Ainda sobre os que fazem da má fé, arma para justificar o injustificável. Ainda sobre os seguidores de Antístenes discípulo de Sócrates e Diógenes de Sínope. Esses pregadores ferozes insistem em sua tese de um complô anti nordeste como forma de explicar as derrotas e os fracassos dos clubes locais e esgrimem seus argumentos com a destreza dos melhores alunos de Protágoras. Transformam uma meia verdade em verdade absoluta e indiferentes a realidade,vomitam seu veneno contra tudo e contra todos, pois o veneno que expelem é na verdade o antídoto e a cortina de fumaça que protege seus senhores...
Nélson Rodrigues costumava dizer que: “No Brasil, quem não é canalha na véspera é canalha no dia seguinte”. Os homens e mulheres desse país têm dado razão ao anjo pornográfico.
E é em Nelson Rodrigues e seu irmão Mário Filho que vou me ater. Nélson entre tantas coisas foi o maior cronista do futebol brasileiro, foi quem melhor encarnou a paixão desabrida por um clube e o fez sem nenhum pudor, sem nenhum remorso. Para ele o Fluminense era a encarnação da felicidade, seus jogadores eram predestinados e as três cores que traduzem tradição eram infinitamente mais atraentes que qualquer arco-íris. Nelson não era analista, não era comentarista, era torcedor... Sua famosa coluna “A sombra das chuteiras imortais”, justificava toda e qualquer derrota, glorificava toda e qualquer vitória, mesmo a mais modesta. Nelson não mentia, não se utilizava de filigranas e nem de uma pseudo erudição. Nelson era erudito. Esse homem polemico e sem medo de expressar suas opiniões, transformou-se num símbolo da alma carioca e de seu futebol. Mesmo depois de sua morte, ainda se faz forte sua presença, não só na alma tricolor, mas na própria maneira de ser do carioca.
Seu irmão Mário era outro destemido, foi um dos primeiros a perceber que o jornalismo esportivo era um filão que valia a pena ser explorado... Foi ele quem abriu as páginas de jornal para o futebol, foi ele que com uma linguagem simples e direta trouxe as massas para perto do jogo. Suas matérias descreviam as partidas, contavam em detalhes cada lance e os jogadores passaram a ser tratados como celebridades. Mario popularizou o esporte, escancarou as portas dos clubes e desvendou seu cotidiano. Em 1936, comprou de Roberto Marinho o Jornal dos Sports e passou a influenciar diretamente na popularização do futebol. Criou os Jogos da Primavera, os Jogos Infantis, o Torneio de Pelada do Aterro do Flamengo e o Torneio Rio São Paulo (embrião do atual campeonato brasileiro de futebol). O remo, o turfe, o basquete, o vôlei e outros esportes receberam da redação do jornal, a mesma atenção e apoio. Mario Filho, “inventou” a imprensa esportiva no Brasil.
Mas sua grande luta foi contra o então vereador Carlos Lacerda que defendia a construção de um estádio novo e moderno em Jacarepaguá para a Copa do Mundo de 1950. Mario através de seu jornal conseguiu convencer a população carioca que o melhor lugar para o novo estádio era no bairro do Maracanã, exatamente no terreno do antigo Derby Club. Além disso, pregou que o novo estádio deveria ser o maior do mundo, comportando cerca de 150 mil espectadores.
Mário Rodrigues Filho, foi o responsável pelo glamour do futebol do Rio de Janeiro, foi seu maior divulgador e intransigente defensor. Mário Rodrigues Filho lutou pela construção do maior símbolo do futebol desse país, o Maracanã... E não foi por acaso que seu irmão Nelson, o chamou de o “criador de multidões”.
A ironia dessa história, é que Nelson Rodrigues e Mario Rodrigues Filho não nasceram no Estado do Rio de Janeiro. São nordestinos nascidos em Recife e nunca foram discriminados, desrespeitados ou tratados com desdém. Muito pelo contrário, são e serão para sempre os filhos de Mário e Maria que saídos de Pernambuco, conquistaram uma cidade, um estado e um povo...
