Muito tem se falado na ausência de seu posto e na inapetência do presidente da federação Sr. Alexandre Cavalcanti para o cargo. E eu fico me perguntado por que apenas ele é cobrado por isso, porque todos reclamam do fato de seu filho ter assumido a tal secretaria geral da FNF e porque ninguém tem coragem de dizer o que realmente aconteceu nas últimas eleições... Volto a insistir na tese que sempre defendi. Alexandre é o menos culpado. Influenciado e convencido a disputar uma eleição para manter o status quo vigente e criar uma nova dinastia, Alexandre cumpriu bem seu papel. Não devemos esquecer que ele é simpático, educado e como todo político, têm na manga as promessas certas para os ouvidos certos. Recebeu sem pestanejar o apoio do presidente retirado do poder por decisão judicial, deu o que precisava ser dado em troca dos votos e acabou vencendo. O problema é que ao tomar posse, não tinha a menor idéia do que iria fazer, não sabia por onde começar e nem contava com o vazio de muitas promessas que lhe foram feitas. A tão decantada influência de alguns dentro da CBF, é pura balela, essa influência, não é intelectual, política ou mesmo pessoal. A CBF, apenas trata com deferência as bajulações que recebe, retribui a subserviência e atende um ou outro pedido para manter o bajulador crente que é influente. A prova maior disso, é que, nunca a FNF conseguiu de Ricardo Teixeira qualquer concessão importante, nunca fez pelo futebol local nada além do necessário para manter na coleira seus fiéis bajuladores. Em relação ao governo estadual e municipal a FNF, também nunca conseguiu ser respeitada a ponto de ser recebida com pompa e circunstância (como exigir do governo pompa e circunstância para quem não cumpria com seus compromissos fiscais, para quem burlava a lei trabalhista e jamais se preocupou com um mínimo de transparência). Faltou pedigree e credibilidade para seus mandatários, faltou aquele olhar de respeito, pois mesmo politicamente, o poder sabia que nada era preciso fazer para atrair a FNF, bastava um estalar de dedos, que a FNF, se poria a serviço de qualquer governante. Nossa federação sempre se posicionou como aquele sujeito, que brada do alto da escada, mas que sussurra ao pé da montanha. Esse foi o legado que Alexandre recebeu, pior, deu continuidade e ainda pior, trouxe para dentro de entidade uma costura política que não se restringiu apenas a sua eleição, mas que enveredou pelas eleições gerais realizadas no país. Exigir de Alexandre Cavalcanti mais do que ele pode dar é tentar transformá-lo em culpado sem cúmplices, é esquecer, de Gustavo Carvalho, Poty Júnior, José Vanildo, João Dehon, Pio Marinheiro e tantos outros, que foram fundamentais para a sua vitória. Cobrem de Alexandre, mas tenham coragem de cobrar dos mentores e Rasputins também.
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