domingo, novembro 14, 2010

Ituiutaba 0x1 ABC... Pertinho, bem pertinho.

Imagem: Assessoria de Imprensa do ABC FC



Quando a TV Brasil abriu as imagens do Estádio Parque do Sabiá em Uberlândia, senti nostalgia dos tempos de juventude em Brasília...


Afinal, o Triângulo Mineiro era, além de Goiânia, um lugar que sempre íamos à busca de divertimento, aventura e meninas bonitas...


Uberlândia, Uberaba, Araguari, Patos de Minas e Ituiutaba, fazem parte dessa rica e próspera região, mas curiosamente, Ituiutaba, é dentre elas, a única que não conheço...


Bons tempos aqueles...


Por alguns minutos, lembrei das estradas sendo cortadas nos Opalas, Mavericks e Chevettes...


Meu coração bateu mais forte, quando me veio a mente, Dora, uma linda menina de cabelos negros e olhos cor de mel, que conheci em Canápolis, lugar pequeno, onde passei um inverno na fazenda de um amigo, infelizmente já falecido e que se chamava Antenor...


Dora e eu, tínhamos 18 anos e, levamos uns 10 dias trocando olhares e sorrisos, até que um dia, ela me ofereceu uma xicara de café e perguntou se eu estava com medo dela...


Assustado, respondi que não e ela, riu e disse: parece uai, ôce nunca fala comigo.


Começamos um namorico ali mesmo e, ontem, confesso que senti saudade de Dora, de seu olhar, de seu sorriso, de seu abraço e dos longos beijos que trocamos.


Tomara Dora esteja bem e feliz, pois ontem, descobri o quanto fui feliz ao lado dela, mesmo que por apenas 30 dias.


Quando voltei da minha “viagem ao passado”, lá estavam eles, os “malucos” vestidos de preto e branco, que haviam deixado Natal e seguido o ABC...


Reconheci alguns e fiquei feliz por ver a cidade que escolhi para viver o resto dos meus dias, representada num lugar de tantas boas lembranças...


Quanto ao jogo, começou como devia começar – isto é, com o Ituiutaba pressionando e tentando pegar o ABC desatento...


Mas, ontem, Leonardo, Tiago Garça e os volantes, Basílio, Ricardo Oliveira e Pio, estavam firmes, seguros e foram capazes de manter a área alvinegra livre de sustos e contratempos.


Passado o ímpeto dos donos da casa, o jogo ganhou equilíbrio – ficou morno e chato – e, equilíbrio era tudo que o ABC precisava.


Jogando sem pressa e buscando encontrar brechas na bem armada defesa mineira, o ABC foi chegando devagarinho e por pouco não abriu o placar no primeiro tempo: foram do ABC, as melhores oportunidades criadas na primeira metade da partida.


No segundo tempo, o ABC recuou um pouco mais – era preciso chamar o adversário para a luta e então, contra atacar...


Jackson não esteve nos seus melhores dias e Cascata, visivelmente fora de forma e sem ritmo de jogo, não criava as jogadas necessárias para o limitado atacante Leandrão – Leandrão é um “matador”, mas sua relação com a bola é bastante sofrível.


Entretanto, se Jackson e Cascata não empolgavam, Ricardinho jogou uma excelente partida: marcou, apoiou, cruzou, chutou e suou barbaridade.


Porém, como ”fussball ist ein Überraschungskistchen" (“o futebol, é uma caixinha de surpresas em alemão”), a jogada do gol alvinegro, saiu dos pés de Jackson, que ao perceber Cascata entrando livre, passou-lhe a bola como só quem sabe jogar é capaz e, Cascata com um toque de categoria, tirou o goleiro do lance e abriu o marcador.


Em desvantagem, o Ituiutaba voltou a pressionar e acabou por conseguir um pênalti...


Peu ao entrar na área, foi derrubado por Pio.


Totonho bateu e mandou no travessão, a chance do empate...


A partir daí, o ABC passou a ter o controle emocional do jogo e, mesmo pressionado, manteve a calma e apenas esperou o apito final.


Assegurada à vitória na casa do adversário, o ABC volta para Natal e espera o jogo da volta...


E, espera com ansiedade a partida que poderá lhe dar o título mais importante da história do nosso futebol: Campeão Brasileiro da Série C de 2010.



Maradona, o Camarada...

Imagem: Picture Alliance


Judas Tadeu, Charles de Gaulle e Luís XIV...


Assim como Luís Inácio Lula da Silva, Presidente da República, Judas Tadeu, ex- Presidente do ABC costuma dizer que lê muito pouco, pois não gosta...


Respeito, mas discordo...


Ler é o único caminho, não há outro.


Entre as muitas coisas que a leitura nos ensina, uma delas, é poder aprender com a experiência de outras vidas.


Caso Judas, tivesse lido alguma coisa sobre Charles de Gaulle, general, politico e estadista francês, nascido em 1890 e falecido em 1970, talvez tivesse aprendido a sair de cena e esperar a roda da vida girar.


Veterano da Primeira Guerra mundial, de Gaulle durante os anos que se seguiram até a eclosão da Segunda Grande Guerra, defendeu a independência das forças blindadas e viu no avião, uma arma poderosa, capaz de apoiar as forças terrestres e infringir sérios danos por trás das linhas inimigas...


Mas, os velhos generais mantinham-se aferrados a velhos conceitos e, de Gaulle passou por muitos dissabores em virtude de teimosamente, insistir com suas ideias.


Mais tarde, viu a França ser varrida pelos Panzer da Whermacht, que corriam livres para conquistar terreno e, os Ju-87 Stukas, dizimar canhões, infantes e blindados franceses que se arrastavam ao lado da infantaria...


Com a França em debandada e com suas linhas de comando fragilizadas, de Gaulle pode usar os tanques como imaginava e foi ele, livre das amarras da velha doutrina, que conseguiu um dos únicos contra ataques vitoriosos efetuados pelo exército francês...


Mas, já era tarde para deter von Rundstedt, von Bock e von Leeb: poucos dias depois, Paris caiu e com ela, a França.


Não restou a de Gaulle, outra saída a não ser buscar exílio na Inglaterra e de lá, exortou seu povo a resistir e criou as forças francesas livres, com oficiais e soldados que decidiram buscar refugio do outro lado do Canal da Mancha.


