sábado, outubro 31, 2009

Campinense 2x1 São Caetano... Bye, bye Série B...

O Campinense começou perdendo, virou o jogo, mas mesmo vencendo, acabou derrotado, pois chegar aos 33 pontos, apenas aumenta a angustia de se apegar a fiapos de esperança...


O 2x1 no São Caetano, talvez sirva apenas para com tola compensação: o Campinense não é mais o lanterna!


Resta agora ao rubro negro paraibano, imaginar que nos últimos 5 jogos, algum “Deus” derrote América e Bahia e lhe sorria com cinco seguidas vitórias.


Enfim, bom retorno a Série C e tomara a passagem pela Série B, tenha servido de lição.

sexta-feira, outubro 30, 2009

Maldito gato!

Imagem: Picture Alliance

O Ceará está quase lá e, Vila Nova e Duque de Caxias confirmam presença na Série B de 2010...

Terminaram há pouco, os jogos marcados para a sexta feira, referentes à trigésima terceira rodada da Série B...


Para quem já concluiu sua participação, faltam agora cinco partidas, ou seja, 15 pontos em disputa.


- Ipatinga e Ceará empataram em 0x0, resultado que coloca o alvinegro cearense na Série A de 2010, caso o Figueirense a Portuguesa, percam amanhã.


Aliás, ao que parece, o Ceará foi o único clube nordestino que conseguiu se disfarçar e não parecer pertencer à região nordeste, já que não foi atingido pelo “apartheid” engendrado nos porões da CBF sob a concordância do vice-presidente de entidade para o nordeste, Marco Antonio Miranda Ferreira, administrador de empresas, radialista e baiano...


Outro que assistiu a tudo sem dizer palavra, foi Fernando José Macieira Sarney, que mesmo sendo natural do Maranhão, um estado nordestino (a CBF tem dificuldades com a geografia do seu próprio país), ocupa a vice-presidência para a região norte.


Fernando Sarney é empresário, maranhense e filho de José Sarney.


Existe também o senhor Virgilio Elísio da Costa Neto, diretor de competições da entidade, engenheiro, conselheiro do Bahia e ex- presidente da Federação Baiana de Futebol e baiano, que se dermos crédito a versão do complô anti-nordestino, assistiu passivamente a toda a tramóia...


Sorte dos alvinegros não terem sido percebidos (ou teria sido o bom time montado que ficou imune a sanha perseguidora?).


- Em Goiânia, o Vila Nova venceu a Ponte Preta por 3x2, garantiu sua permanência na Série B e acabou com o sonho da Ponte Preta de retornar a elite do futebol brasileiro.


Em Volta Redonda, o Duque de Caxias que aqui em Natal é tido e havido como um time fraquinho e passível de ser derrotado pelo ABC no próximo dia 10 de novembro (mesmo depois do ABC, perder em casa para eles), venceu por 5x1 o Atlético Goianiense, que aqui em Natal é tido e havido como o “melhor” time da competição (mesmo o Vasco tendo 66 pontos e Guarani 62, respectivamente dez e oito pontos a mais que o rubro negro goiano) e, também garantiu sua presença na Série B de 2010.

quinta-feira, outubro 29, 2009

Enquanto isso na Série B...

Charge: Brumm

Na Premier League as cabeças pensam...

A Premier League, com certeza reúne as melhores cabeças pensantes do planeta bola...


Quem duvida, ou não lê ou nada sabe a respeito de como gira a roda dos negócios no futebol.


Há anos a Premier League é a líder mundial em receitas geradas através de patrocínios e mais uma vez, dá mostras de sua vitalidade e criatividade.


Porém, os homens que gerem o futebol inglês, não se sentem nem um pouco humilhados em buscar aprender e através desse aprendizado, fortalecer seu campeonato e seus clubes.


Todo mundo que se interessa pelo futebol além das quatro linhas, sabe que a UEFA está a anos luz das outras confederações continentais e que a grande maioria de seus executivos são profissionais altamente capacitados na gestão do negócio futebol.


Baseados nesse entendimento, a Premier League observou durante algum tempo como a UEFA negociava os placares a volta do gramado (aqui conhecidos como placas) e além de confirmar a suspeita de que as somas dos investimentos publicitários nesses placares eram astronômicas, a Premier League, não se fez de rogada e o copiou sem demora.


O resultado das observações e consultas foi à parceria com a IMG, gigante do marketing mundial visando programar na Inglaterra o modelo.


Segundo o projeto apresentado, a comercialização dos placares será coletiva, evitando assim que os clubes de menor apelo comercial percam dinheiro e fiquem reféns dos pequenos patrocínios regionais.


