e ouvem em jornais, TV’s e emissoras de rádio de fora do estado.

Por outro lado, é necessário que cada vez mais as categorias de base sejam valorizadas e profissionalizadas; nutricionistas, psicólogos, fisioterapeutas, médicos, preparadores de goleiros e preparadores físicos, devem ter qualificação máxima, pois são eles que moldam o bem maior do clube...

Os meninos da base, não precisam de Pai (os biológicos já bastam), precisam de trabalho profissional sério, paz, sossego e condições para se dedicar a profissão.

Creio que o ABC está no caminho certo, mesmo que ainda tenha que fazer uma ou outra correção na rota.

SV Werder Bremem 3x1 Udinese Calcio...

Imagem: Kicker

Diego quando jogava no Brasil, era visto como coadjuvante de Robinho, mas ao desembarcar na Europa, Diego passou a ser visto como um jogador de equipe, mas capaz de modificar e decidir um jogo.

Hoje, na cidade de Bremen, Diego foi o condutor da vitória do Werder, sobre a Udinese.

Uma partida que começou sob um forte esquema tático, acabou se transformando num embate dinâmico, mas sem grandes chances de gol.

Com as defesas superando os ataques, a partida se arrastava para um zero a zero na primeira etapa, até que Diego recebeu um passe de Özil, e, achou o canto do goleiro italiano, num chute forte, rasteiro e cruzado.

Na segunda etapa, a Udinese por duas vezes esteve próxima do empate, mas Quaqliarella desperdiçou ambas as oportunidades.

Como o castigo pela incompetência não costuma demorar, aos 13 minutos, Diego num belo arremate, marcou o segundo e, Hugo Almeida, aproveitando um lançamento de Boenisc, marcou o terceiro gol alemão.

A Udinese diminuiu aos 42 minutos, através de Quaqliarella.

Mesmo derrotados, os jogadores da Udinese, acreditam que serão capazes de reverter à situação na partida de volta, quando jogarão em casa.

HSV Hamburg 3x1 Manchester City FC...

Imagem: AP

Nem Craig Belamy, nem Robinho e nem mesmo Stephen Ireland, marcador do gol do Manchester city logo no início do primeiro tempo, foram as estrelas do jogo...

Given, goleiro da equipe inglesa brilhou e evitou um placar impossível de ser recuperado no jogo da volta, quando o Manchester jogará em casa.

Fora de seus domínios, o Manchester começou impondo um ritmo alucinante ao jogo e, com um minuto de partida, Ireland, após receber um passe de Robinho, abriu o placar.

O Hamburg, não se intimidou e aos nove minutos, Joris Mathijsen, igualou o marcador.

Após empatar, os alemães dominaram o jogo perdendo inúmeras oportunidades, mas a trave e o goleiro Given, não permitiram ao Hamburg, ampliar o marcador.

No segundo tempo, Piotr Trochowski de pênalti fez o segundo gol e depois, deixou Guerreiro sozinho no segundo pau, para marcar o terceiro e último gol do Hamburg.

FC Shakhtar Donetzk 2x0 Olympique Marseille...

Imagem: AP

Num jogo em que o Shakhtar foi um pouco melhor, o Olympique de Marselha acabou derrotado por 2x0.

Em Donetzk, diante de sua torcida, a equipe ucraniana, com gols de Tomáš Hübschman e Jadson, o Shakhtar conseguiu uma ótima vantagem e vai para Marselha, enfrentar no jogo da volta o forte time do Olympique, podendo perder por até um gol de diferença...

Paris Saint Germain 0x0 Dynamo Kyiv...

Imagem: AP

Em Paris, no Estádio Parc des Princes, o Paris Saint Germain e o Dynamo de Kyiv, não saíram do 0x0, com destaque para os goleiros Mikaël Landreau do PSG e Stanislav Bogush do Dynamo.

O jogo de volta, será em Kyiv, capital da Ucrânia e, pelo que apresentaram hoje, qualquer um pode chegar às semifinais.

Goleiro de verdade, saí assim...

Imagem: Kikcer

Não houve um furacão, mas a brisa chamada Wallyson, esfriou o Maria Lamas Farache...

Vou começar com a frase de Heriberto da Cunha, treinador do ABC, e a partir dela, comentar o jogo entre ABC e Atlético Paranaense.

Heriberto, após a partida declarou: “Uma equipe que tem a experiência nós temos, não pode tomar um gol como nós tomamos, especialmente, depois do primeiro tempo que nós fizemos”...

Lendo a frase e rememorando o jogo, vejo que o que Herberto afirmou ter, foi justamente o que faltou; experiência!

Waldir Papel parece que também pensou como eu agora, quando afirmou ter faltado “malandragem” e equipe alvinegra.

Se traduzirmos do “bolerês” para o português, veremos que Waldir Papel disse exatamente o que afirmei acima; faltou mesmo experiência!

O ABC começou o jogo como time grande, mesmo com a pressão inicial do Atlético e sofrendo um gol aos 9 minutos de partida, o ABC, manteve o controle dos nervos e aos poucos foi tomando conta do meio campo (Sandro fez uma ótima exibição).

Aos 13 minutos, Gaúcho batendo falta, empatou para o alvinegro, aos vinte minutos Fransergio foi expulso e aí, a situação ficou totalmente favorável ao ABC...

Encurralando o Atlético, o alvinegro martelou até conseguir o gol da virada, no minuto final da primeira etapa, através de Sandro, depois da falha do goleiro Galato.

No segundo tempo, a pressão da torcida e a força do propalado caldeirão, acabaram por ser prejudiciais, pois, afoito, impulsivo e de forma temerária, o time do ABC, partiu para cima do Atlético, sem perceber que Geninho havia “costurado” o rasgo causado pela saída de Fransergio e concentrado a marcação.

Embalados pela torcida, os jogadores do ABC, agiam como juniores recém promovidos e avançavam abrindo brechas no seu sistema defensivo...

Astuto, Geninho percebeu e mandou Wallyson para o jogo...

Veloz, habilidoso e necessitando mostrar ser capaz de segurar a vaga de titular na equipe, Wallyson entrou, aproveitou um desses vacilos e, acabou calando a torcida que tanto o ovacionou e paparicou.

Com o empate em 2x2, o ABC vai ao Paraná tentar cumprir uma dura e difícil missão, vencer o Atlético na Baixada da Arena e desta vez, torcendo para que Wallyson não entre, pois lá, se marcar, o jovem e promissor atacante, vai comemorar sim, pois estará em casa e diante da massa rubro negra.

O gol feito em Natal, pode ter tido para Wallyson, um sabor amargo, mas marcou o fim de um ciclo e deu início a outro.

O Wallyson agora é do Atlético, e tem tudo, para se tornar um dos grandes ídolos da torcida do rubro negro paranaense.