O exército criado no exílio voltou à França junto com as tropas americanas e britânicas que desembarcaram na Normandia em 1944 e ao término da guerra, de Gaulle foi escolhido como Primeiro Ministro do Governo Provisório...


Em 1946, diante dos conflitos políticos no novo governo, renunciou e em 1950, retirou-se da vida politica e deixou a roda da vida girar...


Em 1958, depois de governos instáveis, guerras coloniais e lentidão na recuperação econômica, a Assembleia Francesa foi pressionada a chamar o velho general de volta...


Charles de Gaulle governou a França por dez anos (1959/1969)...


Judas Tadeu, infelizmente, não soube ainda compreender que é esse, o momento de se retirar e cuidar de sua vida, de seus negócios, de sua família e deixar a roda da vida girar...


Judas tem seu lugar garantido na história do ABC, mas ao que parece, Judas quer ser a própria história do ABC e aí, mesmo sem saber, repete Luís XIV, o monarca absolutista que proferiu a famosa frase: “L’État c’est moi”...


No caso, a frase seria: “L’ABC c’est moi”!


Maradona num traje muito estranho... (mas, a turma vai adorar)

Imagem: Picture Alliance


Deu no New York Times, mas ninguém por aqui leu...


A imprensa de Natal é rápida quando o assunto é alimentar o “complexo de vira-lata”...


Qualquer nota ou comentário que fira os ouvidos sensíveis, logo são reverberados como ultrajantes ofensas e, quem as pronuncia, ganha adjetivos pejorativos e espaço que sequer mereceriam ganhar...


Mas...


Quando a cidade é elogiada pelo maior jornal do mundo e um dos mais independentes do planeta, tudo passa em branco...


Ninguém diz escreve nada...


Absolutamente nada.


Talvez, por que ainda provinciana e voltada para o próprio umbigo, a nossa imprensa resuma seus hábitos de leitura, apenas aos mesmos jornais, sites, blogs e revistas de todo o dia...


Na quinta feira passada, o New York Times (no rastro da Copa do Mundo), publicou uma matéria sobre nossa cidade, sobre o mercado imobiliário local, e apenas Aílton Medeiros em seu blog, tocou no assunto – uma pena!


Leia a baixo, a matéria na íntegra (em inglês, só para aporrinhar).


World Cup Already Casting a Glow on a 2014 Site


By NICK FOSTER

Published: November 11, 2010


NATAL, BRAZIL — When Julia Bakker, a teacher from the Netherlands, was looking for a retirement home in 2006 in the tropical north-east of Brazil, the World Cup soccer competition was not on her mind.

After “driving a rental car up and down the coast” of the state of Rio Grande do Norte, Mrs. Bakker decided to buy a two-bedroom bungalow set back from the beach in the fashionable resort of Pipa, 85 kilometers, or 53 miles, south of the state capital, Natal.

But the choice of Natal as one of the 12 host cities of the 2014 World Cup finals, to be held in Brazil, has given a lift to the local economy — which was already benefiting from the country’s recent prosperity — and its real estate sector.

Host city status brings with it long-awaited public investment in infrastructure: new roads and repairs to existing ones, improvements to public transport and to waste treatment facilities. And the harbor of this city of just over 800,000 residents — many of whom are employed by the Brazilian military — will be dredged to accommodate large cruise ships.

Mrs. Bakker says she paid the equivalent of $60,000 for her property, with transfer taxes, notary’s fees and the estate agent’s commission adding another 10 percent to the price. Her plans to modernize the kitchen and bathrooms were put on hold for family reasons, but she has planted new flowers in her small garden and tidied the lawn.

“You can imagine how surprised I was to be offered 220,000 reals for the house by someone who got my phone number from a neighbor. In dollar terms, in four years it has doubled in value,” says Mrs. Bakker, referring to the $123,900 offer, which she refused.

These days, in Pipa’s crowded bars and restaurants, foreigners seem to discuss selling property just as much as buying it. Northern Europeans, and Scandinavians in particular, bought enthusiastically in Pipa four or five years ago, when the Brazilian real was typically trading at 2.3 to 2.4 reals to the U.S. dollar, and 2.75 to 2.95 to the euro.

Today, in spite of a 5 percent inflation rate, which is higher than that of the United States or the euro zone, the real is just 1.75 to the dollar and 2.27 to the euro.

Unprecedented levels of direct foreign investment in Brazil and high interest rates have been key factors in the real’s hardening against other currencies.

As a result, Mark McHugh, chief executive of Invest in Brazil, a property consultancy based the city of Fortaleza, also in Brazil’s northeast, estimates that the number of individual — as opposed to institutional — overseas buyers of residential property in northeast Brazil has dropped about 70 percent over the past four to five years.

They have been squeezed out of the market by an increasingly prosperous Brazilian middle and upper-middle class eager to spend on real estate.

“Wealthy nordestinos across the region are looking for holiday and weekend homes within, say, an hour’s drive of their main residence. In the past, high levels of inflation encouraged people to send money abroad. Now, Brazilians have the confidence to invest locally,” says Mr. McHugh.

Some developments are sprouting features designed specifically to attract Brazilian buyers. At the Polo Pitangui hotel and residential development 17 kilometers north of Natal, for instance, a plastic surgery clinic will operate alongside the more traditional attractions of a gym and a choice of restaurants.

But real estate agents operating in and around Natal take the view that Brazil is still a good investment for overseas buyers. They see more room for price increases in residential property and little indication that the market is about to slide anytime soon.

According to Aidan Rankin, an economics analyst with the Property Frontiers real estate agency in Oxford, England, Natal and the Rio Grande do Norte region in general have “huge potential for future growth.” The agency is selling properties in the area.

“Natal is the closest Brazilian city to Europe and a gateway to the country. It is also a city with a huge demand for quality, affordable housing,” he says.

Property Frontiers is marketing apartments in an 86-unit building in Natal’s upmarket Petrópolis district, where values have already increased by some 30 percent in the past two years, according to Mr. Rankin.

An apartment occupying 55 square meters, or 600 square feet, with two bedrooms, plus a secure parking space, is for sale for 180,000 reals. A dune-backed beach is little over a kilometer away.

In Pipa, the agency Synergy Imóveis is marketing a detached house with three bedrooms, each with its own bathroom, and 204 square meters of living space in the Ocean View condominium complex for 585,000 reals.

sábado, novembro 13, 2010

Meu treinador é o cara...