A IMG acredita que a venda coletiva, pode gerar cerca de 43,5 milhões de euros por temporada e que esse dinheiro dividido de forma igual poderá gerar a cada um dos 20 participantes da liga, algo em torno de 2,1 milhões de euros por ano.


No momento apenas uma equipe recusou o negócio: o Manchester United argumentou que os placares em torno do estádio Old Traford, rendem ao clube, 19,6 milhões de euros e que ao aceitar a negociação coletiva e sua conseqüente divisão, o clube perderia 17,5 milhões, mas que não se oporia a realização do negócio.

Aumenta o "adivinha quem chegou" na Série A...

Charge: Duke

Chamem o Instituto Osvaldo Cruz... Rápido!

O que leva um homem do quilate do Professor Luiz Gonzaga Belluzzo, consentir que Paulo Serdan, “comandante” dos desqualificados que se denominam “Mancha Verde”, vá à sede do Palmeiras para pressionar a equipe?


Porém, o que é ainda mais assustador, é que Paulo Serdan, conhecido da polícia paulista, também se arvorou em palestrante e durante um bom tempo, palestrou para os jogadores do palestra...


Tudo isso, sob a aquiescência da direção do alviverde paulista.


Agora, pergunto eu aos meus botões: o que um semi-alfabetizado como Paulo Serdan, teria a acrescentar aos já pouco letrados atletas palmeirenses?


Com ficha corrida que possui o que Paulo Serdan, pode propor de ético, honesto e sério?


O que deve ter passado na cabeça do goleiro Marcos, ao ver-se diante de tal situação?


Pobre Brasil, pobre futebol brasileiro...


Estamos a anos luz da civilização...


Que pena professor Belluzzo, eu o admiro, respeito e ainda o considero um que há de melhor, mas tome cuidado e evite se deixar contaminar.

Atenção senhores goleiros... Sair do gol é parte fundamental da posição!

Imagem: Alliance Pictures

Lá vem de novo um monte de bobagens....

Leio no blog do Chico Inácio, que a ALE/SAT, pretende ampliar seu patrocínio ao Flamengo e não é preciso ser muito inteligente para entender a razão...


Antes que os patriotas de plantão comecem a ter crises histéricas e proponham uma nova “Kristallnacht” contra a empresa, seus proprietários, familiares, ascendentes e descendentes, pensem no seguinte: “a ALE tem sua sede em Belo Horizonte e sequer cogitou em patrocinar Cruzeiro e Atlético Mineiro, por que então, a SAT que tem sede em Natal, patrocinaria América e ABC”?


Mas caso ainda persistam as dúvidas sobre o assunto, aconselho um vestibular para ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), é possível que após a conclusão da graduação, o fato acabe sendo absorvido como natural.

Rio de Janeiro 2011... Você sabia?





Você meu caro leitor, você sabia que em 20011, o Rio de Janeiro irá sediar os V Jogos Mundiais Militares?


É provável que poucos saibam.


Pois bem, o fato é que em 2011, o Brasil sediará o evento, depois de derrotar a candidatura da Turquia.


A cidade do Rio de Janeiro, escolhida como sede dos jogos, receberá cerca de 4.900 e 1.800 delegados de mais de 100 países (número superior aos dos jogos Pan-Americanos, realizados em 2007).


E o que são os Jogos Mundiais Militares?


Os jogos foram criados pelo CISM (Conselho Internacional do Esporte Militar), logo após o fim da Segunda Grande Guerra, em 1948, por cinco países: Bélgica, Dinamarca, França, Luxemburgo e Holanda.


Hoje, o CISM é a terceira entidade desportiva do mundo, depois da FIFA (Federação Internacional de Futebol) e do COI (Comitê Olímpico Internacional).


O CISM reúne mais de 1 milhão de atletas militares, de cerca de 130 países de todos os continentes.


O primeiro evento aconteceu em Roma/Itália em 1995, contou com a participação de 93 países e 4 mil atletas, que disputaram 17 modalidades esportivas.


Posteriormente, os jogos que ocorrem sempre no ano anterior aos Jogos Olímpicos, foram disputados em Zagreb (Croácia) no ano de 1999, Catânia (Itália) 2003 e Hyderabad (Índia) 2007...


Mas a idéia de realizar encontros desportivos entre militares é antiga: em 1919, um ano após o fim da Primeira Guerra Mundial (1914/1918), o General Pershing, comandante das tropas americanas que lutaram na Europa, organizou os primeiros jogos entre as forças aliadas.


O evento aconteceu em Joinville, nos subúrbios de Paris e dele, participaram 1.500 atletas militares em 20 modalidades...


Infelizmente, a idéia não prosperou.


