domingo, outubro 25, 2009

Guarani 1x0 ABC... Agora só resta a fé, pois a razão diz não!

Ontem à tarde, a rodada número 32 da Série B, teve seu encerramento e, se sexta-feira os gols foram abundantes, sábado a usura marcou a rodada...


Porém, mais uma vez o ABC perdeu e mais uma vez o discurso foi o mesmo: “o ABC jogou bem, merecia melhor sorte e blá, blá, blá”...


Creio que a repetição da ladainha, acaba tornando a meia verdade numa verdade inteira, mas será mesmo que o sofisma é o caminho?


Se uma equipe tem um excelente desempenho e perde, não seria lógico pensar que o adversário teve algum mérito?


Imagino que quando reconheço o mérito do adversário, elevo meu próprio desempenho, pois ao considerar que a derrota é fruto apenas dos erros que cometi, estou admitindo minha própria incompetência diante de um oponente frágil que só me venceu porque assim o permiti (preciso melhorar meu nível intelectual, ando cartesiano demais nos últimos tempos).


Não vou perder tempo dissecando o cadáver, tem gente na crônica mais qualificada que eu para a tarefa, mas vou fazer alguns questionamentos...


Flávio Lopes erra?


Por certo erra...


Mas é ele o responsável por todas as derrotas?


Claro que não!


Tenho percebido algumas inconsistências e incongruências nas criticas ao treinador...


Alguns dizem que ele deveria jogar assim ou assado...


Que deveria entrar com essa ou aquela formação...


Que teria que ousar mais...


E por fim, que fulano e sicrano são melhores jogando no lugar de beltrano...


Mas...


Logo a seguir, os críticos se contradizem e afirmam: “se a equipe fosse mais qualificada, esse ou aquele jogo, teria sido diferente”...


Hora, se a equipe não está qualificada para a disputa como exigir do treinador ousadia?


Como pedir variações sobre um mesmo tema, se os músicos são fracos?


Como querer afinação, numa banda cuja qualificação é inferior?


Por outro lado, vejamos:


O ABC jogou 32 partidas, conquistou 31 pontos (menos de um ponto por jogo)...


Venceu nove vezes, empatou quatro vezes e perdeu 19 jogos... (são números, não opinião)


Marcou 30 gols (novamente, menos de um gol por partida) e sofreu 55 (quase três gols por jogo)


Essa é a campanha alvinegra...


Como então, querer que uma equipe que apresente esses números, possa fazer mais?


Como imputar ao treinador solitariamente a débâcle?


Flavio tem sua quota de responsabilidade sim, mas muitos outros devem responder solidariamente junto com ele.


Sobre as chances de permanência, digo o seguinte:


Ninguém deve se preocupar com os tais 46, 45, 44 ou 43 pontos...


Pois se a permanência estiver apenas condicionada a esses números, não há com escapar...


Para atingir 46 pontos, serão necessárias cinco vitórias em seis jogos...


Os 45 pontos só podem ser alcançados com quatro vitórias e dois empates...


Já os 44 pontos, dependem quatro vitórias e um empate...


E finalmente, os 43 pontos, só serão alcançados com quatro vitórias...


É claro que existem umas poucas variantes, mas o espaço de manobra para elas é tão pequeno, que sequer as considerei...


Portanto, a única saída plausível é: vencer e torcer para que América e Bahia não vençam, pois os cinco pontos que separam o ABC do América e os quatro que o distanciam o alvinegro dos tricolores, são em tese, mais fáceis de superar que os 12, 13, 14 ou 15 pontos tidos como a salvação...


Para quem acredita em milagres, ou é afeito a jogos de risco, as últimas rodadas serão um prato cheio e saboroso.

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