Imagem: Picture Alliance


Não existe no mundo do futebol, um nordeste unido: pelo menos ainda não!


No vocabulário militar, fogo amigo é um eufemismo para designar um ataque de um soldado, de uma foça aérea ou de um exército contra um companheiro ou, contra suas próprias unidades...


Tal termo ganhou notoriedade no século passado, quando às guerras diminuíram em muito, o contato físico com o inimigo.


Mas, o fogo amigo, normalmente é fruto de um engano...


Mesmo que em alguns casos, tenha sido motivado por desespero, medo e até despreparo, ainda assim: é um erro!


Por que fiz questão deste pequeno preambulo?


Por já ter lido e ouvido, diversos colegas da imprensa usarem e expressão “fogo amigo” para definir as ações do presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Carlos Alberto Gomes de Oliveira, no sentido de esvaziar o Campeonato do Nordeste.


Talvez, por ser ele um nordestino e ter se posicionado pela não realização da competição em paralelo aos Campeonatos Estaduais, a maioria tenha buscado na expressão uma forma de rotular Carlos Alberto...


Não, não mesmo!


Num ato de extremo exagero, poderíamos definir Carlos Alberto como uma espécie de “traidor” dos interesses do futebol da região – um “inimigo”, mas amigo, jamais!


O “fogo” que Carlos Alberto dispara, tem alvo certo, mas não é por ter recebido coordenadas erradas e aí, despejado toneladas de obuses sobre posições ocupadas por sua própria gente...


Cada “boca de canhão”, cada “bomba soltada por seus bombardeiros” e cada “tiro de fuzil, metralhadora, ou morteiro”, sabia exatamente quem atingir e, parece que o velho “coronel” é bom de mira...


No campo da diplomacia, Carlos Alberto costurou em silencio, os apoios de Ceará e Bahia e, seus argumentos devem ter sido algo parecido com isso:


“Por que vamos brigar com a CBF”?


“O que ganhamos com isso”?


“Lembrem que o clube dos 13 declarou que iria ressuscitar os regionais com a participação de seus filiados, mas depois, murchou”!


“Se a Liga se tornar forte e lucrativa, vai liquidar com os estaduais e aí, o que nós presidentes de federação vamos fazer”?


“Estaremos mortos, perderemos todo o poder”...


E, por fim, deve do alto de sua arrogância ter dito: “um Campeonato do Nordeste com Sport, Náutico, Santa Cruz, Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza, é comercialmente viável, mas sem a nossa presença, eles não vendem um botão sequer”.


Claro que esses diálogos são mera especulação, mas não creio que estão tão longe da realidade assim.


Carlos Alberto repete na região como um todo, o que Domingos Fernandes Calabar fez em Pernambuco e, talvez os motivos sejam os mesmos: desejo de recompensa, certeza de que a CBF será vitoriosa, ambição ou até mesmo, por acreditar que seja esse o melhor caminho...


Entretanto, Carlos Alberto nunca declarou ser contrário ao Campeonato do Nordeste e sim, a sua realização concomitantemente com o Campeonato Pernambucano e, por conseguinte, com os estaduais dos demais Estados nordestinos...


Argumento que o coloca em sintonia com seus conterrâneos, pois defende Pernambuco e ainda acena com seu apoio para a competição nordestina no segundo semestre.


Brilhante, mas falso, pois Carlos Alberto sabe que disputar o Campeonato do Nordeste em paralelo com os Campeonatos Brasileiros da Séria A, B, C e D, levaria fatalmente a repetição em 2011, de 2010 e isso, seria o fim do sonho de uma Liga forte.


Pernambuco dobrou a Bahia e cooptou o Ceará...


Para os baianos, fica a vergonha de ver a dúbia face de sua federação, pois o discurso era de apoio a Liga e ao Campeonato do Nordeste, enquanto nas sombras, trabalhava pelo seu fim...


Já o Ceará, terra de meu pai, seus irmãos e sua mãe, alinhou-se submisso ao “Governador Geral da CBF para o Nordeste”, Carlos Alberto Gomes de Oliveira.


O pior de tudo isso é ver que não foi preciso que nenhum “xenófobo” do centro, do sudeste ou do sul, mover uma palha – o serviço sujo foi realizado por gente da terra da gente.


Portanto, nunca houve fogo amigo.



quinta-feira, novembro 11, 2010

Deixa disso, olha o tamanho do homem...

Imagem: Picture Alliance


No Brasil, o mercado é livre, mas não é lá muito lógico...


Hoje, por volta das 11 horas da manhã, recebi um ligação de Alan Oliveira...


Alan, como era de se esperar, mostrou respeito profissional por este blogueiro e fez o seu papel com a competência de sempre.


O motivo da ligação foi para tratar da majoração do preço dos ingressos para o jogo final da Série C de 2010, que será realizado no Estádio Maria Lamas Farache.


Depois dos cumprimentos de praxe e de algumas amenidades, Alan pediu o apoio desse blog e argumentou a favor da majoração, usando alguns exemplos com os quais concordo, mas que infelizmente só são lembrados em momentos assim.


Vamos aos argumentos e depois, aos contra argumentos...


É óbvio que um show de Paul MacCartney, sempre terá um valor bem acima de um show do Asa de Águia, por exemplo...


A estrutura, a qualidade do som, a iluminação e a qualidade de quem toca com quem, por si só, já justificam a diferença no valor do ingresso...


Entretanto, MacCartney sozinho, sentado num banquinho e acompanhado apenas por um violão, valeria um preço mais elevado...


Sua história, seus companheiros dos primeiros anos, os músicos que com ele tocaram nos anos posteriores, suas composições – letra e música – se tornaram clássicos em todo o planeta.


Não há como comparar.


ABC e Ituiutaba será sim, o jogo mais importante da história da vida do clube alvinegro e colocará em jogo, o título mais importante já disputado nos 95 anos de história do futebol do Rio Grande do Norte: o vencedor será Campeão Brasileiro e, não importa se é da Terceira Divisão.


Olhando por esse ângulo, não há como não aceitar o argumento.


Mas, penso eu, que da mesma forma como agora, o América reduz drasticamente o valor do ingresso de seus jogos,diante do fracasso iminente, aumentar preço nesse momento, é uma manobra meramente oportunista, mesmo que justificável.