Durante 27 anos, os jogos ficaram no esquecimento, mas em 1946, um ano após o fim da Segunda Guerra (1939/1945) a idéia ressurgiu e uma prova de atletismo foi realizada em Berlim...


Novamente a idéia fracassou, mas desta vez não por desinteresse, mas sim, por motivos políticos.


Em 1948, durante um torneio de esgrima realizado na cidade de Nice, na França, os mesmos militares que haviam tentado em 1946 recriar a idéia do General Pershing, voltaram à carga e desta vez, obtiveram sucesso.


Mas foram precisos longos 49 anos, até que em 1995, a cidade de Roma sediou a primeira grande competição.


De lá para cá, o número de países filiados ao CISM aumentou, o número de atletas a cada evento se supera e a quantidade de pessoas já ultrapassa em muito, os 500.000 espectadores de Roma.


Pois bem, essa é mais uma vitória do Brasil, no âmbito do esporte, mas infelizmente, sem o mesmo oba, oba...


Por que será?

quarta-feira, outubro 28, 2009

Nós vamos para África!

Imagem: Femexfut

Chamem o psiquiatra... Rápido!

A conversa entre rubros e alvinegros na reta final da Série B, aqui em Natal, só não é mais hilária por ser 100% idiota...


Nem Alfred Jarry, autor de Ubu Rei e considerado o criador do teatro do absurdo, nem qualquer paciente da Casa de Saúde de Natal, conseguiria entabular um diálogo mais surrealista...


Parece conversa de dois pacientes terminais numa UTI e que, para se sentirem melhor, produzem as seguintes sandices:


- Alvinegro: “Eu vou morrer, mas você vai comigo!


- Alvirrubro: Hehehehe... Mas você vai primeiro que eu!


- Alvinegro: Posso até ir, mas vou ficar feliz por saber que você vai sofrer uns dias mais!

As instituições se preparam para 2016: as formais e as informais...

Charge: Camaleão

Juventude 0x1 Bahia e Bragantino 2x1 América...

Que noite complicada foi a de ontem, não?


No Rio Grande do Sul, mais precisamente em Caxias, o Juventude que precisava vencer e aí, descansar, não venceu, não vai descansar e além de se complicar, complicou o América, rebaixou o Campinense que agora está a oito pontos do Bahia, deixou o ABC sem saída: ou vence o Paraná ou cai e, vai fazer o Fortaleza sair para cima do Vasco de qualquer maneira...


Enfim, sozinho, o Juventude fez um estrago tão grande que em condições normais, seria impensável.


Já o Bahia, ou decola agora, ou volta mesmo para a Série B...


O tricolor tem dois jogos seguidos em casa: Fortaleza e Vila Nova, precisa vencer os dois, chegar aos 44 pontos e depois, tentar arrancar ao menos um empate, frente à Ponte Preta, Guarani ou Atlético Goianiense...


Mas e o Juventude?


Tem 40 pontos e, enfrenta o Vasco, o São Caetano, a Portuguesa, o Atlético e termina com o Guarani...


Molinho não?


Também acho!


Mas e o América?


Ah...


Jogou bem, foi taticamente perfeito, mas...


Perdeu!


E perdeu de virada...


Isso mesmo fez um gol com um minuto de jogo e tomou dois em 12 minutos...


Ambos de cabeça e sem que o Rodolfo esboçasse qualquer tentativa de sair debaixo dos confortáveis três paus.


Em 53 anos de vida, só vi dois goleiros baixinhos que podiam ser assim chamados: Andrada do Vasco e o Sanches do Campo Grande, todo o resto fazia o que faz qualquer goleiro mediano: ficava embaixo do gol e pegava umas bolinhas fáceis e outras complicadas...


O Andrada viveu do futebol e hoje é dono de uma banca de revistas em Buenos Aires e o Sanches era rico, parou quando encheu o saco de treinador enganador e dirigente picareta.


Hoje é formado e vive muito bem no Rio, continua baixinho, mas isso nunca lhe atrapalhou.


Mas voltando ao assunto que interessa...


O América perdeu de 2x1, retornou a zona de rebaixamento, tem 36 pontos e vai a partir de agora, ter ganhar do Vila Nova, do Figueirense, do Vasco, do Ipatinga e do Ceará...


Depois, é só torcer para que nem Bahia, nem Juventude, nem Duque de Caxias, nem Ipatinga, nem Brasiliense e nem Vila Nova vençam...


Só isso...


Simples assim...


Terça feira chatinha essa!


Desculpem quase esqueço: um amigo empresário e próximo ao Bragantino, me ligou antes do jogo e disse: "As malas chegaram, a do Fortaleza trouxe 20 mil reais, a do Bahia não me deixaram ver"!

segunda-feira, outubro 26, 2009

A expectativa, a cofirmação e a vibração...

