As pessoas costumam me
envergonhar...
E, nos últimos dias, elas se
superaram.
As reações desumanas, raivosas e
completamente descabidas diante da tragédia pessoal do ex-presidente Luís
Inácio Lula da Silva, me enojam...
Toco nesse assunto completamente
confortável, pois nunca fui um admirador incondicional do Lula, mesmo
admitindo, que nele votei em seu primeiro mandato.
Lula nunca me empolgou com suas
frases, nunca me emocionou com sua teatralidade, mas daí a cultivar sentimentos
contra a pessoa de Lula, jamais.
Não faço parte do grupo que
agora, aproveita um momento tão difícil na vida do ex-presidente para vomitar
recalques e expor sua falta de decoro.
Boa sorte e saúde é o que desejo
ao Lula.
Mas, o assunto não para aí:
Continua...
E continua não em forma de defesa
do árbitro Diego Pombo Lopes, mas como repudio a imbecilidade coletiva.
O árbitro Diego Pombo Lopes, ontem
no estádio Maria Lamas Farache foi estapafúrdio e merecedor de todas as
criticas.
Diego Pombo Lopes, se deixou
induzir pelo seu auxiliar e anulou um gol legitimo de Leandrão – não devia,
estava próximo ao lance e por dever de ofício deveria saber que um jogador que
está atrás da linha da bola, não está impedido...
Depois, deixou de marcar um
pênalti claro sobre o jogador Cascata e na sequencia, expulsou o jogador por
considerar que o mesmo havia tentado enganá-lo através de encenação...
Errou duas vezes: primeiro ao não
marcar o pênalti e depois, por expulsar a vítima com claro benefício ao
infrator.
Tudo isto é fato...
Mas, entretanto, um segundo fato
emerge em meio à desastrosa tarde de Diego Pombo Lopes em Natal: o preconceito.
Logo que a informação sobre sua
profissão de modelo fotográfico chegou, risinhos e ironias deixaram no ar
insinuações baratas...
Não houve ninguém com coragem o
bastante, mas como para bom entendedor, meia palavra basta, ficou claro que
dúvidas sobre a masculinidade de Diego Pombo foram lançadas.
O pior foi ler posteriormente,
textos de colegas que davam continuidade a propagação da ideia de que modelos e
masculinidade não combinam.
Uma pena, mas também uma prova
cabal de como imbecilidade coletiva é capaz de produzir rótulos a respeito de
profissões.
Bem, como não sou afeito a
escrever sobre o que não pesquiso, fui atrás do Diego Pombo Lopes, modelo –
sobre o árbitro, ao menos na partida entre ABC e ASA, já tinha opinião.
Vi um ou dois vídeos com ele e não notei nenhum trejeito que o tornasse, digamos, diferente...
O que vi foi um menino tímido com o assédio inesperado e uma ponta de deslumbramento diante do novo mundo
que agora se descortina a sua frente, mas em nenhum momento, percebi qualquer
afetação...
Portanto, cobremos da Comissão de
Arbitragem uma punição a Rodrigo Diego Pombo por seu desastroso “trabalho” em
Natal, mas deixemos de lado o que ele faz fora das quatro linhas, pois posso
afirmar sem medo de errar, que muitos dos que o criticam, assim como os apedrejadores
de Maria Madalena, deviam jogar fora suas pedras...
Para terminar, lembro que a
carreira de modelo é coisa para gente bonita – coisa que, aliás, incomoda muito
os feios.