domingo, maio 05, 2013

Para comemorar o vice-campeonato do Fluminense no Rio de Janeiro...



“No Fluminense dos anos 70 em que me formei, o acesso a parte social lhes era terminantemente proibido.

Piscina? 

Toninho Baiano, Carlos Alberto, Pintinho, Erivélton e Cafuringa, meus melhores amigos, nem suas dores musculares poderiam nelas relaxar.

Chegaram a abrir um portão, na Rua Pinheiro Machado, para evitar o contágio com os associados.

Quando conquistamos o título nacional de 1970, Francisco Laport, o desavisado presidente, prometeu no vestiário da vitória um título de sócio proprietário para cada jogador.

Na segunda, na realidade pó-de-arroz de seu gabinete, lhe mostraram o elitista estatuto que impediria à distinção.

Alguém lhe sugeriu um título simbólico pro capitão, aí lembraram que era o Denilson, o “Rei Zulú”, e o presente acabou caindo no colo do Félix, branco e tricampeão, que a partir daí assumiu a braçadeira e a anistia para entrar pela porta da frente”.

Zé Roberto (ex-atacante do Fluminense, Flamengo e Santa Cruz e autor dos livros, Futebol: a dor de uma paixão e À beira de um gramado de nervos).

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