Imagem: UEFA.com



Imagem: UEFA.com

Para Kleber e Marcelo Régis...

Meu caro Kleber,


Sinto me honrado com seu convite, principalmente pelo fato que seu filho se fará presente...


Aceito sim, terei o maior prazer de compartilhar com você e seu filho, um bom bate papo.


É só marcar dia e hora.


Caro Marcelo,


Vou lhe responder, mas acho que a galera não vai ficar muito feliz, pois o assunto foge da proposta do blog...


Mas como acho que nenhuma pergunta deve ficar sem resposta, vou lhe responder: só lhe peço um pouco de paciência, pois ando precisando colocar umas coisas em dia.

Equanto isso na Série B....

Charge: Brumm

No futebol, o primeiro a sair do barco que a funda é o comandante...

Flavio Lopes é o novo treinador do Ipatinga...


Vai comandar a equipe mineira nos últimos seis jogos da Série B e, segundo a imprensa de Minas Gerais, preparar um projeto visando 2010.


Até aí, tudo bem, tudo normal no estranho mundo da bola, onde que é ruim aqui é bom lá e vice versa, mas achei curioso o fato de que tanto Arthur Neto, quanto Flavio Lopes não ficaram sequer 12 horas desempregados – estou com impressão que por considerarem a naus potiguares barcos furados, bastou um telefonema com uma proposta e ambos se lançaram ao mar e a nado mesmo caíram fora.


Ou não?

Tenho certeza de que caiu aqui...

Imagem: Picture Alliance

Betinho é o auxiliar técnico de Didi Duarte no ABC...

Didi Duarte assumiu o ABC e levou com ele, o professor Gilberto Lima, o Betinho.


Didi e Betinho conhecem profundamente as “vilas, vielas, ladeiras e becos” do nosso futebol e, por isso, sabem com quem podem e com quem não podem contar.

Senhor Grafite; boa tarde e passe bem!

Imagem: Picture Alliance

Didi Duarte assume o ABC e vai tentar o imossível...

Didi Duarte é o novo treinador do ABC, assume no lugar de Flávio Lopes, que após a derrota para o Guarani, “pediu o boné” ou entregaram a ele (na verdade tanto faz).


Aviso aos navegantes: sou amigo de Didi Duarte, tenho por ele profundo respeito pessoal e profissional, mas, além disso, gosto muito de sua família e posso garantir que Didi é um homem de sorte, pela esposa que possui e pelos filhos que dela recebeu.


Didi que até então, exercia a função de comentarista esportivo na FM 98, vinha conquistando a cada transmissão, uma fatia maior na preferência dos ouvintes...


Sereno, honesto, conhecedor do mundo da bola por dentro e por fora, Didi dava aulas de bom senso e começava a fazer escola, num meio onde muita gente dela precisa, mesmo tendo freqüentado os bancos das universidades de comunicação.


Porém, creio que o coração do “boleiro” falou mais alto diante do convite do ABC, a saudade de estar novamente entre os seus, prevaleceu e o rádio acabou perdendo uma voz lúcida e descompromissada – infelizmente para todos nós.


Sobre a missão de Didi à frente do ABC nas últimas seis partidas da Série B, pouco há o que dizer, já que qualquer ser lúcido e desprovido de cega paixão, sabe que se trata de um duelo entre um homem armado com um calibre 38, contra 6, portanto .40 e AK 47 – Didi é só Didi e não James Bond.


Mas vou torcer por ele, vou esperar que derrube ao menos uns 3 e, que depois, o deixem tentar colocar ordem numa casa que se ordenada, tem tudo para se tornar competitiva e vitoriosa – mas, confesso, tenho minhas dúvidas, afinal, estamos no Brasil e no Brasil, nada é mais mutante que as intenções dos homens.


Para encerrar, quero deixar claro que minha amizade com Didi, não está condicionada a elogios e nem tão pouco a vitórias ou derrotas – Didi para mim sempre será um homem de bem, perdendo ou ganhando, salvando ou não o ABC.

domingo, outubro 25, 2009

Mostrando serviço na frente do treinador...

Imagem: Picture Alliance

Resposta ao leitor Kleber...



Comentário do leitor Kleber:


Caro Fernando,

O que este cara queria?

Que a Diretoria do América estendesse um tapete verde/rubro para que esses paulistas que se acham superiores desfilassem pelo Machadão.


Fez bem a nossa Diretoria, em casa quem manda somos nós!!!


E fora não podemos nos acovardar.


Quando jogamos fora somos recebidos e recepcionados de

que forma?


