Não é tarefa fácil encontrar jornais em cidades menores, mesmo contando com Google, as dificuldades são muitas... Hoje queria postar no blog a visão da imprensa gaúcha, mais precisamente dos colegas de Caxias do Sul. Depois de muito procurar, achei o Jornal Pioneiro e a coluna do jornalista e radialista Gladir Azambuja. Deixo com vocês a visão deles sobre um jogo que para o Juventude, é tudo ou nada.
-------------------------------------------------------------------------------------------------
Jornal Pioneiro de Caxias...
Chegou a hora da reabilitação.
Se não ganhar neste domingo, Juventude atingirá a marca de 64 dias sem vitórias no Estádio Alfredo Jaconi.
Chegou a hora da reabilitação.
Se não ganhar neste domingo, Juventude atingirá a marca de 64 dias sem vitórias no Estádio Alfredo Jaconi.
-------------------------------------------------------------------------------------------------
Coluna do Gladir Azambuja
Assim Mesmo...
Vencer. Essa é a única alternativa para o Juventude. Conquistar três pontos domingo significará muito para o time. Conversei com vários atletas nessa semana e fiquei com a boa impressão que existe esse sentimento no grupo. Já é um sinal de conscientização. Reconhecer o mau momento e trabalhar em busca da mudança é o primeiro passo para uma virada. Todos falam em vencer de qualquer maneira. E é assim mesmo. Jogue bem ou mal - e a tendência mais uma vez é encontrar muitas dificuldades - tem que somar pontos. Pontos, no plural. Empate é tragédia. Vencer, de qualquer maneira.
Vencer é bom para o Juventude. Óbvio, você deve estar pensando. Mas poderá ser melhor ainda. Basta olhar além do próprio jogo. Time órfão de pontos se transforma em Geni: todo mundo perde o respeito e quer dá uma pedrada. Ou atirar bosta mesmo, como diz a letra de um dos clássicos de Chico Buarque. Depois do América, vem o Cruzeiro no Mineirão. O próprio time mineiro começou mal o campeonato e está correndo atrás de dias melhores. Aí, se depara com um lanterna, dentro do seu estádio. Ah, não vai dar outra. Vai para cima com tudo, sem o menor temor. Afinal, quem vai temer um lanterneiro? Esse é só um exemplo hipotético, criado para dar a dimensão da importância de vencer domingo.
Vencer, de qualquer maneira.
Aliás, tendo que encarar um time com três jogos e três derrotas, além de mostrar um futebol digno de quem caminha a passos largos para o inferno do rebaixamento, alguém imagina que o América não vai chegar aqui todo assanhadinho? E nunca é demais lembrar que na segunda rodada essa equipe comandada por Lori Sandri ganhou do Santos, na Vila Belmiro. Já está aí o primeiro reflexo do péssimo início do Juventude. Até o América de Natal, recém egresso da série B, vira sinônimo de apreensão. Mas eu tenho uma certeza: vitória domingo começa a mudar esse quadro.
Vencer, de qualquer maneira.
Destemido I
Histórias de pessoas vencedoras sempre passam pela superação de grandes obstáculos. Particularmente, sou um admirador dessas trajetórias e das mais diversas maneiras como são atingidos os objetivos um dia traçados pelo ideal de cada um destes indivíduos. Por vezes, cruzamos com alguns personagens quando estão dando os primeiros passos em direção à glória e naturalmente os desprezamos. Mas é bom prestar mais atenção nas pessoas que estão lutando por algo. Conversei com o atacante Cláudio, do Juventude, e fiquei impressionado com a sua desenvoltura. Completará 18 anos no próximo dia 28 de julho. Portanto, trata-se de um garoto. Pernambucano, nasceu em Santa Maria da Boa Vista, uma pequena cidade que fica há cerca de 10 horas de ônibus da capital, Recife. Aos cinco anos, foi morar com os avós em Petrolina e lá deu os primeiros passos no futebol. Recém adolescente, foi aprovado pelo Palmeiras e o destino o levou ao Parque Antarctica. Agora, está no sul do país, em meio a uma cultura totalmente diferente, há muitas centenas de quilômetros de casa, precisando deixar de lado as diferenças e lutar pelo seu espaço
Destemido II
Cláudio é um vencedor? Talvez no seu universo particular, já seja. Mas terá que lutar muito ainda para alcançar esse reconhecimento. Porém, fiz a referência a ele por que é disso que o Juventude está precisando agora: destemor. Para sair de um atoleiro como esse que se enfiou, o verdão vai necessitar de muita personalidade. A única forma de deixar para trás Santa Maria da Boa Vista, tão longe da capital e que rebaixa, é preciso começar a pontuar. Os primeiros pontos levarão o JU até Petrolina, que não dá nenhum prêmio especial, mas também não pune com uma queda para a série B. Depois, é ter competência e ousadia para chegar ao Parque Antárctica e buscar a glória de classificar-se para uma competição internacional. A história de Cláudio - mais uma, entre tantas do mundo do futebol - pode servir de inspiração para o próprio Juventude.
Vencer, de qualquer maneira.
Em Tempo
Já ia esquecendo: Cláudio está sendo testado por Flávio Campos e pode ser o companheiro de ataque de Da Silva no domingo. Que as duas histórias de fundam numa só e que o jovem pernambucano, de fala tranqüila e adulta, escreva mais uma página no seu livro particular, ajudando o Juventude a alcançar a tão necessária primeira vitória no Brasileirão.
Vencer, de qualquer maneira!
Nenhum comentário:
Postar um comentário