Quando perguntado sobre os motivos da queda do América, o Presidente lançou mão do velho, surrado e vazio chavão: “por diversos fatores”.
Na mesma pergunta, Gustavo Carvalho voltou a afirmar que além “dos diversos motivos”, a cruel regra do Clube dos 13, impõem o que ele chamou de “tratamento desigual”...
Será que na condição de empresário, Gustavo Carvalho faz uma equânime partilha dos recursos obtidos em seus negócios? Não seriam também os grandes blocos que participam da festa promovida pela empresa de Gustavo Carvalho, tratados de forma “diferente”? Ele paga ao Chiclete com Banana o mesmo valor que paga a Pedrinho Mendes?
Portanto, esse discurso é apenas um sofisma cheio armadilhas para conquistar a patuléia. Gustavo sabe que tudo na vida tem seu valor baseado no valor que agrega e não em critérios emotivos ou de justiça.
Sobre suas explicações a respeito do que ele considera como maior erro da diretoria, não tem muito que comentar. Gustavo fala em vaidade imperceptível e na demora em percebê-la, fala também que essa vaidade acabou levando a dispensa de dois profissionais que haviam colaborado com o clube nos anos anteriores...
Faltou apenas, o Presidente acrescentar que junto com a vaidade, sua gestão foi acometida de outras “doenças” igualmente perigosas, tais como: arrogância, prepotência, empáfia e a síndrome da invencibilidade.
Questionado sobre o desmonte do time às vésperas do Campeonato Brasileiro e sobre a dispensa do Goleiro Fabiano, Gustavo disse que “o time dispensado não tinha sangue” e que era irresponsável.
Mas ao ler o exemplo dado por Gustavo como sendo um ato de indisciplina do goleiro Fabiano me assustei... “Na única vez em que foi para o banco de reservas, ficou sem falar com os colegas”.
Ou Gustavo achou o exemplo errado, ou o que ouve mesmo foi um choque de vaidosos e aí, ganhou o vaidoso que pagava.
O final da entrevista é dedicado a explicações contábeis e administrativas referentes à sua gestão...
Gustavo encerra agradecendo o apoio que recebeu de diversas pessoas e da imprensa (não creio estar incluído) por terem contribuído para que o balanço final de sua administração fosse positivo.
Aí também discordamos, mas não vale à pena ir além, já que nosso conceito de positivo não é o mesmo.
No mais, desejo com toda sinceridade que Gustavo Carvalho seja muito feliz em sua vida pessoal e que esses anos à frente do América, tenham sido proveitosos no sentido de torná-lo um homem ainda melhor.