Sou da opinião – e não abro mão desse ponto de vista – que os ingressos para jogos de futebol no Brasil, deviam seguir a seguinte lógica:


Primeiro; o valor cobrado seria estipulado de acordo com a localização do torcedor no estádio – não é justo que alguém que sente atrás de um gol, pague o mesmo valor de quem senta no meio do campo.


Portanto, cada lugar, dependendo da visão que proporcionasse ao espectador, deveria ter um valor proporcional as suas vantagens ou desvantagens em relação ao campo visual do espectador.


Segundo; nunca entendi por que se cobram no Brasil, valores únicos para todos os jogos...


Não seria mais lógico que em Pau dos Ferros, o preço de um jogo do Centenário contra o ABC, custasse mais?


Porém, também não seria lógico que o Centenário, jogando em Natal contra o América, custasse menos?


ABC e América são atrações no interior, mas poucos são os clubes do interior que são atração em Natal.


É claro que Potiguar de Mossoró e Baraúnas, mesmo jogando em Natal, teriam um valor diferenciado em relação ao Santa Cruz ou ao Corintians de Caicó, assim como, os jogos em Mossoró, teriam preços compatíveis com o interesse que o adversário desperta no torcedor local.


Uma segunda opção seria valorar as partidas de acordo com sua importância dentro da competição e aí, se Santa Cruz e Corintians chegassem a final do campeonato, o ingresso valeria pela importância do jogo.


Talvez seja por essa razão, que na Inglaterra, nos Estados Unidos e em outros países da Europa, os clubes tenham tabelas de preços flexíveis (cada clube estabelece um preço mínimo e um preço máximo para seus jogos e, entre um e outro, eles fazem as variações que melhor se encaixem a importância das partidas e dos adversários).


Bem, Alan Oliveira fez o seu papel e, repito: o fez com competência e eu, não tenho que apoiar ou criticar a decisão do ABC, pois minha função é noticiar o fato e quando julgar necessário, emitir minha opinião...


E, nesse caso, não há que dizer: vivemos numa economia de mercado, sem regulamentações ou controle de preços e, portanto, cada um é livre para estipular o valor que achar justo para o seu produto – compra quem pode!



Tecido testado e aprovado...

Imagem: Picture Alliance


Um fato novo, para cobrir uma imensa frustração...


O Conselho Deliberativo do América votou favorável a proposta em relação à alienação de parte de sua sede social, que contemple a obrigatoriedade da construção de um estádio de futebol que comporte algo como 20.000 torcedores...


Essa decisão vem ao encontro do desejo da maioria dos torcedores rubros e de parte significativa dos conselheiros do clube.


Não tenho como contestar uma decisão legitimamente tomada pela maioria dos votantes e que é de interesse da instituição, mas espero que tal decisão tenha sido amparada num estudo bem fundamentado, onde a viabilidade econômica de um projeto dessa magnitude tenha sido analisada a fundo.


Tomara não tenha sido uma decisão apenas emocional.


Todo esforço tem sua compensação...

Imagem: Autor Desconhecido


Sócrates para Ministro dos Esportes...

Quem compra esta briga?


Por Sócrates.

Dá para entender a volúpia com que os organizadores de um mundial de futebol se empenham para os estádios que receberão seus jogos serem modernos, imensos, desnecessários e caríssimos.


E os interesses passam ao largo de qualquer tipo de planejamento ou critério; até porque quem determina isso ou aquilo nem mesmo é nascido ou habita o país que recebe a Copa.


Daqui a poucos anos teremos mais um mundial FIFA no Brasil.


Num país ainda por se desenvolver, às voltas com imensos problemas sociais e econômicos, a regra continuará a mesma: construir ou reformar vários estádios inviáveis, irracionais e que provocarão um desperdício de recursos dos quais nós não poderíamos prescindir para minimizar as múltiplas carências nacionais.


Quatro desses gigantes devem permanecer sem quase nenhuma utilidade pelo resto de suas vidas úteis.


São aqueles que estão em praças sem grandes atrações esportivas em nível nacional e deverão servir — e olhe lá! — para os torneios regionais, caso haja algum clube interessado em mandar suas partidas em um equipamento gigante que nunca estará lotado.


E ainda localizado longe da maioria de seus torcedores e com dificuldades de acesso, além do alto custo de sua locação e manutenção, que inviabilizaria a sua utilização a não ser que se façam acordos espúrios ao Erário como no Engenhão, no Rio de Janeiro, alugado ao Botafogo por um valor muito abaixo do que se esperaria, dado o volume de dinheiro ali investido.


A não ser que muita coisa mude em pouquíssimo tempo — o que obviamente seria nada mais que um milagre –, os estádios de Manaus, Natal, Brasília e Cuiabá ficarão às moscas.


Isso sem falar no do Recife, onde todos os grandes clubes possuem estádios próprios e possivelmente não usarão aquele que será erguido para o mundial.


Alguns já começaram suas obras.


Pontualmente temos alguns bons projetos, como o do Mineirão, que poderá se tornar uma verdadeira arena moderna e funcional.


Já o Maracanã está novamente de portas fechadas para reformas.


O maior estádio do mundo – como é chamado desde a sua construção – está sofrendo mais uma das inúmeras reformas feitas nos últimos anos.


E que jamais lhe deram a cara necessária para chamá-lo de moderno, muito menos de funcional.


Já se gastou ali uma infinidade de recursos que de nada adiantou.


Quem é que paga essa conta?


Quem são os responsáveis por todo o desperdício?


Quem paga a conta todos sabemos: nós.


Mas nunca ninguém é responsável.


E, creio, nada se modificará.


Em São Paulo, estão fazendo o possível e o impossível para inviabilizar o Morumbi pelos mesmos motivos anteriormente citados.


Há pouco apareceu um projeto para um estádio do Corinthians, que além de ter claramente objetivos eleitorais tenta abocanhar um quinhão de verba pública para talvez se tornar realidade.


Enfim, raramente percebemos qualquer preocupação com a viabilidade do investimento, quando se realiza uma obra pública.


Poucos se dão ao luxo de avaliar o futuro da empreitada e o que importa quase exclusivamente é encontrar fórmulas para a execução do projeto, mesmo que este, no futuro, fique parecendo um gigante adormecido.


E que se dane o capital enterrado ali.


