Li algumas coisas publicadas sobre Francisco Armando Falcão, presidente afastado da CEA e as denuncias contra ele.
Agora, leio que Falcão se apresentou espontaneamente ao promotor Luis Eduardo, membro da Comissão Permanente de Implementação do Estatuto do Torcedor para se fazer ouvir...
Segundo o promotor, Falcão falou sobre estar sendo vítima de “armação” orquestrada por pessoas interessadas em seu cargo, mas confirmou a doação de dinheiro destinada a compra dos famosos óculos, porém, declarou que tudo teria sido iniciativa de um grupo de árbitros e não a pedido seu...
O promotor Luis Eduardo declarou que não existe possibilidade de ação delituosa, mas considerou que “o assunto estaria muito ligado a ética”.
Pois bem, afinal, quantos sujeitos no Brasil sabem exatamente onde fica a fronteira entre o ético e o aético?
No futebol, alguém pode me informar onde fica essa fronteira?
Há poucos dias, o jogador Adriano deu um claro exemplo do tipo de homem que é e do caráter que tem ao cinicamente, montar uma farsa para conseguir "fugir" da Itália e não honrar o compromisso firmado por lá.
Primeiro contou uma história fantasiosa sobre estar cansado da vida de jogador de futebol, depois teve uma crise de saudade das ruas caóticas e mal cheirosas, dos barracos e dos velhos amigos dos tempos de favelado na Vila Cruzeiro, no bairro da Pena, no Rio de Janeiro...
Afirmou que largaria tudo e que voltaria a viver entre os seus...
Adeus Milão, adeus Armani, adeus Cracco Peck, adeus Boeucc e principalmente, adeus a via Brera e ao bairro Navigli, repletos de boates, pubs e bares.
Adriano, queria voltar a ser um rapaz comum e ser feliz na favela onde nasceu.
Pois bem, Adriano mentiu...
Na verdade, queria apenas se livrar da Internazionale e das pressões exercidas sobre sua conduta profissional, sem ter que cumprir seu contrato e pagar a multa rescisória exigida...
Rompido o contrato com a Internazionale, Adriano deixou passar uns dias e imediatamente, anunciou sua volta ao futebol e sua alegria de vestir a camisa do Flamengo...
Para o Flamengo e seus supostos 36 milhões de torcedores, Adriano é o cara e será tratado como um Deus...
Ao aceitar o mentiroso Adriano, o Flamengo e sua torcida, demonstram estar de acordo como cada mentira contada por Adriano e com o “baile” que o “Imperador da Vila Cruzeiro” deu nos italianos.
Ética no Brasil?
Ética no futebol brasileiro?
Não me façam rir, por favor!
Um comentário:
Excelente Fernando! Aqui no país essa palavra - ética - é bonita! "Soa" bem aos ouvidos... está em todos os discursos dos políticos, mas a verdade é, que poucos sabem o que ela realmente significa ou se quer leram algum "pensador" sobre o assunto. Aliás é urgente seu ensino nas escolas e universidades...
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