Li reli e preciso confessar, nunca tinha visto algo tão estapafúrdio em toda a minha vida. Terminado o jogo contra o Cruzeiro, Ricardo Bezerra informou que a direção do América iria se reunir na mesma noite e que nessa reunião estariam presentes os membros da comissão técnica para que algumas medidas fossem tomadas. Na imprensa as reações foram as mais diversas. Uns diziam que essa reunião só faria sentido se resultassem em medidas drásticas. Os defensores das soluções radicais, afirmavam que era preciso fazer uma “assepsia” no elenco americano (eu prefiro a palavra desinfecção) e que de quatro a cinco jogadores de alto nível deviam ser contratados com urgência. Os argumentos se baseavam na possibilidade de que com essas contratações o clube ainda pudesse sonhar com um décimo sexto ou décimo quinto lugar, garantindo assim sua permanência na primeira divisão. Por outro lado havia os que afirmavam que essa reunião seria definitiva, pois conheciam bem os dirigentes americanos e sabiam serem eles “vencedores” e capazes de dar a volta por cima (particularmente acho perigoso certo grau de intimidade com dirigentes). E havia a corrente a qual pertenço que afirmava ser esta reunião absolutamente inócua, pois o problema do América terminado o primeiro turno com apenas quinze pontos conquistados, não tinha mais solução. Na segunda feira (13/08) no programa de meio dia da Rádio Globo, Ricardo Bezerra informou que a reunião seria concluída até o final do dia e que assim que tivesse alguma informação passaria aos jornalistas... No final do dia os noticiários esportivos traziam as primeiras decisões e qual não foi meu espanto ao ouvir que: “Os dirigentes americanos estariam propensos a chamar alguns jogadores e negociar uma redução salarial”... Pensei, ouvi isso mesmo? Para confirma, esperei para ler o blog do Marcos Lopes (prefiro me pautar por colegas e ou gente menos influente nos clubes. Intimidade com dirigente é meio caminho andado para o descrédito) e pimba! Lá estava à confirmação, estão mesmo chamando seus craques para uma conversa sobre redução de salários e aumento de produtividade (mais empenho nas partidas no segundo turno). Caso os gestores americanos consigam reduzir a folha e escapar do rebaixamento, terão conseguido realizar o sonho acalentado por anos afio nos gabinetes refrigerados da FIESP, FIRJAN, FIERN e todas as federações de indústrias desse país. Receberão láureas da Fundação Getúlio Vargas e passarão a lecionar gestão de pessoal em todas as universidades do mundo.
Gustavo Carvalho poderá da tribuna da assembléia dizer: “Nunca antes na história desse país, um presidente de clube de futebol, conseguiu algo tão extraordinário”.
Nem Hayek imaginou algo tão radical...
Nem Hayek imaginou algo tão radical...
Um comentário:
Fernando, o América está na primeira com um time de terceira. Agora não tem mais volta.
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