Nossos estádios são quase exclusivamente utilizados para jogos de futebol, ainda que se venda a ideia de que teremos arenas para eventos diversos.


Como o futebol brasileiro de há muito se afastou de seu público, o uso de algumas praças esportivas tornou-se, na maioria das vezes, economicamente inviável.


Como consequência, os clubes estão à procura de locais mais acessíveis e menos custosos para promover seus espetáculos.


Imagina-se então que esses estádios poderão, em pouco tempo, ficar às traças durante boa parte da temporada.


Ou não?


Bem, mas isso é algo para constatarmos mais à frente.


Não é difícil prever, contudo, que teremos dificuldades para utilizar alguns desses estádios a partir de 2014.


Até na França e Itália isso ocorreu; o estádio da França, após o Mundial de 1998, vem sendo utilizado para tudo, menos futebol, porque o PSG, time da capital francesa, continua a “mandar” seus jogos no antigo estádio Parque dos Príncipes.


Aqui será igual.


Nem mesmo devemos usar as instalações para os outros esportes como lá, porque, por estas plagas, o único a se dar valor é o futebol.


Seria extraordinário o novo governo comprar uma briga para valer e deixar claro aos interessados e ao povo brasileiro que esse evento é privado e deve ser custeado por dinheiro privado.


E ponto!



quarta-feira, novembro 10, 2010

Figueirense 4x0 América...






Preferi esperar pelo término do último jogo da rodada de número 35 para comentar...


Porém, de antemão, aviso que não vou escrever sobre a partida Figueirense 4x0 América, pois não vi e, desta vez nem sequer ouvi.


Quando cheguei a minha casa e liguei o computador, a partida já havia terminado e o resultado tinha sido um acachapante 4x0...


Procurei ler alguma coisa e, primeiro encontrei quem considerasse o gol que abriu a contagem a favor do Figueirense duvidoso, pois segundo li, teria havido um toque da bola na mão, ou um toque com a mão na bola de um atacante do Figueirense, antes de Negrete finalmente tirar com a mão a bola do alcance de um jogador catarinense e o árbitro apontar para a marca do pênalti...


Liguei para dois amigos e ambos disseram que o lance era uma questão de interpretação – aí, resolvi não pensar mais no assunto, pois quando se entra no terreno da intepretação, tudo passa a ser subjetivo.


Mas, acabei recebendo por e-mail o vídeo com os gols e então, resolvi olhar com calma o lance...


Depois rever pela quinta vez e, levando em consideração o ângulo da câmera, chequei a conclusão que o árbitro não havia errado – ele está próximo demais para cometer um erro tão grosseiro.


No entanto, como o assunto é futebol, aposto que vou ouvir todo tipo de justificativas sobre o lance – afinal, toda discussão sobre futebol, quase sempre acaba numa peleja entre o “cego”, o “surdo” e o “mudo”.


Continuando a ver o vídeo, é fácil perceber que no segundo tempo, a coisa degringolou, pois os três últimos gols do Figueirense saíram sem que houvesse o mínimo esforço do ataque alvinegro.


O terceiro então chega a ser patético!


Mas vamos ao que importa...


E agora, como é que fica?


Fica assim...


O América disputa nove pontos e, a diferença que o separa do Náutico é de 7 pontos...


Significa que dos nove pontos em disputa, o América precisa ganhar 7 – isto é, vencer duas e empatar uma...


Acontece que o Náutico, o Brasiliense e o Ipatinga, tem ficar paradinhos...


Só o Ipatinga pode ganhar uma só partida.


Entenderam?


Duas vitórias americanas e um empate...


Uma vitória do Ipatinga e duas derrotas e, Náutico e Brasiliense, três derrotas...


Agora, existe outra possibilidade...


É assim:


Náutico, Brasiliense e Ipatinga, perdem três jogos e o América vence os três jogos.


Viram?


Tudo muito simples, tudo muito fácil.


Meus queridos leitores: como os números ainda permitem devaneios, delírios e outras insanidades, vou acompanhar o meu vizinho que se chama Brasil e que hoje, discutindo com seu sobrinho (da minha janela, sempre ouço as querelas familiares da turma ao lado) aos berros dizia: “tu sois burro é... se os numuro mostra que nóis tem chance, intão, nóis tem chance... vá se reiar seu galado”.


O futebol é maravilhoso, pois só ele, faria com que o Brasil, passasse a ser um “estudioso” em relação à matemática futebolística, pois falando a língua pátria como ele fala, é fácil perceber que a matemática tradicional, nunca lhe despertou nenhum interesse.



domingo, novembro 07, 2010

Isso não está cheirando bem...

Imagem: Picture Alliance


Ser ou não ser... prefiro ser!


Quando li na quinta feira, que o ABC não permitiria a transmissão da partida com o Salgueiro por canal aberto para Natal fiz o que se deve fazer: fui checar a tal informação.


Primeiro, entrei em contato com a diretora da TV U Universitária, Gorete Gurgel (Josimey Costa é a Superintende de Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e perguntei se ela havia recebido alguma solicitação ou ordem judicial...


Resposta: Não!


Perguntei se a TV Brasil havia sido notificada...


Resposta: Não!


Insisti e perguntei se a TV Brasil havia recebido da CBF alguma instrução para reter o sinal da TV U...


Resposta: Não!


Não satisfeito, perguntei se ela (Gorete) ou a professora Josimey Costa ou a editora de jornalismo da TV U, Vânia Marinho, haviam sido contatadas por algum veículo, jornalista, radialista ou blogueiro, perguntando sobre a posição oficial da TV U, TV Brasil ou CBF...


Resposta: Não!


Coincidentemente, o presidente do ABC, Rubens Guilherme, estava na sede da TV U, a convite da produção do programa “Xeque Mate” – aliás, diga-se de passagem, Rubens Guilherme, como sempre gentil, chegou a TV U por volta das 13h30min (o programa estava marcado para ser gravado às 15 horas), e pacientemente esperou a hora da gravação – e, como eu sabia do fato, perguntei a Gorete se Rubens, havia lhe procurado para tratar do assunto...


Resposta: Não!


Conversei ainda com a repórter Déborah Fernandes que aproveitando a presença de Rubens, gravou um Stand-up para o jornal e depois, uma sonora para o TV U Esporte que será apresentado nesta segunda feira (08/11/2010) e questionei se durante o tempo que esteve com Rubens, ele havia tocado no assunto...


