domingo, outubro 25, 2009

Resposta ao leitor Fernando Palhano...

Comentário do leitor Fernando Palhano.


Fernando, como diria Orlando Lero, não captei sua mensagem. O que tem o técnico rubro com Mourinho?!


Passei por outros blogs e vi uma certa discussão sobre isso, acho uma besteira sem tamanho.
Gostei muito da postagem sobre sua conversa com Dinamite.


Abraço,


Fernando Palhano


Resposta:


Caro Fernando Palhano,


Obrigado por deixar seu comentário.


Muito bem, como você parafraseou o grande Rolando Lero, saudoso personagem da saudosa escolinha do professor Raimundo, ao afirmar não ter captado minha mensagem, explico:


Na verdade o que fiz ao postar a foto do treinador José Mourinho e intitular a postagem de “José Mourinho tenta contato telepático com Francisco Diá”, foi um sutil ironia não como o treinador Diá, mas sim, com alguns colegas da imprensa que de forma afoita e repleta de simpatia pessoal, fazem rasgados e exagerados elogios ao Diá.


Tenho procurado conversar com alguns jogadores que trabalharam como citado treinador, procurei algumas pessoas ligadas ao América e pude colher algumas informações que julgo importantes...


Diá é visto pelos jogadores com admiração, todos foram unanimes em afirmar que ele consegue ser claro em suas instruções e, suas preleções são consideradas por todos que ouvi como “empolgantes”...


As pessoas que lidam com Diá fora do campo e que observam seu trabalho nos treinamentos corroboram com a opinião dos jogadores.


Pessoalmente, não discordo que Diá tenha conhecimento sobre o assunto, o considero como um sujeito moldado para a função e que tem um olhar clinico para descobrir bons valores.


Certa vez conversando com o próprio Diá, lhe disse: “Diá, você tem tudo para decolar, mas precisa aprender a controlar sua língua, você é “bocão” e isso, nem sempre é razoável”.


Ele concordou, mas replicou dizendo: “tudo o que digo é verdade, por isso, tem uns caras que não gostam”.


E eu encerrei a conversa dizendo: “Diá, a verdade é a forma mais fácil de você magoar as pessoas, elas detestam a verdade, pois a verdade desnuda e deixa a mostra às imperfeições”.


Paramos por aí.


Portanto, não houve de minha parte nenhuma tentativa de depreciar Diá, aliás, o trabalho que ele vem fazendo no América é digno de aplausos e elogios, mas daí, deixar que a convivência pessoal, a amizade ou até mesmo a vontade de vê-lo alçando vôos mais altos se transformem em exagero, vai uma longa e imensa distancia.


Diá ainda tem muito caminho a percorrer, precisa conquistar títulos, precisa atravessar a fronteira, precisa aprender a lidar com determinadas situações com mais habilidade e, acima de tudo, precisa de criticas que o façam ampliar seus horizontes.


Sei que o Rio Grande do Norte anseia por heróis, sei que o nosso futebol necessita de “vingadores” que lavem com gols e sucesso nossa honra, mas também sei que a vida não dá saltos e nem se move pelo simples desejo que as coisas sejam como nós desejamos...


Diá, assim como Wallyson, tem méritos e qualidades, mas antes de serem alçados ao Olímpo, precisam fazer bem mais do fizeram até aqui.


Um forte abraço e obrigado por ser um leitor desse espaço.

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