Esses caras não passam de uns paulistas arrogantes com complexo de superioridade, que ao verem a sua inferioridade dentro de campo, em razão da nossa superioridade, ficam procurando justificar a goleada aplicada pelo Mecão com mentiras e grosserias.


Vejam eles o que foi dito pelo treinador do time deles nas entrevistas concedidas.


Quando o Abc, para ser gentil, colocou faixa de boas vindas para o Ceará todos lembram o resultado!!!!


Naquele episódio a direção do nosso adversário deu

uma demonstração de medo e inferioridade em relação ao time do Ceará.


Futebol é uma guerra, no bom sentido, e em guerra não existe troca de gentilezas.


Gostaria que você comentasse o que escrevi.


Saudações.


Kleber.




Imagem: Bundesarchiv


Imagem: Bundesarchiv




Resposta:


Caro Kleber,

Tenho quase certeza de que você não concordará com quase tudo que vou escrever, mas vou tentar argumentar com base numa afirmação sua...


No final do seu texto, você afirma o seguinte: “futebol é uma guerra, no bom sentido, e em guerra não existe troca de gentileza”.


A frase por si só é contraditória, pois nenhuma guerra pode ter um bom sentido, já toda guerra tem por objetivo a submissão ou destruição do oponente.


Por outro lado, a afirmação de quem em guerra não existe gentileza, não é verdadeira – a história nos mostra que mesmo numa situação onde o ódio, a raiva, o medo e a insanidade imperam, é possível sim, atos humanos e gentis...


As fotos que postei, tem a intenção de lhe mostrar que isso é possível...


A primeira foto mostra um soldado soviético ferido caído ao solo e, segurando sua cabeça e lhe dando água, está um soldado alemão...


Esta foto foi batida em Kursk, durante a maior e mais violenta batalha de blindados da segunda grande guerra mundial.


Só para que você tenha uma idéia, a União Soviética perdeu 177.847, mil soldados e os alemães, 56.000 homens, nessa batalha.


Tudo isso, em escassos 18 dias de combate.


Mas como você mesmo afirma guerra não é lugar para gentilezas e sim, campo fértil para a violência desmedida e cruel, mas essas fotos provam o contrário e se você me permite vou lhe explicar a razão...


O soldado alemão, pertence à Panzergrenadier Totenkopf da Waffen SS, conhecida por sua bravura, ferocidade, destemor, violência e crimes de guerra.


Os Totenkopf foram organizados originariamente para serem guardas dos campos de concentração, mas com o decorrer da guerra, acabaram se tornando uma unidade de combate.


Diante desse histórico e sabendo do desprezo que o regime nacional-socialista tinha para com os eslavos, era pouco provável que tal cena se verificasse principalmente numa batalha de tamanhas proporções...


Mas a cena aconteceu e ficou registrada...


Por quê?


Que razão teria um Totenkopf para se agachar diante de um eslavo (russo) ferido e de alguma maneira lhe dar algum conforto?


Nada lhe aconteceria se mirasse seu fuzil para o homem caído e atirasse...


Mas esse soldado não o fez e, não fez, creio eu, por uma única razão...


Havia nele humanidade.


Havia nele sentimento de misericórdia, havia bondade em sua alma...


Na segunda foto, vemos uma médica soviética, tratando da mão ferida de um soldado alemão também do Waffen SS, e, saiba você, os soviéticos não tinham nenhuma simpatia por essas tropas, era comum matá-los, sem maiores cerimônias, mas a jovem médica russa, não pensava assim...


Por quê?


Por duas razões penso eu...


Sua missão como médica era salvar vidas e não tirá-las e, havia nela compaixão, havia nela um coração bom.


Naquele momento, ela não era uma comunista ou uma mulher eslava diante do invasor “ariano” que se propunha a escravizá-la...


Naquele momento, ela certamente olhou e viu apenas um homem derrotado, assustado e sabedor de que seu futuro era incerto.


Portanto, meu caro Kleber, é possível sim ser gentil, humano, educado e decente, mesmo diante do mais vil dos mundos...


Não necessariamente, todos os Totenkopf fossem maus, brutais e cruéis, não necessariamente, todos os soviéticos compartilhavam com a crueldade de certas ordens...


Existem registros no exército alemão, soviético, americano, inglês e italiano, de soldados que formavam pelotões de fuzilamento, que atiraram sobre a cabeça dos condenados, evitando que a bala de seu fuzil atingisse a vítima.


Poderia gastar mil folhas falando de atos nobres de combatentes, assim como seria fácil encher outras mil, com atrocidades e desumanidades...


Não sei sua idade, não sei se em seu peito bate um coração jovem e ainda repleto de certezas que certamente a idade irá desvanecer, mas espero que você perceba que estamos tratando apenas de um esporte, nada mais que isso...


