quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Já que não vai por bem, vai na marra...

Miluir Macedo reassume o Baraúnas, grande notícia para o futebol de Mossoró, mas infelizmente creio que a ação dos diretores do tricolor veio com atraso. Miluir é inegavelmente um treinador acima da média, tem vasta experiência, deu ao Potiguar seu primeiro titulo estadual e mostrou ao Brasil que havia um clube no interior do Rio Grande do Norte chamado Baraúnas...
Existem especulações sobre a vinda de Paulo Moroni para o Potiguar de Mossoró, seria uma ótima contratação, mas assim como o Baraúnas, o Potiguar chega com atraso a uma decisão que se antecipada poderia ter evitado um começo tão pífio...

Existe uma tendência no futebol local a se optar pelo empirismo e o estadual é o clímax desse momento. Durante a competição sob o argumento de que a falta de rentabilidade não permite maiores investimentos, os clubes em geral fazem apostas em soluções caseiras de qualidade discutível. Que o Santa Cruz, o Macau, o Potiguar de Parnamirim, o Corintians de Caicó, o Guamaré, o Cruzeiro de Macaíba, o ASSU e até mesmo o Alecrim (falta dinheiro para vôos mais altos) tentem como os alquimistas transformar barro em ouro, eu até compreendo. Afinal, a exceção do Alecrim, os outros são brinquedos de prefeitos ou vereadores que os usam para o famoso me engana que eu gosto. Não se trata aqui de menosprezar quem quer que seja, existem bons nomes entre os atuais treinadores locais... “Vereador” é um deles, precisa apenas deixar a teimosia de lado, Erandir Montenegro é capaz e conhece do riscado, Diá é o melhor “olho clínico” que temos por essas plagas, mas carece de maturidade para entender que boca fechada evita engasgos e que um comandante não pode se expor tanto. Quanto aos outros, mesmo não podendo negar que a vivência ainda os mantém empregados, não posso esconder que seus horizontes são limitados e por isso seu campo de ação será sempre as equipes “brinquedos”. Esses treinadores são e serão sempre ideais para essas equipes, pois são e serão sempre submissos aos tais presidentes de honra dessas “agremiações” que teriam imensa dificuldade de trabalhar com gente como Estevam Soares, Heriberto Cunha, Miluir, Moroni, Wagner Oliveira, Edson Machado e outros. Sua linguagem e seus métodos se adaptam facilmente a jogadores com as limitações intelectuais normais em quem o mais longe que chegou foi no Piauí, Paraíba, interior de Pernambuco ou Ceará. Mas não os vejo comandando um Bruno Coutinho, um Rodrigo Paulista, um França, um Macedo, um Finazi, um Kobayashi e outros, que nasceram para o futebol cercados de uma visão menos coronelista. Por isso, não admito que Baraúnas e Potiguar cometam os mesmos erros, mesmo sabendo que são equipes que não assimilaram ainda o próprio crescimento e cujos dirigentes, ainda não superaram o medo e a vaidade comum a todos eles.

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