Infelizmente para os pregadores da separação e do ódio, muitos nordestinos de valor fizeram o mesmo por onde passaram.
Nélson Rodrigues costumava dizer que: “No Brasil, quem não é canalha na véspera é canalha no dia seguinte”. Os homens e mulheres desse país têm dado razão ao anjo pornográfico.
E é em Nelson Rodrigues e seu irmão Mário Filho que vou me ater. Nélson entre tantas coisas foi o maior cronista do futebol brasileiro, foi quem melhor encarnou a paixão desabrida por um clube e o fez sem nenhum pudor, sem nenhum remorso. Para ele o Fluminense era a encarnação da felicidade, seus jogadores eram predestinados e as três cores que traduzem tradição eram infinitamente mais atraentes que qualquer arco-íris. Nelson não era analista, não era comentarista, era torcedor... Sua famosa coluna “A sombra das chuteiras imortais”, justificava toda e qualquer derrota, glorificava toda e qualquer vitória, mesmo a mais modesta. Nelson não mentia, não se utilizava de filigranas e nem de uma pseudo erudição. Nelson era erudito. Esse homem polemico e sem medo de expressar suas opiniões, transformou-se num símbolo da alma carioca e de seu futebol. Mesmo depois de sua morte, ainda se faz forte sua presença, não só na alma tricolor, mas na própria maneira de ser do carioca.
Seu irmão Mário era outro destemido, foi um dos primeiros a perceber que o jornalismo esportivo era um filão que valia a pena ser explorado... Foi ele quem abriu as páginas de jornal para o futebol, foi ele que com uma linguagem simples e direta trouxe as massas para perto do jogo. Suas matérias descreviam as partidas, contavam em detalhes cada lance e os jogadores passaram a ser tratados como celebridades. Mario popularizou o esporte, escancarou as portas dos clubes e desvendou seu cotidiano. Em 1936, comprou de Roberto Marinho o Jornal dos Sports e passou a influenciar diretamente na popularização do futebol. Criou os Jogos da Primavera, os Jogos Infantis, o Torneio de Pelada do Aterro do Flamengo e o Torneio Rio São Paulo (embrião do atual campeonato brasileiro de futebol). O remo, o turfe, o basquete, o vôlei e outros esportes receberam da redação do jornal, a mesma atenção e apoio. Mario Filho, “inventou” a imprensa esportiva no Brasil.
Mas sua grande luta foi contra o então vereador Carlos Lacerda que defendia a construção de um estádio novo e moderno em Jacarepaguá para a Copa do Mundo de 1950. Mario através de seu jornal conseguiu convencer a população carioca que o melhor lugar para o novo estádio era no bairro do Maracanã, exatamente no terreno do antigo Derby Club. Além disso, pregou que o novo estádio deveria ser o maior do mundo, comportando cerca de 150 mil espectadores.
Mário Rodrigues Filho, foi o responsável pelo glamour do futebol do Rio de Janeiro, foi seu maior divulgador e intransigente defensor. Mário Rodrigues Filho lutou pela construção do maior símbolo do futebol desse país, o Maracanã... E não foi por acaso que seu irmão Nelson, o chamou de o “criador de multidões”.
A ironia dessa história, é que Nelson Rodrigues e Mario Rodrigues Filho não nasceram no Estado do Rio de Janeiro. São nordestinos nascidos em Recife e nunca foram discriminados, desrespeitados ou tratados com desdém. Muito pelo contrário, são e serão para sempre os filhos de Mário e Maria que saídos de Pernambuco, conquistaram uma cidade, um estado e um povo...
Infelizmente para os pregadores da separação e do ódio, muitos nordestinos de valor fizeram o mesmo por onde passaram.
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