Temos sim a obrigação de tratar bem nossos adversários (os ingleses dizem que são concorrentes e eu, concordo com eles), assim como temos que exigir tratamento recíproco...


Não devemos permitir que o futebol se transforme num campo de batalha dominado por insanos, pois o esporte existe para o nosso prazer e não creio, que nem você, nem eu e nem a grande maioria das pessoas sintam prazer em humilhar, ferir ou tirar a vida de ninguém por algo tão banal.


Sobre os paulistas, serem arrogantes... Pense bem: todos somos!


Basta que estejamos numa situação de superioridade, para que a arrogância nos tente e na maioria das vezes, nos domine...


A diferença é que existe uma escolha, tanto para você quanto para mim: podemos ser o soldado ou a médica das fotos, mas podemos também, ser aquele que puxa o gatilho sem nenhum remorso, apenas por considerar que é mais fácil estar do lado da maioria.


Desculpe se me alonguei.

Trator...

Imagem: Picture Alliance

Resposta ao leitor Fernando Palhano...

Comentário do leitor Fernando Palhano.


Fernando, como diria Orlando Lero, não captei sua mensagem. O que tem o técnico rubro com Mourinho?!


Passei por outros blogs e vi uma certa discussão sobre isso, acho uma besteira sem tamanho.
Gostei muito da postagem sobre sua conversa com Dinamite.


Abraço,


Fernando Palhano


Resposta:


Caro Fernando Palhano,


Obrigado por deixar seu comentário.


Muito bem, como você parafraseou o grande Rolando Lero, saudoso personagem da saudosa escolinha do professor Raimundo, ao afirmar não ter captado minha mensagem, explico:


Na verdade o que fiz ao postar a foto do treinador José Mourinho e intitular a postagem de “José Mourinho tenta contato telepático com Francisco Diá”, foi um sutil ironia não como o treinador Diá, mas sim, com alguns colegas da imprensa que de forma afoita e repleta de simpatia pessoal, fazem rasgados e exagerados elogios ao Diá.


Tenho procurado conversar com alguns jogadores que trabalharam como citado treinador, procurei algumas pessoas ligadas ao América e pude colher algumas informações que julgo importantes...


Diá é visto pelos jogadores com admiração, todos foram unanimes em afirmar que ele consegue ser claro em suas instruções e, suas preleções são consideradas por todos que ouvi como “empolgantes”...


As pessoas que lidam com Diá fora do campo e que observam seu trabalho nos treinamentos corroboram com a opinião dos jogadores.


Pessoalmente, não discordo que Diá tenha conhecimento sobre o assunto, o considero como um sujeito moldado para a função e que tem um olhar clinico para descobrir bons valores.


Certa vez conversando com o próprio Diá, lhe disse: “Diá, você tem tudo para decolar, mas precisa aprender a controlar sua língua, você é “bocão” e isso, nem sempre é razoável”.


Ele concordou, mas replicou dizendo: “tudo o que digo é verdade, por isso, tem uns caras que não gostam”.


E eu encerrei a conversa dizendo: “Diá, a verdade é a forma mais fácil de você magoar as pessoas, elas detestam a verdade, pois a verdade desnuda e deixa a mostra às imperfeições”.


Paramos por aí.


Portanto, não houve de minha parte nenhuma tentativa de depreciar Diá, aliás, o trabalho que ele vem fazendo no América é digno de aplausos e elogios, mas daí, deixar que a convivência pessoal, a amizade ou até mesmo a vontade de vê-lo alçando vôos mais altos se transformem em exagero, vai uma longa e imensa distancia.


Diá ainda tem muito caminho a percorrer, precisa conquistar títulos, precisa atravessar a fronteira, precisa aprender a lidar com determinadas situações com mais habilidade e, acima de tudo, precisa de criticas que o façam ampliar seus horizontes.


Sei que o Rio Grande do Norte anseia por heróis, sei que o nosso futebol necessita de “vingadores” que lavem com gols e sucesso nossa honra, mas também sei que a vida não dá saltos e nem se move pelo simples desejo que as coisas sejam como nós desejamos...


Diá, assim como Wallyson, tem méritos e qualidades, mas antes de serem alçados ao Olímpo, precisam fazer bem mais do fizeram até aqui.


Um forte abraço e obrigado por ser um leitor desse espaço.

Deixa que eu seguro ele...

Imagem: Picture Alliance

Resposta ao leitor Carlos Henrique...

