Por Jefferson Honorato
Estudante de Jornalismo / UFRN.
Cada vez mais o torcedor comum, o apaixonado pelo esporte bretão, tem mais motivos para se afastar dos estádios e deixar de gostar do futebol.
Não que eu seja um pessimista, mas se você é assim como eu: um amante do futebol, não apenas do seu clube do coração, se você aprecia este esporte de uma forma mais ampla: analisa taticamente as equipes, sabe de cor o nome de jogadores não tão famosos e gosta não apenas daqueles jogos que são vendidos pela grande mídia como produtos para a grande massa, Para nós o Futebol está cada vez mais “sem graça”.
Se um dia o futebol brasileiro se libertar e não ser mais refém de uma emissora de televisão, que já foi capaz de impor uma final de campeonato brasileiro às 16h00minhs de uma quarta-feira para não atrapalhar sua programação (CB98: Corinthians x Cruzeiro), Se um dia o futebol se libertar de “jornalistas” que cobram propina par falar bem deste ou aquele diretor / clube e não expor seus defeitos, se não tivermos mais um presidente de confederação Ricardão que, com suas atitudes, mais parece com o personagem de Marlon Brando em “o poderoso chefão” aí talvez recuperemos o tesão pelo futebol.
Se um dia o futebol brasileiro se libertar de presidentes de clubes mafiosos, que tramam à surdina e conchavam entre eles, articulando contra aqueles que fazem oposição ao “poderoso chefão”, se ficarmos livres de diretores de futebol que cobram porcentagem em cima de salários de jogadores para indicá-los aos treinadores de seus clubes, aí sim conseguiremos enxergar novamente a bendita graça no futebol.
Se um dia o futebol brasileiro não mais tiver “torcidas” que se dizem organizadas (não são todas), mas na verdade servem para delinquentes se juntarem e irem para o estádio para tão somente causar violência e com isso afastar os verdadeiros torcedores, Se um dia amanhecer, e não encontrarmos mais nenhum “torcedor” que, ao invés de se preocupar com seu clube, se preocupa mais em propagar o ódio e tentar ridicularizar o adversário, aí sim voltaremos a vibrar intensamente com o futebol.
Diante disso chego à conclusão que o nosso maior adversário, nunca foi o Uruguai do ponteiro Gigghia, a Holanda de Cruyff, nem a Itália de Paolo Rossi, nem Argentina de Maradona, nem tão pouco a França de Zidane, o nosso maior adversário foi e continua sendo a terrível utopia!
Do blog: recebi por e-mail, gostei e resolvi publicar, mesmo sem ter sido autorizado.
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