quinta-feira, agosto 02, 2012

Bastidores dos vestiários...



No dia 29 de novembro de 2010, o Barcelona nos ganhou por 5x0.

Foi um desastre.

Depois da partida, o vestiário era o caos.

Alguns jogadores choravam, outros discutiam e alguns apenas fitavam o chão sem esboçar nenhuma reação.

Foi quando entrou Mourinho no vestiário.

Em seu rosto estava estampado o tamanho da tragédia...

Caminhou até o centro do vestiário, pediu silêncio e falou:

“Sei que isso doe muito em vocês. Talvez para algum de vocês, esta seja a pior derrota em suas carreiras. Para mim, foi. Eles estão felizes agora e parece que venceram o campeonato, mas só ganharam uma partida. Isto é só o começo. Resta ainda um longo caminho até o título. Amanhã lhes dou o dia livre, mas não quero que fiquem em casa. Saiam com suas famílias, filhos ou amigo e passeiem pela cidade. Que as pessoas vejam que vocês podem superar. Talvez as pessoas os critiquem, mas não se escondam. Vocês precisam mostrar hombridade. Despois desta derrota vamos lutar pelo título”.

Depois de ouvir, pensei: maldito seja isto que ele nos disse tem sentido. 

Saímos do vestiário certos que o que havíamos ouvido era o correto.

Superamos esse desastre mais rápido do que imaginamos.

Desde esse dia, entendi a importância da psicologia no esporte e no muito que se pode perder ou ganhar, sem ela e com ela.

Também entendi o valor de José Mourinho.

Hoje sei que ele não é quem é, por acaso.

Mourinho é o maior treinador com quem já trabalhei e um grande psicólogo.

Trecho do livro do polonês Jerzy Dudek, ex-goleiro da seleção polonesa, Liverpool e Real Madrid em que conta passagens de sua carreira.



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