Imagem: Twitter
Análise: Paraquedismo não é esporte praticado apenas no Brasil
Para Erich Beting, caso Sportflix mostra como ainda há aventureiros no
esporte
Por Erich Beting para o site “Máquina do Esporte”
Ao que tudo indica, o Sportflix
subiu no telhado.
É curioso notar que a história da
“Netflix do Esporte” soava bem fantasiosa desde o início, tanto que já havíamos
previsto por aqui que o futuro dela não era tão promissor, mas mesmo assim ela
ganhou corpo.
O que impressiona é como o
esporte parece ser terreno fértil para ideias mirabolantes que, curiosamente,
ganham repercussão na mídia e alcançam o status de soluções milagrosas.
O caso todo do Sportflix coloca
por terra outro sentimento que paira por aqui.
Os paraquedistas que pousam no
esporte não são privilégio brasileiro.
Desde que surgiu o papo sobre o
Sportflix, há dois meses, vários veículos falaram sobre o lançamento da
plataforma, mas nenhum questionou os representantes da empresa sobre quais os
direitos que eles detinham para poder exibir tudo aquilo que prometiam.
Até mesmo a foto de Neymar
divulgando o serviço no site do Sportflix é um absurdo do ponto de vista legal.
O ponto é que o esporte, por mais
profissionalizado que possa estar, ainda abre espaço para aventureiros.
São pessoas que podem até ter boa
intenção, mas não possuem conhecimento pleno do que pode ou não ser feito e,
pior, não são questionados suficientemente pela mídia, que detém pouquíssimo
conhecimento técnico sobre os assuntos relacionados à gestão.
A paixão pelo esporte faz com que
muita gente tenha interesse em trabalhar na área, mas boa parte das pessoas que
estão de fora pensa que não há limites legais para fazer alguma ação ligada ao
esporte.
E não só no Brasil.
O Sportflix é mais um exemplo de
como ainda se pensa que o esporte é terreno de ninguém.
O paraquedismo segue em alta.
E não só no Brasil.
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