É sabido que a FIFA adoraria
poder levar a Copa de 14 para a Inglaterra e parar de apanhar dos ingleses.
É sabido que Jérôme Valcke é
parceiro de Ricardo Teixeira, a ponto de passarem férias juntos.
E que o secretário-geral da FIFA
é pau para qualquer obra, até para ser condenado como foi pela Justiça da Suíça
por litigância de má-fé, como foi no “caso Mastecard”.
A FIFA não dá ponto sem nó e não
cometeria a indelicadeza que cometeu ao dizer que o Brasil precisa levar um pé
na bunda para se mexer, por mais que saibamos que as coisas, de fato, estejam
atrasadas por aqui.
Alguma coisa mais grave tem por
trás de tal atropelo a um mínimo de diplomacia.
E não restou outra atitude ao
governo brasileiro que não a reação do ministro Aldo Rebelo, exigindo a troca
do interlocutor.
Pode ser o começo do fim da Copa
no Brasil, nessas alturas com prejuízos incalculáveis diante de tudo que já
está, mesmo que atrasado, em andamento.
Teixeira certamente se diverte
com isso tudo e, quem sabe, se apresente como salvador, como algodão entre
cristais, para evitar a catástrofe.
Seja como for, esta não é uma
guerra de luvas de pelica, mas de gangsters mesmo.
O texto acima é de Juca Kfouri...
Lúcido e bem informado, Juca faz
uma analise bastante lógica a respeito das declarações do secretário-geral da
FIFA, Jérôme Valcke.
No momento em que li as
declarações de Valcke fiquei com a pulga atrás da orelha...
Pensei em sentar, fazer umas
pesquisas e escrever sobre o assunto.
Juca me poupou o trabalho.
A linha de raciocínio é a mesma,
mesmo que a diferença de capacidade, experiência e fontes de informação, seja
imensa.
Se não, vejamos...
Valcke é malandro demais, vivido
demais e inteligente o bastante para fazer tal declaração por si só...
Está claro que seus superiores –
leia-se Joseph Blatter – sabiam de antemão o que seria dito por Valcke.
Nenhum desses senhores, é
intempestivo ou burro para cometer uma gafe diplomática sem uma razão ou um
objetivo.
O governo brasileiro através do
ministro Aldo Rebelo, reagiu como deveria reagir e aí, cabe à pergunta: será
que também, não reagiu como a FIFA queria que reagisse?
Basta ver a réplica de Valcke:
"Se o resultado (de minhas
declarações) é que não querem mais falar comigo, se não sou a pessoa com quem
querem trabalhar, então é um pouco infantil. Vou viajar ao Brasil no dia 12 de
março".
Nesse momento, a FIFA pode bancar
o confronto...
Não faltam lugares para
transferir a Copa...
Inglaterra, Estados Unidos,
Alemanha e Canadá, estão prontos para dizer sim a FIFA.
Para o Brasil, seria o fiasco dos
fiascos...
O prejuízo econômico seria
brutal...
O prejuízo esportivo incalculável
e nossa imagem, não seria arranhada, mas sim, estraçalhada...
Os políticos brasileiros sempre
se julgaram os reis da malandragem, da sabedoria e da esperteza...
Não sem razão, pois o povo sempre
os apoiou, concedendo-lhes ano, após ano, o voto necessário para que continuem
a exercer seus “talentos”.
Parece que desta vez, nossos políticos,
doutores em malandragem e sabedoria e os brasileiros e as brasileiras que
sempre os apoiaram, encontraram adversários a altura de seus doutorados na “Faculdade
Bezerra da Silva”.
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