Resposta: Não!


Mas, segundo Déborah, Rubens comentou que havia ficado triste com a não transmissão do jogo em Marabá, mas que a transmissão em Natal tinha apagado a má impressão deixada pelo problema técnico anterior (Rubens esteve com o responsável pela transmissão em Marabá e soube em primeira mão do problema técnico que impediu a chegada do sinal a Natal) e ainda segundo palavras de Déborah, teria perguntado: “está tudo certo para domingo”?


Diante de todos esses nãos, continuei a fazer o que manda a velha e boa cartilha do jornalismo: liguei para Alan Oliveira, assessor de imprensa do ABC e perguntei se a direção do clube havia tomado alguma medida visando coibir a transmissão da partida...


Reposta: Não!


Brinquei e disse: “tem certeza de que nada foi feito, pois ao terminar essa ligação, vou publicar o desmentido e aí, estarei em suas mãos – se estiver me sonegando informação, é sacanagem”...


Rimos e Alan disse: ”Fernando, você me conhece e sabe que eu jamais faria isso”!


Respondi: “conheço e é por isso que o tenho na mais alta conta e sempre o procuro”!


Encerrada minha peregrinação, fiquei remoendo a seguinte questão; “de onde meus colegas tiraram tal informação e, por que, todos, indistintamente, rasgaram a cartilha”?


Bom, mas esse é outro assunto...


Agora cabe uma provocação à fonte que tão mal encheu a garrafa dos meus colegas: “que tal tomar medidas para impedir que o sinal do canal aberto seja bloqueado no jogo contra o Ituiutaba em Uberlândia”?


Ah, só para ajudar: “talvez seja possível sim, impedir que milhares de torcedores do ABC que não conseguirem ingresso, vejam o jogo em canal aberto, mas pergunto: quem vai impedir de que as parabólicas e os canais fechados transmitam”?


Como os milhares de bares da cidade serão impedidos de passar o jogo?


A moderna direção do ABC, mesmo sabendo que alguns podem deixar de comprar ingresso e ficar em casa, entendeu isso, mas alguns conservadores, não!


Torcedor do ABC compre seu ingresso, vá ao jogo: nada pode substituir a emoção de estar lá...


Nada é melhor que in loco presenciar uma grande conquista...


Tudo o que você viver no Maria Lamas Farache, estará para sempre gravado em seu coração e em sua memória, mas não entre nesse jogo mesquinho de tentar impedir que aquele que por doença, falta de dinheiro, distancia ou até mesmo por comodismo, deixe de estar ligado no dia mais importante da história do ABC...


O ABC é de todos os alvinegros e não somente dos 18 ou 20 mil apaixonados e felizardos que vão lotar o Marias Lamas Farache.


Boa sorte ABC.


sábado, novembro 06, 2010

Um lugar para sentar por alguns segundos...

Imagem: Picture Alliance


ABC 2x0 Salgueiro... Agora, a final!


Quem sentou diante da poltrona ou foi aos Maria Lamas Farache, apenas como observador para ABC e Salgueiro, ainda está sem entender como uma equipe, jogando em casa, com o apoio maciço de sua torcida e com dois jogadores a mais, pode ser tão conservadora como foi o ABC durante todo primeiro tempo, mesmo tendo ao seu favor a vantagem de dois homens a mais.


Aliás, a palavra conservadora, ficaria melhor se substituída pela palavra cautela excessiva (mas como criticar a postura de Leandro Campos, se ele tem a melhor campanha da Série C).


Talvez, sem a expulsão do zagueiro Eridon (justa) e do atacante Junior Ferrim (exagero do árbitro Alicio Pena Junior), o resultado não fosse tão sorridente para os alvinegros.


O pior, é que jogando com dois homens a menos, o Salgueiro tocou melhor a bola e levou sempre mais perigo ao gol do ABC.


Resumo da ópera:


O ABC jogou sem brilho e sem coragem, mas mesmo assim marcou através de Leandrão aos 17 minutos e o Salgueiro, melhor postado e mais corajoso, perdeu uma chance clara com Clébson e levou mais perigo a gol de Wellington.


Reiniciado o segundo tempo, o ABC saiu um pouco mais para o jogo e logo aos 5 minutos, Leandrão escorou uma bola cruza e ampliou para 2x0.


Assim como eu, creio que a maioria das pessoas esperou que a partir dali, o alvinegro passasse jogar mais em cima do Salgueiro, buscando através de deslocamentos, triangulações e um toque mais refinado, abrir um placar mais folgado...


Na verdade o alvinegro aumentou a pressão e reteve mais a bola, mas continuou a pecar nas finalizações: a equipe voltou mais disposta a transpirar, mas a inspiração continuou em níveis muito baixos.


Já o Salgueiro, manteve ao mesma linha do primeiro tempo, porém, cansados, seus jogadores acabaram por ceder espaço e, no fim do jogo, apenas se defendiam.


Resumo da ópera parte dois:


O resultado foi justo por tudo o que o ABC fez durante a competição, mas a partida jogada hoje, não passa uma confiança inabalável em relação aos jogos finais.


Entretanto, hoje passou e o que importa para o torcedor do ABC é poder comemorar a volta a Série B e vislumbrar bem de perto, a chance de ser o primeiro clube do Rio Grande do Norte a ganhar um título nacional.


Assustando a bola e o adversário...

Imagem: Picture Alliance


América 1x0 Paraná... A Esperança ainda ronda.


O gol saído dos pés de Marcelo Brás, pode até ter ocorrido cedo demais – 19 minutos do primeiro tempo – mas, ao que parece tudo faz parte de um roteiro pré-estabelecido por uma senhora que não pode ser vista e nem tocada, e cujo nome é pronunciado em uníssono por todos os torcedores americanos...


Se uns apenas balbuciam, outros berram a plenos pulmões sua incondicional fé de que ela, a bela, doce e gentil, Esperança, haverá de permanecer próxima de todos, até que as nuvens negras se dissipem e deixem o sol voltar brilhar.


Mas existe uma pergunta que é soprada baixinho por outra senhora invisível e intangível chamada Angustia: “o que falta para que a Esperança, entre triunfante carregando pelas mãos a Realidade que todos os rubros desejam”?


