Renato começou bem...
Gerou polêmica e conseguiu a liderança da até aqui dos acessos diretos.
Estou orgulhoso.
Porém, apesar de algumas críticas mais duras ao jovem estudante de jornalismo, não posso deixar de felicitar quem se posicionou contra o texto de Renato...
Todos foram educados, elegantes e sóbrios em seus contrapontos.
Parabéns, gente civilizada, gera um debate civilizado e saudável.
Fernando Amaral.
Resposta de Renato
Vasconcelos de Carvalho aos comentários publicados na postagem "A Copa
do Mundo na visão de um jovem", publicada no dia 07 de maio
(terça-feira)...
Por Renato Vasconcelos de Carvalho.
Caríssimos leitores,
Gostaria de prestar alguns
esclarecimentos quanto ao meu artigo de opinião publicado no blog do professor
Fernando Amaral. Em primeiro lugar, agradeço a todos que leram, tendo apreciado
ou não, e reitero meu agradecimento ao professor Fernando pela oportunidade
dada na ocasião e por gentilmente ceder, mais uma vez, espaço para que eu
pudesse esclarecer meu ponto de vista aos leitores.
Quanto ao texto, observei que
alguma polêmica acabou sendo gerada. Bem, essa era a intenção. Tentei debater o
tema sob o ponto de vista das prioridades da gestão pública no país, a copa do
mundo como um mega evento, tentando excluir um pouco a "paixão
nacional" e observar prioritariamente o retorno que a competição poderia
gerar ao Brasil.
Surgiram críticas sobre a falta
de sugestões aos problemas citados e quanto ao meu ponto de vista. Minha
intenção era provocar a seguinte questão: De quem é a Copa do mundo? Como nós,
brasileiros, vamos nos beneficiar dos estádios construídos com dinheiro
público, ou seja, nosso, se estes irão pertencer a iniciativa privada? As obras
previstas não vão sair, de quem é a culpa? O que perdemos com isso?
Também fui questionado quanto as
fontes que utilizei para citar o ex-presidente Lula. Pois bem. Em entrevista ao
jornalista João Palomino, da ESPN Brasil, exibida em 2009 (salvo engano), o
então presidente Lula afirmou que não seria gasto dinheiro público na
construção de estádios. Que o Brasil tinha "palcos" para a
competição, que supriam a nível internacional, citando inclusive o Morumbi, que
meses depois foi descartado como possível sede. Quanto as modernizações, no
mesmo momento, ao falar dos estádios de nível internacional, Lula deixa visível
em seu discurso, a ideia de se utilizar os campos já existentes, falando
inclusive de possíveis investimentos de empresas privadas. Devo lembrá-los
também, que o primeiro projeto da cidade de Natal para a copa, previa uma
reforma no valor de 100 milhões e não a construção de uma nova arena.
Minha intenção com esse texto não
era atingir a figura pessoal de A ou de B, como foi levantado por alguns. Minha
intenção era simplesmente questionar. Creio que não há uma sugestão ou proposta
que eu possa oferecer, que seja mais relevante do que instigar o senso crítico
de quem, porventura, viesse a ler (sim, isso é jornalismo também).
Minha indagação continua: De quem
é a Copa de 2014? Podemos dizer que é do povo brasileiro? Vocês já sabem minha
opinião. Encerro desta vez com uma curiosidade e um dado novo: Vocês sabiam que
o estádio do Maracanã foi construído em 2 anos, entre 1948 e 1950? A reforma,
ainda inacabada, começou em Agosto de 2010. O orçamento inicial para a reforma
do estádio, que em 2010 era de 705 milhões e subiu para 859 milhões até o
fechamento do orçamento para a obra, hoje, com o último aditivo de 200 milhões,
o valor alcançou 1,12 bilhão de reais.
Por fim, se somarmos as últimas 3
reformas (a atual, a para o pan-americano de 2007 e a de 1999 para o mundial de
clubes de 2000), o valor do Maracanã já ultrapassa 2,3 bilhões, tornando-o um
dos estádios mais caros do mundo. Para justificar os gastos
"supostamente" superfaturados da última reforma, membros do staff da
prefeitura e do governo do Rio de Janeiro justificaram que a lei permite que
orçamentos do gênero ultrapassem em até 50% os custos estimados. Se é verdade
eu não sei, mas pode alguém concordar com isso? Creio que não. Mas não sou dono
da verdade. Acredito que devemos, a cada nova informação, exercitar nosso
pensamento crítico, afim de chegar a conclusões próprias. Aliás, fomentar o
pensamento crítico dos leitores é papel do jornalismo sim.
Cordialmente,
Renato Vasconcelos de Carvalho
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