Terminado o jogo ABC e Potyguar de Currais Novos, li e ouvi muita gente tecer rasgados elogios ao time seridoense, muitos elogios tinham certa racionalidade, mas outros, não...
Não há como não parabenizar o time seridoense pela campanha realizada, seria injusto não reconhecer o esforço de sua diretoria, o empenho dos jogadores e a capacidade do seu treinador de fazer um bom feijão com arroz, mesmo sem ter a sua disposição todos os temperos necessários...
O Potyguar de Currais Novos está de parabéns, mas a tentativa que se fez de torná-lo um time sensação, nas mãos de um treinador sensacional, foi exagero puro e simples.
Não é uma inverdade a afirmação de que a equipe seridoense procurava manter a posse de bola, assim como também, não é uma inverdade, afirmar que a equipe jogava trocando passe e buscando através de seus alas e de seu meio campo, servir seus razoáveis atacantes, mas essa é a essência do futebol, está como clausula pétrea desde seus primórdios.
Manter a posse da bola, trocar passes e ter uma constante movimentação dos jogadores, é algo tão ululante, que chega ferir os olhos...
Portanto, Neto Matias, não descobriu a pólvora e nem criou nada, apenas, utilizou-se melhor dessas premissas em determinados momentos da competição.
Na partida contra o ABC, Neto Matias, teve a seu favor única e exclusivamente, as chuteiras salto quinze usadas pelos alvinegros e a determinação de seus jogadores.
Jogando de forma séria e respeitosa, com os mesmos jogadores e os mesmos treinadores, o ABC vencerá 7 entre 10 partidas marcadas, seja no Maria Lamas Farache, seja lá aonde for.
Neto Matias é um treinador com amplas possibilidades de galgar o sucesso, mas por enquanto, é um sujeito que estava no lugar certo, na hora certa e foi capaz de perceber a guarda aberta de seu adversário.
Ontem em ASSU, Neto Matias, mostrou como elogios excessivos podem fazer estragos quando acreditados como verdade absoluta.
Sem quatro titulares, Neto Matias imaginou ser capaz de poder enfrentar o ASSU de igual para igual e, deu no que deu...
Para o ASSU, nada foi melhor que a queda de produção no segundo turno...
Ninguém mais prestou atenção na equipe e isso, foi fatal.
ASSU e Potyguar se equivalem, mas o ASSU é mais consistente e Hugo Sales é mais rodado, é mais vivido e respeitou o adversário.
Agora, resta ao Potyguar Seridoense, recuperar a alto-estima, recompor a equipe titular, devolver as chuteiras salto quinze para o ABC e suar, suar muito para vencer o time do pouco visto e pouco elogiado Hugo Sales.
Sim, o ASSU goleou por 4x1 e poderia ter feito mais, caso Paulo Jorge tivesse marcado o pênalti que teve a seu favor.
Um comentário:
Com certeza, Netinho Matias não faz mais nada que o feijão com arroz...
O problema é que no Futebol brasileiro de hoje os treinadores passaram a ser verdadeiros inventores, saindo do feijão com arroz.
Tirando o placar, não achei nada demais a derrota do Potyguar/CN, pois, na minha avaliação, o ASSU tem melhores valores do que o Potyguar/CN. Aliás, não apenas o ASSU, mas o América, o Potiguar/MO, o Baraúnas, o Santa Cruz, todos eles tinham mais valores do que o Potyguar/CN.
Por isso que acho que o Potyguar/CN, limitadíssimo, teve sim a sua frente um grande treinador, feijão com arroz e carne de sol, que é o que é bom.
Didi Duarte, em 2000, era também feijão com arroz e deu certo no ABC FC.
Joel Santana, ano passado, fazia o feijão com arroz...
E por aí vai...
Sds Alvinegras.
Abecedista.
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