Comentário do leitor Carlos Henrique:



Permita-me também discordar dessa lista. Como você bem citou Galatasaray x Fenerbahçe é um dos clássicos de maior rivalidade do mundo, mas isso se estende apenas ao campo esportivo. O maior clássico do mundo é Celtic x Rangers, da Escócia, por não só englobar a rivalidade no futebol em si, mas questões étnicas, ideológicas e religiosas. Uma publicação sobre o "Old Firm" está em meu blog, que explica melhor o assunto.


Carlos Henrique.


http://futebolhistoria.blogspot.com


Resposta:


Amigo Carlos Henrique,


Permito sim que você discorde da lista e, permito por um simples razão: a lista não é minha e sim, do Site Football Derbies, site europeu e que, deve conhecer bem o assunto que trata.


Mas, agora, sou eu que lhe pede permissão para um pequeno comentário: sobre o fato da rivalidade entre o Galatasaray e Fenerbahçe, ficar resumida apenas ao campo esportivo, tenho cá minhas dúvidas, pois me faltam dados estatísticos sobre o resultado dos confrontos entre as duas torcidas antes e depois dos jogos, além, é claro, dos confrontos em locais distantes dos estádios.


Nós no Brasil costumamos analisar certas situações baseados na nossa visão de mundo, conhecemos pouco história e, por conseguinte, desconhecemos os porquês de certos acontecimentos que movem outros povos.


Aqui, se imagina os turcos como árabes, não são!


Os turcos têm sua origem em tribos nômades que vagavam pela Ásia central e que, posteriormente, se instalaram no que hoje é o território do Uzbequistão, para dali, partir em direção as terras do ocidente em busca de conquistas.


Apesar da mesma origem, um turco seljúcida, não é a mesma coisa que um turco oguze, assim como, grupos menores desse mesmo povo, não seguem os mesmos caminhos.


O país é um misto de tradições otomanas, européias e islâmicas e isso se reflete em todos os setores da vida turca...


O Galatasaray reflete a Turquia que deseja ser moderna e ocidental e o Fenerbahçe, representa a necessidade de se manter valores tradicionais religiosos e históricos...


Para um povo como o brasileiro, essas coisas não tem muito valor, para eles, pode significar guerra ou paz.


Mas concordo com você, que Rangers e Celtic, estão acima do jogo puro e simples e, tanto é verdade, que se você ler com atenção verá que fiz a observação que para a polícia européia, principalmente, a inglesa, irlandesa, galesa e da província do ulster, esse é o clássico com maior risco de confrontos violentos.


Li seu blog e li sobre o assunto, assim como, li o livro de Franklin Foer, “Como o Futebol Explica o Mundo”...


Tanto você, como Foer, mostram com clareza as tensões que envolvem o maior clássico do futebol mundial.

Mais fácil, impossível...

Imagem: Picture Alliance

Guarani 1x0 ABC... Agora só resta a fé, pois a razão diz não!

Ontem à tarde, a rodada número 32 da Série B, teve seu encerramento e, se sexta-feira os gols foram abundantes, sábado a usura marcou a rodada...


Porém, mais uma vez o ABC perdeu e mais uma vez o discurso foi o mesmo: “o ABC jogou bem, merecia melhor sorte e blá, blá, blá”...


Creio que a repetição da ladainha, acaba tornando a meia verdade numa verdade inteira, mas será mesmo que o sofisma é o caminho?


Se uma equipe tem um excelente desempenho e perde, não seria lógico pensar que o adversário teve algum mérito?


Imagino que quando reconheço o mérito do adversário, elevo meu próprio desempenho, pois ao considerar que a derrota é fruto apenas dos erros que cometi, estou admitindo minha própria incompetência diante de um oponente frágil que só me venceu porque assim o permiti (preciso melhorar meu nível intelectual, ando cartesiano demais nos últimos tempos).


Não vou perder tempo dissecando o cadáver, tem gente na crônica mais qualificada que eu para a tarefa, mas vou fazer alguns questionamentos...


Flávio Lopes erra?


Por certo erra...


Mas é ele o responsável por todas as derrotas?


Claro que não!


Tenho percebido algumas inconsistências e incongruências nas criticas ao treinador...


Alguns dizem que ele deveria jogar assim ou assado...


Que deveria entrar com essa ou aquela formação...


Que teria que ousar mais...


E por fim, que fulano e sicrano são melhores jogando no lugar de beltrano...


Mas...


Logo a seguir, os críticos se contradizem e afirmam: “se a equipe fosse mais qualificada, esse ou aquele jogo, teria sido diferente”...


Hora, se a equipe não está qualificada para a disputa como exigir do treinador ousadia?


Como pedir variações sobre um mesmo tema, se os músicos são fracos?


Como querer afinação, numa banda cuja qualificação é inferior?


Por outro lado, vejamos:


O ABC jogou 32 partidas, conquistou 31 pontos (menos de um ponto por jogo)...