Talvez falte a Esperança, a ajuda da Determinação, do Empenho, da Qualidade e do Brio: um quarteto que unido, pode ajudar a Esperança a separar, as sempre briguentas gêmeas Realidade, deixando a Realidade dura, cruel e fria de lado, e enchendo o coração dos rubros com a alegria de ter confiando que a Esperança, traria a meiga, gentil, calorosa e feliz Realidade por quem todos aguardam...


Ontem no Machadão, a Esperança voltou a reinar e Marcelo Brás foi seu instrumento, mas a Esperança não estava só: a Determinação, o Empenho e o Brio, usaram Kléber como um modelo a ser seguido pelos demais.


sexta-feira, novembro 05, 2010

Bloqueio...

Imagem: Picture Alliance


Curto e Grosso...


Quem diz o que quer, normalmente ouve o que não quer...


Wagner Ribeiro empresário de Robinho, a época em que o jogador estava no Real Madrid, resolveu peitar a direção do clube e foi exigir um substancial aumento de salário para o seu pupilo...


Diante de Valdano, gerente de futebol do Real, Wagner Ribeiro disse: “O Robinho é o melhor do time e por isso não é justo que ele ganhe 2,5 milhões de euros, enquanto Raul 7 milhões, Júlio Batista 3 e Guti 6 milhões”...


“Ele vai ganhar o que Raul ganha”!


Valdano calmamente retrucou: “Raul é um dos maiores ídolos da história do Real, ganhou todos os títulos possíveis, é recordista de gols marcados pelo clube, o senhor tem razão, quem é Raul perto de Robinho”...


E encerrou: “O senhor está liberado para procurar um clube Para Robinho, o Real não tem interesse em renovar seu contrato”.



Garrincha e a camisa 11 - Na foto, Pelé, Kunetzov, Zarev, Garrincha e Yashin...

Imagem: Picture Alliance


A partida entre ABC e Salgueiro, terá transmissão para Natal...


Não existe a menor possibilidade da partida entre ABC e Salgueiro ter sua veiculação impedida para Natal...


O jogo será levado ao ar pela TV Universitária sem maiores problemas.


Que fique claro, que o acordo para a transmissão dos jogos da Série C, foi fechado entre a TV Brasil (leia-se governo federal) e CBF...


A TV Brasil está total e legalmente amparada.


quinta-feira, novembro 04, 2010

O homem mandou, sai logo...

Imagem: Picture Alliance


Repensar é preciso...


Agora que a Série B é quase passado, e a Série C se avizinha, é urgente uma reflexão por parte daqueles que fazem o América...


Prestem bem atenção, falo em reflexão e não, na abertura da temporada de caça às bruxas ou, se preferirem, culpados.


Creio que esse seja o momento de repensar o América, não só como equipe de futebol, mas também, como instituição esportiva...


Certa vez em uma palestra para universitários, Bill Gates, o todo poderoso da Microsoft, disse logo que começou a falar o seguinte: “Os senhores devem ter e mente que antes de tentar consertar o mundo, é necessário arrumar seus quartos”.


Mudo a frase e digo: “antes de tentar conquistar a região e o Brasil, o América primeiro, deve conquistar o Natal e depois, o Rio Grande do Norte”.


O que pretendo com isso?


Simples...


Primeiro o América precisa trazer para perto, o seu torcedor, depois precisa “invadir” o estado e tentar buscar atrair novos adeptos...


Não basta apenas as tais campanhas de sócio torcedor, é preciso mais...


É preciso transformar o torcedor em participe, é preciso fazer com que esse torcedor se sinta importante e responsável pela engrenagem que faz a roda americana girar.


Claro que isso leva tempo, mas é chegado o momento do América dar um basta à ideia de que todo grande americano é, antes de tudo, um bolso perdulário, sempre disposto a jogar na fornalha, reais e mais reais...


Dinheiro é a mola que impulsiona as coisas, mas cérebros também...


Melhor que o dinheiro pelo dinheiro, é o dinheiro podendo financiar boas ideias e, imagino eu, que existam milhares de torcedores anônimos ou “famosos”, capazes de produzir ideias razoáveis e exequíveis.


O clube precisa deixar de ser uma capitania hereditária de seus cardeais endinheirados e poderosos, para ser a casa de todos os americanos, ricos ou não.


Chega de se aferrar a um modelo de gestão personalista e baseado no fulano...


Esse modelo pode ter dado certo por um tempo, mas hoje, está fadado ao fracasso: o mundo mudou e fingir que essa mudança não chegou por aqui, é se esconder num isolacionismo retrógado e suicida.


O América precisa começar a crescer de dentro para fora, sob pena de se atrofiar de fora para dentro.


A dança (?) da vitória...

Imagem: Picture Alliance


Uma tarde no "San Siro" (Giuseppe Meazza)...


Hoje presenciei um fato ao menos para mim, inusitado...


Sai mais cedo da UFRN e passei no Praia Shopping, precisava pagar a conta de água e, por incrível que pareça, só a CREDISUPER no campus e a agência do BB na Central do Cidadão recebem as constas da CAERN – parece que a CAERN não anda fazendo uma boa politica com as demais instituições financeiras, pois todos se recusam a receber as benditas contas.


Pois bem, como a CREDSUPER estava fechada em função de seguir o horário de Brasília, me dirigi a Central do Cidadão no referido shopping e lá, quitei meu débito.


Cumprida minha obrigação, passei na loteria e fiz uma fezinha na “Lotofacil” (fácil porra nenhuma) – quem sabe um dia, ganhe uns caraminguás que venham a me proporcionar uma vidinha menos besta.


Ao sair da casa lotérica, resolvi comer alguma coisa na praça de alimentação e aí, deparei-me com o tal fato.


A televisão mostrava o jogo Milan e Real Madrid e havia uma torcida presente.


Sentei num ponto estratégico e fiquei observando de longe...


Contei cerca de uns 20 italianos e uns 12 espanhóis sentados de frente para a telinha e, o clima era de expectativa, festa e tensão: igualzinho a nós.


O jogo rolava e eles tentavam manter a educação, afinal, estavam num shopping e não, nas arquibancadas do San Siro...


Porém, com o passar do tempo, foram se soltando e logo, pude ouvir uma série de “parolaccias” (palavrões em italiano)...


“Ma va cagare Ronaldo”...


“Vafanculo Pirlo”...


“Stronzo” e outros que não consegui “copiar”...


