Por Paulinho.
A WTORRE, empresa que é
responsável não apenas pela construção, mas também, durante 30 anos, da gestão
da Arena Palestra Itália, respirou aliviada quando conseguiu enviar à imprensa
a informação de que fechou os “naming rights” do estádio com a seguradora Allianz.
Uma notícia teoricamente
positiva, que não seria questionada e abafaria o desastre da última semana, em
que a incompetência da construtora vitimou um operário, após queda da
arquibancada de um estádio que sequer foi inaugurado.
Porém, basta analisar os números
para notar que o acordo beneficia apenas a WTORRE, ainda assim de maneira pouco
satisfatória.
Ao Palmeiras sobrarão apenas
migalhas.
Notícias dão conta de que a
Allianz pagará R$ 300 milhões para ter seu nome estampado na Arena.
Um acordo, segundo dizem, de 20
anos.
Ou seja, R$ 1.250.000,00 mensais.
Menos que uma renda de uma
partida do Palmeiras em que sua torcida lotar o Palestra Itália.
Para a WTORRE sobraria R$ 1
milhão, que ajudaria a pagar o custo mensal estimado para a manutenção do
estádio, entre R$ 300 mil e R$ 400 mil, ficando, então, com R$ 600 mil
disponíveis.
Sobrariam para o Palmeiras,
irrisórios R$ 250 mil mensais, menos que a metade do salário de Valdívia, sem
contar, é claro, a mordida do imposto.
Valor que já é pequeno nos dias
atuais e que, daqui a 20 anos, período do contrato, mal pagará o custo de um
atleta do juniores.
Vale a pena?
É por isso que sempre dissemos
que o acordo entre WTORRE e Palmeiras sempre será prejudicial para o clube.
Agora, se na segunda-feira, de
maneira esperta, a WTORRE anunciar que o contrato é de dez anos, renováveis por
mais dez, como, pelo que se fala nos bastidores, a empresa tentou
insistentemente fechar durante a semana, o percentual do Palmeiras cairia, pelo
acordo, para 10%.
Ou seja, R$ 125 mil.
É ou não esperto esse Walter
Torre Junior?
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