domingo, novembro 14, 2010

Judas Tadeu, Charles de Gaulle e Luís XIV...


Assim como Luís Inácio Lula da Silva, Presidente da República, Judas Tadeu, ex- Presidente do ABC costuma dizer que lê muito pouco, pois não gosta...


Respeito, mas discordo...


Ler é o único caminho, não há outro.


Entre as muitas coisas que a leitura nos ensina, uma delas, é poder aprender com a experiência de outras vidas.


Caso Judas, tivesse lido alguma coisa sobre Charles de Gaulle, general, politico e estadista francês, nascido em 1890 e falecido em 1970, talvez tivesse aprendido a sair de cena e esperar a roda da vida girar.


Veterano da Primeira Guerra mundial, de Gaulle durante os anos que se seguiram até a eclosão da Segunda Grande Guerra, defendeu a independência das forças blindadas e viu no avião, uma arma poderosa, capaz de apoiar as forças terrestres e infringir sérios danos por trás das linhas inimigas...


Mas, os velhos generais mantinham-se aferrados a velhos conceitos e, de Gaulle passou por muitos dissabores em virtude de teimosamente, insistir com suas ideias.


Mais tarde, viu a França ser varrida pelos Panzer da Whermacht, que corriam livres para conquistar terreno e, os Ju-87 Stukas, dizimar canhões, infantes e blindados franceses que se arrastavam ao lado da infantaria...


Com a França em debandada e com suas linhas de comando fragilizadas, de Gaulle pode usar os tanques como imaginava e foi ele, livre das amarras da velha doutrina, que conseguiu um dos únicos contra ataques vitoriosos efetuados pelo exército francês...


Mas, já era tarde para deter von Rundstedt, von Bock e von Leeb: poucos dias depois, Paris caiu e com ela, a França.


Não restou a de Gaulle, outra saída a não ser buscar exílio na Inglaterra e de lá, exortou seu povo a resistir e criou as forças francesas livres, com oficiais e soldados que decidiram buscar refugio do outro lado do Canal da Mancha.


O exército criado no exílio voltou à França junto com as tropas americanas e britânicas que desembarcaram na Normandia em 1944 e ao término da guerra, de Gaulle foi escolhido como Primeiro Ministro do Governo Provisório...


Em 1946, diante dos conflitos políticos no novo governo, renunciou e em 1950, retirou-se da vida politica e deixou a roda da vida girar...


Em 1958, depois de governos instáveis, guerras coloniais e lentidão na recuperação econômica, a Assembleia Francesa foi pressionada a chamar o velho general de volta...


Charles de Gaulle governou a França por dez anos (1959/1969)...


Judas Tadeu, infelizmente, não soube ainda compreender que é esse, o momento de se retirar e cuidar de sua vida, de seus negócios, de sua família e deixar a roda da vida girar...


Judas tem seu lugar garantido na história do ABC, mas ao que parece, Judas quer ser a própria história do ABC e aí, mesmo sem saber, repete Luís XIV, o monarca absolutista que proferiu a famosa frase: “L’État c’est moi”...


No caso, a frase seria: “L’ABC c’est moi”!


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