Ah, fiz um descoberta...


“Fica” em italiano é a nossa simpática xoxota, mas que também, pode ser chamada de “fregna”...


Honestamente?


Prefiro xoxota, soa mais bonitinho.


Claro que não faltou o popular “porca miséria”.


Os espanhóis se divertiam com o nervosismo dos italianos, mas quando a coisa apertou, passaram eles a mandar ver...


“Hijo de puta” disse um...


Quando o Real empatou, um gritou: “puta madre” e os outros fizeram um monte de caretas para os italianos, que responderam, “dando bananas” com os braços...


Quem passava imagina que o bicho ia pegar, pois os espanhóis deitavam e rolavam e os italianos discutiam e gesticulavam...


A segurança do shopping com cara de “faço o que”, apenas observava...


Repentinamente, surgiu um garçom com uma bandeja repleta de chopes e saiu distribuindo entre os espanhóis e, um italiano levantou e disse: “pronto, é pago”, ou algo parecido e foi buscar um café...


Na volta, sentou e todos ficaram discutindo como se fossem brigar, mas como dizemos por aqui, era só “pantinho”, pois no fundo, eles estavam se divertindo e matando as saudades de casa.


quarta-feira, novembro 03, 2010

Valdez vs Dame N' Doye...

Imagem: Picture Alliance


Imagem: Picture Alliance


Imagem: Picture Alliance


O Colônia também está pendurado, mas o otimismo do torcedor, não tem fronteiras...

Imagem: Imago


Vila Nova 2x1 América - A velinha de Taubaté, desistiu... mas, dizem que ainda tem quem acredite.


Foi um primeiro tempo que não faria nenhuma falta se não tivesse sido jogado...


Duas equipes apáticas e com pouquíssima qualificação técnica – às vezes o esforço, a luta e vontade, conseguem superar a aptidão limitada, mas não foi o caso ontem –, nada fizeram, além de errar passes, dar chutões, trombar e irritar quem se dispôs por vontade ou obrigação a assistir tão deprimente “espetáculo”.


Foram um dos 45 minutos de futebol mais longos de já presenciei e, o árbitro, ainda acrescentou mais três “eternos” minutos.


No intervalo, enquanto ítalo Anderson tentava destrinchar os tais aspectos táticos, fiquei pensando: poxa, pedimos tanto a entrada de Rone Dias “de cara”, e ele sumiu...


Tentei entender o porquê do América não usar mais o lado direito com Cafu e sobrecarregar tanto o Berg...


Depois, desisti de entender – não valia a pena “gastar” meus poucos neurônios.


No segundo tempo, o Vila Nova que pediu durante todo o primeiro tempo para perder o jogo, arriscou um contra ataque aos seis minutos e, pasmem, Roni recebeu um passe em diagonal, correu mais que seu marcador, bateu no canto baixo do goleiro Tuti e abriu a contagem para os goianos...


Ah, eu disse pasmem, pelo seguinte motivo: Roni é aquele que passou pelo Fluminense, nunca conseguiu se firmar...


Agora, mais velho, mais gordinho e ainda jogando o mesmo futebol de antes, é o grande nome do Vila Nova na Série B – aqui e lá, adoram uma figurinha carimbada.


Assustado com a própria vantagem, o Vila Nova tratou de se encolher e garantir a vantagem...


Diante disso, o América avançou sua equipe, passou a jogar no campo adversário, mas a bem da verdade, não chegou a dar nenhum susto grande ao goleiro Max – a exceção de um chute de fora da área dado por Washington –, mas mesmo assim, os rubros natalense acabaram conseguindo o gol de empate, depois do zagueiro Cris, derrubar Marcelo Brás, num dos pênaltis mais bisonhos que já vi...


Rone Dias bateu e converteu – fora isso, alguém viu o Rone Dias fazer mais alguma coisa?


Marcador igualado, o América passou a rondar, a área do Vila Nova, mas ameaçar que é bom, nada...


E como nada acontecia do lado de lá, o Vila Nova arriscou mais um contra ataque e conseguiu uma falta bem próxima da área americana...


David bateu e ampliou o placar para o Vila Nova.


O 2X1 foi apenas um detalhe, numa partida que ambos mereciam perder.


Resumo:


O América precisa vencer o Paraná e torcer para que o ASA vença o Vila Nova, que o Santo André perca para o Bragantino, que o Brasiliense não ganhe ou empate com o Bahia, que o Náutico não derrote o Icasa, que o América Mineiro vença o Guaratinguetá e que o Ipatinga perca do Coritiba...


Caso tudo que citei acima dê certo, o América terminará a rodada de número 34, com 35 pontos, porém, ainda na última posição, pois se igualaria ao Santo André, no número de pontos e vitórias, mas seu saldo negativo e tão negativo que seria impossível alcançar os paulistas...


Acontece que na rodada de número 35, o América vai a Florianópolis enfrentar o Figueirense e além de vencer um adversário que luta pelo título, terá que continuar a torcer para que a lista de adversários a sua frente continue perdendo.


Em suma, nem a velinha de Taubaté seria tão crédula.


terça-feira, novembro 02, 2010

Descansem em paz!

Imagem: Autor Desconhecido




Mesmo não sendo daqueles que precisam de dias marcados na folhinha do calendário para lembrar, amar, comemorar ou até mesmo comprar algo para alguém de quem goste, hoje não terei como fingir não ser hoje...

Minha mãe tornou esse dia marcante, pois seu silencio era profundo, seu olhar era distante, sua pele sempre alva, tornava-se translucida e então, se podia ver que sua alma sangrava.

Hoje, ela é parte da parte que já não existe mais e seu silencio agora, é eterno...

Sua alma já não sangra, ou talvez, ainda sangre – não pelos que se foram antes dela e sim, pelos que ela aqui deixou...

Minha mãe dizia que a saudade era uma fiel e eterna companheira.

Minha mãe acreditava que iria se reunir aos seus e que lá, seja lá aonde for, esperaria até que todos estivessem juntos novamente, como nas muitas e muitas manhãs e tardes dos muitos e muitos domingos que por muitos e muitos anos desfrutamos.

Eu, aqui ainda estou...

Ainda vivo para recordar, meus avós, meu pai, minha mãe, meus irmãos, meus tios e os amigos que se foram, uns sem sequer um até breve e outros, com duras despedidas.

Que descansem em paz.