Imagem: Autor Desconhecido
Estádio do
Arruda
O Mundão do
Arruda é o nosso personagem de hoje!
Um quase
cinquentão construído com muita luta e empenho da diretoria e do torcedor
Coral.
O lugar que,
enfim, o Santinha pôde chamar de seu e deixou a vida de clube nômade de
peregrinação por campos alugados.
Conheça a
história do Estádio do Arruda, neste episódio do Arquibancada Móvel!
Pedro
Henrique Brandão Lopes
São 47 anos
desde a inauguração do maior estádio de Pernambuco.
No dia 4 de
junho de 1972, o Recife ganhou um gigante de concreto que abrigaria os jogos do
Santa Cruz e da Seleção Brasileira quando visitasse a capital pernambucana.
No número
1285 da Av. Beberibe, no Arruda, o estádio passou a ser o endereço do Santa
Cruz, um clube que vivia alugando campos pela cidade para mandar seus jogos.
Vida muito
diferente dos rivais Náutico e Sport, que desde a década de 1930, tinham seus
estádios próprios.
O Santinha
comprou o terreno da Avenida Beberibe, em 1943, mas foi apenas em 1972 que pôde
inaugurar o estádio.
Depois de
quase três décadas de muita luta de torcedores, sócios e dirigentes, o Estádio
do Arruda estava pronto para ser o lar do Santa Cruz.
Para ter o
direito de usar o terreno, Aristófanes de Andrade e Gonçalo de Melo, pagaram a
Arthur Lundgren, dono do terreno, a quantia de mil cruzeiros.
Mesmo assim,
a posse definitiva só aconteceu quando o Santa Cruz desembolsou 4 milhões de
cruzeiros, em 1954.
José do Rego
Maciel foi prefeito do Recife e presidente do Santa Cruz, foi com a ajuda e
atuação decisiva dele que o Arruda saiu do papel.
Maciel usou
sua influência política para fazer pontes como a com o Bandep (Banco do Estado
do Pernambuco) que possibilitou empréstimos a fundo perdido após a falência do
banco.
Por isso,
José do Rego Maciel é homenageado emprestando seu nome ao estádio que tanto
trabalhou para construir.
A torcida
também foi fundamental com as campanhas do tijolo para arrecadar fundos para a
construção.
Porém nada
foi do dia para a noite e muito antes do Arruda ser o Mundão do Arruda que é
atualmente, foi um estádio acanhado com arquibancadas de madeira.
O primeiro
título que o Santa Cruz comemorou por lá, foi o estadual de 1970.
Em 1964, com
projeto do arquiteto Reginaldo Esteves, o pequeno estádio começou a tomar a
forma do gigante que seria em breve.
Finalmente no
dia 4 de junho de 1972, o Santa Cruz abriu as portas de seu lar para receber o
primeiro jogo do Estádio do Arruda.
Contrariando
a festa, Santa Cruz e Flamengo empataram sem gols e não deixaram a cerimônia de
inauguração completa.
O primeiro
gol foi de Betinho, no jogo seguinte, um amistoso entre Santa Cruz e Seleção
Brasileira olímpica, na vitória do Santa por 1 a 0.
Na inauguração,
o Estádio do Arruda tinha capacidade para 64 mil espectadores.
Essa
capacidade foi praticamente duplicada em 1982, quando o anel superior foi
inaugurado e a elevou para 110 mil lugares.
Jogando no
Mundão do Arruda, a Seleção Brasileira nunca perdeu. Foram 7 jogos, com 6
vitórias e apenas um empate.
Justamente
num jogo da seleção foi que o Arruda recebeu seu maior público.
Em 1993, num
jogo válido pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1994, Brasil e Bolívia
se enfrentaram no estádio sob olhares de 96.990 pessoas nas arquibancadas.
O Arrudão
teve efeito no time do Santinha que depois da inauguração, venceu 5 Campeonatos
Pernambucanos consecutivos.
Além disso, o
Tricolor Coral fez a melhor campanha no Campeonato Brasileiro de sua história.
Em 1977, o
clube passou 35 rodadas sem perder, até hoje a terceira maior invencibilidade
do Brasileirão.
Nos quase 50
anos de Arruda, o estádio virou referência na região Nordeste, onde foi por
muito tempo o maior estádio da região, se tornou a casa pé quente da Seleção
Brasileira e foi a força do Santa Cruz nos melhores momentos do clube, mas
também a sustentação das piores passagens do Tricolor do Arruda.
Tem muita
história o Estádio do Arruda e nessa semana, o Arquibancada Móvel vai mergulhar
fundo no Mundão do Arruda.
Você já pode
conferir o episódio nas principais plataformas de streaming. Ouça, siga e
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