No dia 29 de novembro de 2010, o
Barcelona nos ganhou por 5x0.
Foi um desastre.
Depois da partida, o vestiário
era o caos.
Alguns jogadores choravam, outros
discutiam e alguns apenas fitavam o chão sem esboçar nenhuma reação.
Foi quando entrou Mourinho no
vestiário.
Em seu rosto estava estampado o
tamanho da tragédia...
Caminhou até o centro do
vestiário, pediu silêncio e falou:
“Sei que isso doe muito em vocês.
Talvez para algum de vocês, esta seja a pior derrota em suas carreiras. Para
mim, foi. Eles estão felizes agora e parece que venceram o campeonato, mas só
ganharam uma partida. Isto é só o começo. Resta ainda um longo caminho até o
título. Amanhã lhes dou o dia livre, mas não quero que fiquem em casa. Saiam
com suas famílias, filhos ou amigo e passeiem pela cidade. Que as pessoas vejam
que vocês podem superar. Talvez as pessoas os critiquem, mas não se escondam. Vocês
precisam mostrar hombridade. Despois desta derrota vamos lutar pelo título”.
Depois de ouvir, pensei: maldito seja
isto que ele nos disse tem sentido.
Saímos do vestiário certos que o
que havíamos ouvido era o correto.
Superamos esse desastre mais
rápido do que imaginamos.
Desde esse dia, entendi a importância
da psicologia no esporte e no muito que se pode perder ou ganhar, sem ela e com
ela.
Também entendi o valor de José
Mourinho.
Hoje sei que ele não é quem é,
por acaso.
Mourinho é o maior treinador com
quem já trabalhei e um grande psicólogo.
Trecho do livro do polonês Jerzy Dudek,
ex-goleiro da seleção polonesa, Liverpool e Real Madrid em que conta passagens
de sua carreira.
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