Para esquecer a derrota e com ela a chance de conquistar o tri campeonato, só mesmo uma boa dose de 51...

O pequeno se tornou grande e o grande se apequenou!

Essa é a melhor definição que pude encontrar para definir A vitória do Potyguar de Currais Novos, sobre o ABC em pleno Maria Lamas Farache.

Mas, além dessa definição, outras constatações e questionamentos, podem ser feitos sem muito esforço.

- Concorrer com Botafogo, Flamengo, São Paulo e Corinthians, nunca foi uma grande idéia em Estados menores, mas resolveram pagar para ver e acabaram vendo (no Rio Grande do Sul, 33. 495 pagaram ingresso e não viram os jogos das finais de São Paulo e Rio de Janeiro, mas em Recife, apenas 18.759 fanáticos pelo futebol local, foram ver dois grandes lutando pelo título).

- Como pode ser sensacional, um Campeonato Estadual que tem uma média de público tão baixa e que, na final de um turno, onde o time de maior torcida do estado, jogando em casa e com todas as vantagens, coloca míseros 6.609 pagantes no estádio?

- Qual a razão de se ficar tentando transformar o Potyguar, um time apenas determinado e aguerrido, em uma equipe sensacional, se logo a seguir, todos se perguntam como será a vida do alvinegro na Série B, se não conseguiu derrotar a tal sensação?

- O Potyguar de Currais Novos venceu por ter tido mais brio e equilíbrio, venceu por saber que seu adversário viria de salto alto, e apoiado em jogadores que aqui estão, por falta de melhor opção e por fim, venceu por ser franco atirador numa luta que muitos acreditavam ganha (inclusive eu).

- Quanto ao ABC, ficou patente o que venho dizendo há muito tempo, o time era bom para a disputa caseira, mas é sofrível para uma disputa nacional...

Compreendo as dificuldades, entendo os limites econômicos, mas será preciso alguém mais, pois não é admissível para um clube que investiu o que o ABC investiu correr o risco, de uma queda para a Série C.

Perder a vaga na Copa do Brasil de 2010 creio já ser um castigo por demais doloroso!

Um pequeno parêntesis em nome do equilíbrio: Gabriel não pode e não deve ser responsabilizado por absolutamente nada...

Não me venham com o lugar comum de que pênalti é tão importante que... blá, blá, blá...

Qualquer um poderia ter perdido a penalidade, mas só ele se apresentou e, portanto, se alguém deve ser responsabilizado, esse alguém deve ser um dos experientes e rodados jogadores que se esconderam e deixaram-no bater.

Gabriel é patrimônio do clube e possivelmente, venha a representar dividendos para os cofres do ABC e, por essa razão, deve ser protegido das línguas afiadas e covardes, que agora ficam a imaginar que teria sido diferente se, se, se, se...

Para encerrar, admito que todos no Maria Lamas Farache tenham ficado tristes e decepcionados com o resultado (exceção da torcida do Potyguar), mas não é admissível que um clube com a envergadura e grandeza do ABC, permita que alguém apague as luminárias do estádio, apenas para de forma egoísta, minimizar a festa do vencedor.

Uma questão que divido com você, meu caro leitor; como o Potyguar e o ASSU, sensações da competição, ainda não tiveram por parte dos nossos grandes nenhuma “consulta” em relação aos seus craques, mas o Santa Cruz, sim?

Estranho!

Ah, quase me esqueço de fazer uma última pergunta...

Quando é que nossos dirigentes vão entender que pontos corridos, é a maneira mais sensata e justa de se auferir a regularidade e competência de uma disputa?

Os ingleses criaram esse método em 1889 e nunca mudaram, por que será?