Venceu nove vezes, empatou quatro vezes e perdeu 19 jogos... (são números, não opinião)


Marcou 30 gols (novamente, menos de um gol por partida) e sofreu 55 (quase três gols por jogo)


Essa é a campanha alvinegra...


Como então, querer que uma equipe que apresente esses números, possa fazer mais?


Como imputar ao treinador solitariamente a débâcle?


Flavio tem sua quota de responsabilidade sim, mas muitos outros devem responder solidariamente junto com ele.


Sobre as chances de permanência, digo o seguinte:


Ninguém deve se preocupar com os tais 46, 45, 44 ou 43 pontos...


Pois se a permanência estiver apenas condicionada a esses números, não há com escapar...


Para atingir 46 pontos, serão necessárias cinco vitórias em seis jogos...


Os 45 pontos só podem ser alcançados com quatro vitórias e dois empates...


Já os 44 pontos, dependem quatro vitórias e um empate...


E finalmente, os 43 pontos, só serão alcançados com quatro vitórias...


É claro que existem umas poucas variantes, mas o espaço de manobra para elas é tão pequeno, que sequer as considerei...


Portanto, a única saída plausível é: vencer e torcer para que América e Bahia não vençam, pois os cinco pontos que separam o ABC do América e os quatro que o distanciam o alvinegro dos tricolores, são em tese, mais fáceis de superar que os 12, 13, 14 ou 15 pontos tidos como a salvação...


Para quem acredita em milagres, ou é afeito a jogos de risco, as últimas rodadas serão um prato cheio e saboroso.

sábado, outubro 24, 2009

Se é para sair do gol, saia para decidir...

Imagem: Picture Alliance

Galatasaray x Fenerbahçe - Welcome to Hell!

Uma rivalidade levada ao limite, cujo resultado final é a violência desmedida que se espalha pelo campo e se alastra pelas arquibancadas...


Galatasaray e Fenerbahçe é o maior clássico do futebol turco e chega a ser considerado o clássico de maior rivalidade do mundo.


Istambul é dividida pelo estreito de Bósforo, que conecta o Mar de Mármara e o Mar Negro e fisicamente, separa a Europa da Ásia.


Capital do Império Romano do Oriente e do Império Otomano, Istambul era chamada pelos romanos de Bizâncio, depois, passou a ser conhecida por Constantinopla e no Império Otomano, recebeu a denominação de Istambul.


Hoje a cidade não é mais a capital da Turquia (Ancara tomou seu lugar), mas ainda é o centro cultural, universitário, industrial e econômico do país...


Galatasaray e Fenerbahçe dividem os seus 11.322.000 habitantes, quase ao meio e como a cidade, cada um ocupa um lado do Bósforo...


O estádio Ali Sami Yen do Galatasaray (conhecido como “inferno”) fica do lado europeu da capital e o estádio Sükrü Saraçoglu do Fenerbahçe, está do lado asiático.


Fundado em 1905 por estudantes, o Galatasaray Spor Kulübü, primeiro foi batizado de Glória, depois, Coragem, mas numa partida alguns adeptos chamaram os jogadores de “Galata Sarayi Efendilen” (Senhores do Palácio da Cidade) e então, surgiu o Galatasaray.


Já o Fenerbahçe Spor Kulübü foi fundado em 1907 e durante seus primórdios manteve suas atividades em completo segredo (como todos os clubes de futebol otomanas), pois as leis do Império Otomano proibiam que os jovens jogassem futebol, por ser um esporte das famílias inglesas.


Apenas em 1908, com a mudança na legislação, o futebol pode ser praticado livremente na Turquia.


A partir de então, Galatasaray e Fenerbahçe passaram a dominar o futebol turco e a disputa entre ambos, deixou de ser meramente um evento esportivo, para ser uma luta que beira o irracional e que quase sempre descamba para a violência.


O vídeo abaixo é apenas um dos muitos exemplos do que ocorre quando estas duas equipes se defrontam.


Segundo o site “Football Derbies” os dez clássicos de maior rivalidade no mundo são os seguintes:


01 – Fenerbahçe x Galatasaray (Turquia)

02 – River Plate x Boca Juniors (Argentina)

03 – Celtic x Rangers (Escócia) – A polícia européia considera esse, o clássico de maior risco.

04 – Olympiacos x Panathinaikos (Grécia)

05 – Estrela Vermelha x Partizam Belgrado (Sérvia)

06 – Genoa x Sampdoria (Itália)

07 – Roma x Lazio (Itália)

08 – Benfica x Sporting (Portugal)

09 – Palmeiras x Corinthians (Brasil)

10 – Wydad Casablanca e Raja Casablanca (Marrocos)