quinta-feira, abril 25, 2013

Informarmação ou entretenimento? Eis a questão.



O jornalismo esportivo brasileiro vive um momento difícil e, pode ter seu futuro colocado em cheque em breve...

O drama é o seguinte:

Informação ou entretenimento?

O respeito ao leitor, ao ouvinte ou ao telespectador é mais importante ou menos importante que vender o produto futebol?

Ontem, a rede Globo, através de seu principal narrador, escorregou na informação em prol da venda do produto futebol...

Galvão Bueno deitou falação sobre a perfeição da organização do transito no entorno do Mineirão...

“Por enquanto, a nota é 10 com louvor. Todo entorno organizado para a chegada dos torcedores, dos clubes e de quem veio trabalhar. Todo mundo chegando com facilidade”, disse Galvão (sic).

Casagrande, comentarista e funcionário da emissora, apoiou Galvão, dizendo que a chegada tinha sido fácil...

Foi a gota d’água...

O Twitter pipocou...

Galvão foi chamado de mentiroso...

"Está um caos o trânsito para o Mineirão”, disse uma torcedora em sua conta...

Outros fizeram coro e os elogios do Galvão acabaram virando chacota.

O UOL Esporte, divulgou que quando o árbitro deu início a partida, ainda havia filas enormes fora do estádio...

Até o ônibus da seleção, segundo o UOL, teve que andar na contramão para não chegar atrasado.

Porém, antes que meu queridos leitores se armem de tacapes ou bastões de basebol para dar uma sova no Galvão e no Casagrande, é preciso lembrar que esse fenômeno é nacional.

Vejamos:

Por aqui, primeiro o Chevetão não atraiu ninguém, mas foi vendido como um sucesso...

Depois, com a entrada de América e ABC, veio o Opalão e, o público, continuou longe dos estádios, mas a turma do entretenimento insiste em dizer que o campeonato é um sucesso e que nada foi melhor nos últimos 30 anos...

No Rio de Janeiro, em São Paulo e em quase todo o Brasil, a maioria faz coro com a não informação, em prol da valorização dos campeonatos mambembes.

Insistem, como se o torcedor fosse passivo e não buscasse informação.

Compreendo que a vontade de valorizar por vezes supere a vontade de informar, mas não sei se insistir é bom negócio...

Afinal, o único patrimônio de um jornalista, radialista ou de quem quer que viva da informação é sua credibilidade...

Perder a credibilidade é morrer profissionalmente.

Portanto, entre informar e vender o produto futebol, fico com a informação...

Nunca fui bom vendedor mesmo.

Nenhum comentário: