No intervalo da partida entre América e Alecrim, encontrei Augusto Varela e após os cumprimentos de praxe, Augusto me perguntou se eu teria alguns minutos para uma conversa em particular. Mesmo sabendo da dificuldade de se ter uma conversa particular no Machadão. Aquiesci, afinal tenho grande apreço pessoal por Augusto.
Fomos até o anel superior onde fica a torcida americana e sentamos lado a lado e Augusto começou a falar. Disse estar chateado e triste por saber que no episódio que envolveu Levi Araújo repórter da Rádio Globo e alguns torcedores do América no Centro de Treinamento em Parnamirim, ele, Augusto, estaria sendo apontado por Levi como um dos incentivadores da “manifestação”. Fez questão de afirmar que não incentivou ninguém, jurou não ter nada pessoal contra Levi e que jamais apoiaria uma atitude covarde como aquela.
Mencionou que não poderia aceitar com naturalidade a ação destemperada do que ele classificou como “uns poucos”, pois segundo suas palavras, sempre foi bem recebido na Rádio Globo e sempre teve os microfones da emissora a sua disposição.
Ouvi e senti em Augusto uma enorme vontade de desfazer uma imagem que com certeza, ele jamais quis para si mesmo. Nos entrecortes da conversa, eu disse que realmente Levi havia dito que havia se sentido só e abandonado no episódio em questão. Levi varias vezes mencionou a apatia e desinteresse da direção americana que se encontrava no local em lhe dar garantias e também disse ter ficado surpreso e decepcionado com Augusto.
Terminada a conversa, levantei e disse a Augusto que continuava a ter por ele o mesmo carinho e o mesmo respeito e que se algum dia o visse liderando algo parecido com o que ocorreu no centro de treinamento do América, ficaria extremamente decepcionado com ele, mas que pessoalmente andava preocupado com os rumos que as coisas iam tomando no âmbito das torcidas locais.
Assim terminou nossa conversa.
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